Para amantes da LIBERDADE e DEMOCRACIA, o 25 de Abril foi o melhor que a vida me deu. Pela liberdade, eu dava a minha vida! Sem democracia eu não conseguia viver. Morria sufocada!Prefiro passar mal e lutar para melhorar a realidade portuguesa. E isso eu vou fazer até morrer.
Precisamos de mais consciência política, de mais cidadania, de justiça social e de liberdade, solidariedade, fraternidade, valores que só se conseguem com democracia e com o povo ao lado das lutas e não descrentes, de braços cruzados, sem fazerem o mínimo para melhorar as condições do seu pequeno mundo... à sua volta. E a mudança deve começar, primeiro, em nós mesmos. Há muito que pode ser feito e todos nós contamos!
Viva o 25 de Abril, SEMPRE!
Deixo um arigo de opinião "36 Anos Depois, é Urgente Defender Abril!"
JOÃO
36 ANOS DEPOIS, É URGENTE DEFENDER ABRIL!
16-Abr-2010
Dentro de alguns dias estaremos a comemorar o 36º aniversário da Revolução que, a 25 de Abril de 1974, encheu de esperança muitas e muitos portugueses, instaurando a democracia e pondo fim a uma longa noite de quase 50 anos.
Hoje, passadas quase quatro décadas sobre essa bela madrugada, dizer que ainda estão por cumprir os sonhos de Abril é, mais do que um lugar-comum, assumir que há ainda um longo caminho a percorrer para dar ao povo português as condições de vida que todas e todos merecemos.
Ao longo das últimas décadas assistimos à subida alternada ao poder do Partido Socialista (PS) e do Partido Social Democrata (PSD) acompanhados, esporadicamente, pelo Partido Popular (CDS/PP). Se é inquestionável que é o povo quem decide nas urnas, também o será que começa a ser insuportável manter nas mãos dos mesmos a capacidade de decidir sobre as nossas vidas.
Se olharmos para o estado a que isto chegou, torna-se, portanto, fácil decidir a quem deveremos atribuir as culpas pela situação. As sucessivas políticas de direita levadas a cabo pelos diversos governos deixaram todo um povo à beira de uma depressão. Os mais de 600 mil desempregados (que por si só representam mais de 10% da população activa em Portugal) são disso mesmo um dos mais evidentes resultados.
Mas há mais. Infelizmente, muito mais. Se a meio da década de 70 éramos um povo pobre, pouco instruído, a viver num país pouco desenvolvido e onde o acesso à Saúde e à Educação era um privilégio à disposição de muito poucos, o que somos hoje em dia? O número de famílias a viver no limiar da pobreza não pára de crescer. Oferecem-nos auto-estradas para, de seguida, nos fecharem o acesso aos serviços de saúde com atendimento permanente. E se o número de licenciados tem vindo a aumentar, é impossível olhar para os números e não ver a triste realidade que nos é apresentada. Muitos desses homens e mulheres que tiram um curso superior são atirados para o desemprego ou para situações de emprego em que são pagos abaixo das suas qualificações e, muitas vezes, em situações de precariedade.
Em 2010 terá início um novo ciclo eleitoral. As eleições presidenciais apresentam-se como um momento importantíssimo para continuar a dar resposta a estas e outras questões. O tempo do cavaquismo tem que terminar. E Manuel Alegre é a melhor resposta que os muitos homens e mulheres de Esquerda podem dar.
À Direita surge um novo líder. Passos Coelho não é mais do que um Sócrates recauchutado. As diferenças políticas entre ambos são ínfimas, para não dizer inexistentes. O CDS continuará com a sua paranóia securitária, não percebendo que a solução para os problemas das e dos portugueses não passa por ter mais polícia nas ruas.
Enquanto isso, temos um primeiro-ministro que se vê confrontado com escândalos sucessivos que alimentam o dia-a-dia da comunicação social. É verdade que devemos exigir que tudo seja devidamente esclarecido. Por isso mesmo o Bloco de Esquerda exigiu, na Assembleia da República, a criação de uma comissão de inquérito para esclarecer o caso da tentativa de compra da TVI pela PT e das alegadas interferências de Sócrates nesta matéria. Mas também é verdade, que não podemos permitir que estas suspeitas se sobreponham ao essencial, que são as políticas levadas a cabo pelo governo do PS e que, quase sempre, não encontram reflexo nas notícias.
Estas políticas, em muitos casos, são verdadeiras afrontas às conquistas de Abril e vão muito mais além do que os ataques que lhes são desferidos pelos partidos à direita do PS. O PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) é a mais evidente prova disso mesmo. Serão, novamente, os mais carenciados a sustentar a crise, enquanto os senhores do dinheiro continuarão a ser poupados a isso, mesmo sabendo que é sobre as suas consciências que deverá pesar uma substancial parte da culpa por nos encontrarmos na situação actual.
O BE surgiu na cena política portuguesa há 11 anos. Fruto da união de esforços e de vontades de muitas e muitos portugueses que não se reviam no quadro partidário de então. Desde essa altura tem vindo a sustentar o seu crescimento com a defesa de políticas claras de defesa dos mais carenciados.
No dia 25 de Abril sairemos, uma vez mais, à rua de cravo na mão para celebrar a Revolução! Mas nos restantes dias do ano por cá nos manteremos, conscientes de que muitas e muitos portugueses continuarão a ver em nós uma voz activa na defesa dos seus direitos e liberdades!
Carlos Guedes
Membro da Coordenadora Concelhia de Almada do BE
12 Abril 2010
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