Cartaz da Esposição de Espantalhos
Imagem do Espantalho Passos Coelho
que espantou o Presidente da
Câmara Municipal de Castro Daire
que espantou o Presidente da
Câmara Municipal de Castro Daire
Estamos a caminhar para a censura? Estamos a perder a liberdade de expressão verbal e criativa?
Não podemos permitir que tal aconteça.
Por isso, e para que o espantalho de Passos Coelho com a corda ao pescoço e a lista das dívidas do país não fique esquecido, eu coloco aqui a imagem do dito espantalho.
Temos que saber apreciar o trabalho criativo individual e colectivo, seja ele de crianças ou de adultos. E, sobretudo, devemos aprender a rirmos das caricaturas, dos cartoons, das anedotas, das graças e gracinhas sobre a política e os políticos, sem que a sociedade ou eles se melindrem, pois só assim viveremos numa democracia plena.
E sabermos brincar com factos bem tristes e preocupantes é muito saudável. Rir o melhor remédio e é melhor rirmos daquilo que nos pode fazer chorar.
JOÃO
Castro Daire
Câmara proibe espantalho com a imagem de Passos
por Lusa 25 Maio
2012
Um espantalho, representando o primeiro-ministro com uma corda ao pescoço, que fazia parte de um trabalho escolar, foi retirado de uma exposição pública por imposição da Câmara Municipal de Castro Daire, disse à Lusa fonte da escola promotora.
O presidente da direção do agrupamento de escola de Castro Daire, António
Ferreira, explicou à Lusa que o espantalho a representar Pedro Passos Coelho com
uma corda ao pescoço e uma lista com as dívidas do país colada fazia parte de
uma exposição pública de vários bonecos criados pelos alunos da EB 2,3.
Esta figura, criada por um dos alunos, permitia ainda a fácil ligação ao primeiro-ministro por ter no bolso um "bilhete de identidade".
Mostrando-se desagradado com a "imposição pela autarquia" da retirada do espantalho que satirizava Passos Coelho, que, com outros estava exposto no jardim do centro da vila, exposição essa que ainda continua, o diretor do agrupamento escolar admitiu à Lusa que a direção "pode optar pelo envio de uma nota de protesto" à autarquia.
Isto, porque, quando o presidente da câmara, Fernando Carneiro (PS), "contactou a escola, fê-lo em tom ameaçador", relatou António Ferreira à Lusa, complementando: "Aludindo à emissão de um comunicado sobre o espantalho" que não chegou a ser emitido após a retirada do objeto.
"Mas este tipo de trabalho não tinha, nem poderia ter, qualquer objetivo de crítica, apenas pretendia, tal como foi planeado pelos professores que o coordenaram, recuperar uma tradição, deixando a execução à imaginação, à criatividade, dos alunos", disse, acrescentando que "só uma falta de sensibilidade clara é que permite fazer a extrapolação para a crítica de teor político".
Segundo António Ferreira, o boneco retratava apenas uma situação percecionada pelo aluno que o executou, que é o país estar, "como se costuma dizer, enforcado em dívidas", e o primeiro-ministro "foi a figura escolhida para significar Portugal. Apenas isso".
A Lusa tentou sem sucesso obter uma reação do presidente da câmara de Castro Daire.
Os trabalhos foram realizados pelos alunos dos 7º e 8º anos das turmas de Artes Tradicionais e as turmas de EVT do 5º e 6º ano da Escola E B 2,3 de Castro Daire, em colaboração com a disciplina de Educação Tecnológica, sob o tema, "Espantalhos, Uma Arte Popular".
Esta figura, criada por um dos alunos, permitia ainda a fácil ligação ao primeiro-ministro por ter no bolso um "bilhete de identidade".
Mostrando-se desagradado com a "imposição pela autarquia" da retirada do espantalho que satirizava Passos Coelho, que, com outros estava exposto no jardim do centro da vila, exposição essa que ainda continua, o diretor do agrupamento escolar admitiu à Lusa que a direção "pode optar pelo envio de uma nota de protesto" à autarquia.
Isto, porque, quando o presidente da câmara, Fernando Carneiro (PS), "contactou a escola, fê-lo em tom ameaçador", relatou António Ferreira à Lusa, complementando: "Aludindo à emissão de um comunicado sobre o espantalho" que não chegou a ser emitido após a retirada do objeto.
"Mas este tipo de trabalho não tinha, nem poderia ter, qualquer objetivo de crítica, apenas pretendia, tal como foi planeado pelos professores que o coordenaram, recuperar uma tradição, deixando a execução à imaginação, à criatividade, dos alunos", disse, acrescentando que "só uma falta de sensibilidade clara é que permite fazer a extrapolação para a crítica de teor político".
Segundo António Ferreira, o boneco retratava apenas uma situação percecionada pelo aluno que o executou, que é o país estar, "como se costuma dizer, enforcado em dívidas", e o primeiro-ministro "foi a figura escolhida para significar Portugal. Apenas isso".
A Lusa tentou sem sucesso obter uma reação do presidente da câmara de Castro Daire.
Os trabalhos foram realizados pelos alunos dos 7º e 8º anos das turmas de Artes Tradicionais e as turmas de EVT do 5º e 6º ano da Escola E B 2,3 de Castro Daire, em colaboração com a disciplina de Educação Tecnológica, sob o tema, "Espantalhos, Uma Arte Popular".
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