HORA DA LIBERDADE !
REVOLUÇÃO E TRANSIÇÃO
PARA A DEMOCRACIA
Não havia Liberdade. Existia censura, a actividade política , associativa e sindical era quase nula e controlada pela polícia política, havia presos, a Constituição não garantia os direitos dos cidadãos, Portugal mantinha uma guerra colonial e encontrava-se praticamente isolado na comunidade internacional.
A informação e as formas de expressão cultural eram controladas, fazia-se uma censura prévia que abrangia a Imprensa, o Cinema, o Teatro, as Artes Plásticas, a Música e a Escrita. Não havia Liberdade!
A actividade política estava condicionada, não existiam eleições livres e a única organização política aceite era a União Nacional/Acção Nacional Popular. A oposição ao regime autoritário de Salazar e depois de Marcelo Caetano, era perseguida pela polícia política (PIDE/DGS) e tinha de agir clandestinidade ou refugiar-se exílio.
Os oposicionistas, sob a acusação de pensarem e agirem contra uma ideologia e prática do Estado Novo, eram presos em cadeias e centros espoeciais de detenção (Caxias, Aljube Tarrafal). Não havia Liberdade nem Democracia.
A Constituição não garantia o direito dos cidadãos à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação. Não existia o direito de runião e de livre associação e as manifestações eram proibidas. Não havia Liberdade!
Portugal estava envolvido na guerra colonial em Angola, na Guiné e em Moçambique, o que gerou o protesto de milhares de Jovens e se transformou num dos temas dominantes da oposição ao regime, com especial realce para os estudantes universitários. Não havia Liberdade nem Paz.
Hoje é difícil imaginar como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974.
Mas, se pensarmos que, por exemplo, as escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas, que não se podia namorar na rua, nos parques, nos jardins, que muitos discos e livros estavam pribidos, que existiam nas Rádios lçistas de música que não podiam passar, que havia bens de consumo que não se podiam importar, que não se podia sair livremente do país, que a moiridade era aos 21 anos de idade, que sobre todos os rapazes de 18 anos pairava o espectro da guerra, será mais fácil compreender porque é que a MUDANÇA teve de acontecer e como é que Portugal se tornou diferente.
Por mais que hoje alguns não consigam entender o que era o antes 25 de Abril, e se queixem de falta de liberdade e democracia, nunca queriram voltar a esse tempo e não se esqueçam, todos os dias, por lutar pelos vossos direitos, não esquecendo, também, os vossos deverem de cidadania, de participação cívica, de fiscalização do Governo e, sobretudo, o direito à indignação!
As conquistas de Abril, têm que ser mantidas e cabe a cada um de nós fazer a sua parte, participando, activamente, na manutenção do espírito de Abril e não abandonando os sonhos que Abril nos deu.
25 de Abril
SEMPRE!
Fascismo
NUNCA
MAIS ...!
ESTE Abril, Esperanças Mil!... VIVA o 25 de Abril !
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