Foi há 61 anos que a Assembleia-Geral das Nações Unidas, na sua 183.ª sessão, realizada em Paris, em 10 de Dezembro de 1948, aprovou a «Declaração Universal dos Direitos do Homem».
Foi, então, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o dia 10 de Dezembro como o "Dia Internacional dos Direitos Humanos".
A Declaração Universal dos Direitos Humanos tinha como objectivo alertar os governantes do mundo inteiro para o cumprimento dessa mesma Declaração Universal, a fim de assegurar o direito à igualdade de todos os cidadãos, quer fossem homens quer fossem mulheres, os direitos a uma vida digna, ao trabalho e segurança, à saúde e à educação, ao respeito pela diversidade e pela dignidade de todas as pessoas… Era um sonho, com uma luta difícil pela frente, para todos os direitos serem concretizados; levaria o seu tempo, mas ano após ano, o mundo acabaria por se tornar um local mais justo, mais digno, mais saudável, mais educado, mais solidário, mais igual e mais livre.
Infelizmente, em 2009 todos nós constatamos que para milhões de seres humanos em quase todo o Mundo, são desrespeitados os mais básicos e elementares direitos e que, até em Portugal, os direitos já adquiridos, tem sido desprezados e a sociedade portuguesa está cada vez mais desnivelada e onde as desigualdades sociais são cada vez maiores, tendentes a tornarem a geração do meu filho, por exemplo, em licenciados sem emprego, sem direitos e vivendo numa pobreza envergonhada e nós, da minha geração, sufocados por vermos que trabalhámos uma vida inteira investindo na educação e formação dos nossos filhos para, chegada a hora da reforma, estarmos, aqueles que ainda vamos podendo, apenas sobrevivendo para que os nossos filhos possam ser ajudados… E depois, quando nos formos?! O que vai ser deles?!
O tempo está bom para os corruptos e corruptores, enquanto os cidadãos vêm sempre adiada a legislação que torne em crime o enriquecimento ilícito da classe política…
Pelo resto do Mundo, proliferam os países onde nem a democracia foi um bem adquirido e onde os atropelos aos direitos humanos são a regra e não a excepção.
A igualdade tão desejada entre as pessoas neste nosso mundo é, assim, uma miragem num deserto de intenções que ficaram por ser cumpridas, apesar de o dia ser celebrado anualmente e das imensas conferências de líderes, cimeiras internacionais e outras.
Este ano a data ficou marcada pelos então 25 dias de greve de fome da corajosa mulher, Aminetu Haidar, a activista saharauí, que luta pelo direito de voltar a casa, para junto dos seus dois filhos…
Temo pela vida dessa mulher. Mas louvo a sua determinação! E condeno aqueles que lhe negam o direito à diferença: sentir-se e ser Saharauí, visto ter nascido no Sahara Ocidental.
Mas o caso é conhecido. E eu vou colocar, aqui, depoimentos referentes à luta da Aminetu Haidar, que eu espero ainda consiga ser salva pelos apelos da comunidade internacional.
Não podemos ficar, NUNCA, indiferentes a quem tem a coragem de lutar e enfrentar a prepotência de um líder que vai levar esta mulher à morte se ela não puder voltar á sua casa.
Hoje cumprem-se 28 dias de greve de fome!
JOÃO
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