domingo, 31 de janeiro de 2010
Iniciadas Hoje as Comemorações do Primeiro Centenário da Implantação da República
Viva a República! Vivam todos os que a tornaram possível. Mas não percamos, nunca, de vista os valores máximos da República, a cidadania e a liberdade, valores que, se não tivermos cuidado e nos deixarmos alienar, vamos perdendo...
A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objectivo a implantação do regime republicano em Portugal. A revolta teve lugar na cidade do Porto e foi, então, fracassada. Mas chegámos lá, 19 anos depois!
Os ideais republicanos não estão, ainda, alcançados. Existe uma constituição com direitos que não são cumpridos e muitos deles longe se serem, algum dia, completamente praticados.
Podem dizer que muitos desses ideais são utópicos. Uma casa para todos; emprego para todos; educação para todos…! É difícil esses e outros ideais serem cumpridos para todos numa sociedade de costas viradas para a liberdade, a fraternidade, a igualdade e o direito à cidadania. Mas temos que lutar para que a República se torne cada vez mais um direito para todos e uma realidade sem entraves e sem corrupção, que rói todos os alicerces de uma conquista duradoura.
Foram tantos os que perderam a vida, ficaram presos, foram torturados para que pudéssemos, hoje, estar a iniciar as comemorações do primeiro centenário da república!...
Devemos a esses, não só honrar a sua memória, como continuar uma luta, usando os nossos direitos de cidadania, a que não devemos renegar nunca, direitos conquistados e por nós a manter lutando, mesmo se tivermos que dar a vida para que eles se mantenham.
Na nossa memória devem permanecer sempre os obreiros da conquista da República e daqueles que, mesmo depois de implantada a República, ainda eram presos pela PIDE e torturados nas prisões, como o meu avô, cujo único crime era ser republicano.
Os objectivos republicanos não os devemos perder de vista, nunca. E devemos incutir nos mais novos esse orgulho de termos tido alguém que lutou para que fossemos todos iguais e tivéssemos direito à liberdade e cidadania.
Temos que ser capazes que construir uma sociedade melhor, mais justa, com uma democracia plena, onde não se violem os direitos à liberdade de expressão, como já vai acontecendo.
Aos vencidos da revolta fracassada de 31 de Janeiro de 1891, dia que hoje foi recordado, devemos agradecer o início da caminhada para a conquista da implantação da República e, também, a expressão que usamos “não arranjes um 31” que frequentemente é usada para nos advertirem a termos cuidado especial em não escolhermos um caminho, uma solução, que pode acabar mal.
JOÃO
"O Grande Capital" - Continua na Mesma em Portugal!
Sérgio Godinho, um dos interpretes/músicos/autores que eu mais adoro...
Aliás, a música é uma das minhas paixões! A outra é, claro, a política!
Este tema, "O Grande Capital", infelizmente continua muito actual! Como todas as letras que Sérgio Godinho tem escrito ao longo dos anos.
JOÃO
Manuel Alegre sobre as Presidenciais: "Serei Candidato por Portugal"
“Não serei candidato em nome de nenhum partido. Serei candidato por Portugal.”
Ouvi o discurso integral num dos canais de notícias de TV por Cabo. E fiquei muito feliz por Manuel Alegre ter feito essa referência porque muitos dizem que ele é o candidato do Bloco de Esquerda, por isso não vão votar nele.
Ele não é candidato pelo Bloco de Esquerda. Manuel Alegre é candidato à Presidência da República e ponto final. Depois recebeu e vai continuar a receber apoios à sua candidatura. O Bloco de Esquerda nada mais fez do que apoiar o candidato de esquerda que tem mais hipótese de ganhar e ser, assim, o Presidente de todos os Portugueses, derrotando Cavaco Silva. E é disso que se trata: a Esquerda Grande, abrangente, poder vir a ter um Presidente da Esquerda Socialista e Republicana que é o factor principal que une a Esquerda Democrática em Portugal.
Para leres o discurso integral de Manuel Alegre, clica aqui.
Deixo um Artigo de Opinião do meu camarada Carlos Santos, sobre a candidatura de Manuel Alegre.
JOÃO
Presidenciais já começaram
25-Jan-2010
Dentro de um ano teremos de novo eleições presidenciais. São umas eleições complicadas para a esquerda, já que o actual Presidente, Cavaco Silva, deverá concorrer a um segundo mandato e, nos 35 anos da democracia portuguesa, todos os presidentes foram reeleitos.
Atempadamente, na sua última convenção, o Bloco de Esquerda definiu, e bem, "a necessidade de uma candidatura presidencial de convergência o mais ampla possível para a luta política da esquerda". Concretizando-se essa candidatura o Bloco deverá apoiá-la, se tal não acontecesse o Bloco provavelmente seria obrigado a apoiar uma candidatura da sua área política.
No dia 15 de Janeiro, Manuel Alegre mostrou-se disponível para se candidatar à Presidência da República. É uma boa novidade. Nos últimos quatro anos, o antigo deputado socialista e vice-presidente da Assembleia da República destacou-se pela sua opinião independente e por se ter oposto com outros deputados socialistas aos ataques do governo Sócrates ao Serviço Nacional de Saúde, ao Código de Trabalho, aos professores. Alegre é e sempre foi militante do Partido Socialista, é natural que venha a ter o apoio do seu partido. Mas Manuel Alegre mostrou igualmente, nomeadamente nos últimos quatro anos, que é uma personalidade independente da direcção do seu partido e sobretudo do governo. As reacções enraivecidas contra ele, de Vitalino Canas e de alguns outros dos deputados do PS situados mais à direita, comprovam isso mesmo: que Alegre tem uma posição própria e que tem procurado fazer convergências à esquerda.
O Bloco de Esquerda só pode ver positivamente a disponibilidade de Manuel Alegre se candidatar e manifestar o apoio a essa intenção de candidatura, como já decidiu a sua mesa nacional.
A disputa das presidenciais começou já, vai ser uma dura batalha que provavelmente se resolverá logo à primeira volta. Nesse combate a esquerda confronta-se com uma forte candidatura de direita, a do actual presidente apoiado por PSD e CDS. É uma candidatura conservadora, defensora do sistema que levou à crise que vivemos.
Alegre, que há quatro anos mobilizou mais de um milhão de votos, apesar de não contar com o apoio do PS, pode protagonizar uma candidatura de combate às injustiças e de defesa do Estado Social.
Só uma candidatura claramente demarcada da política que Cavaco representa pode mobilizar o eleitorado e disputar as eleições. Manuel Alegre pode constituir essa candidatura.
Carlos Santos
Os Britânicos Procol Harum e "A Whiter Shade Of Pale" - Reviver o Passado...
JOÃO
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O menino que consertou o mundo !!
Sessão NATO E GUERRA - 12 de Fevereiro, no Porto
Chamamos a tenção para a Sessão Pública sobre a NATO, que terá lugar no dia 12 de Fevereiro de 2010, pelas 21h00, na Cooperativa Árvore, no Porto.
A Sessão Pública contará com a presença de Catarina Martins, Fernando Rosas e Mário Tomé.
Se estás interessado(a) em participar, não te esqueças de colocar na tua agenda pessoal.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Newsletter Nº 4 de 2010 - Bloco de Esquerda
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Quero um Presidente Poeta: Manuel Alegre em 2011
Nas passadas eleições presidenciais, eu votei Francisco Louçã pensando que o Bloco de Esquerda deveria ter apoiado Manuel Alegre. Eu achava que alegre tinha tido chances de uma segunda volta e ganhar...
Para estas próximas presidenciais, o BE já confirmou o apoio a Manuel Alegre como candidato presidencial.
Eu também quero este candidato!
JOÃO
Arte: Duas Décadas de Ilustração Portuguesa Reunidas em Livro "O Combate Ilustrado" - Lançamento em Lisboa
O Lançamento do livro "O Combate Ilustrado", está a ser esta Terça-Feira, 26 de Janeiro de 2010, pelas 19:00, em Casa da Achada - Centro Mário Dionísio, Lisboa. Tomei conhecimento deste Lançamento e deste Livro pelas Notas de Francisco Louçã no Facebook.
JOÃO
A escolha das ilustrações ficou a cargo do designer Jorge Silva, director de arte do Combate entre 1978 e 2003, e o resultado final é um documento sobre "duas épocas e duas gerações de artistas que trabalharam a ilustração".
"É um olhar de hoje sobre as coisas de ontem", disse Jorge Silva à agência Lusa.
Organizado de forma cronológica, o livro apresenta ilustrações que autores portugueses fizeram para os textos que foram publicados naquele jornal entre 1986 e 2007, ano do seu encerramento.
Um dos critérios de escolha foi seleccionar ilustrações "que resistiram ao tempo sem texto, embora haja sempre aquele jogo do gato e do rato com o leitor, para identificar eventualmente o contexto", referiu.
O livro é ainda um testemunho da evolução da ilustração em Portugal, desde a produção manual, com aguarelas, acrílicos, até ao predomínio do digital, "e de facto percebe-se essa transição", referiu o designer.
Entre os artistas seleccionados contam-se nomes ligados sobretudo às artes plásticas e banda desenhada, autores que não se dedicaram apenas a um disciplina, como Pedro Burgos, José Feitor, Cristina Sampaio, Alice Geirinhas, André Ruivo, Fonte Santa, Pedro Zamith, Vasco e Richard Câmara.
Jorge Silva defende que, nestas duas décadas, a ilustração em Portugal "sofisticou-se bastante", mas hoje não tem a mesma margem de publicação que tinha em finais de 1980, princípio de 1990, quando surgiram, por exemplo, os jornais Público e o Independente.
Aí, o Combate também deu um contributo muito interessante", embora com ilustrações mais densas, "harcore", com artistas que tinham também o punk e as fanzines como referência.
Apesar do jornal ter uma origem política demarcada, Jorge Silva sublinhou que havia espaço para "um distanciamento em relação aos textos. Uma das características do Combate era essa liberdade".
Foi uma época em que a ilustração portuguesa "ganhou auto-consciência e afirmação, sobretudo com Jorge Colombo, que colocou a ilustração no mapa, e Henrique Cayatte. Ganhou uma leitura própria", recordou.
Depois desse "boom", Jorge Silva fala de um declínio ao longo da última década, por causa da crise que afecta a imprensa escrita, muitos dos autores que integram "O Combate Ilustrado" dão aulas, são designers, fazem cinema de animação, banda desenhada ou dedicam-se às artes plásticas.
João Fazenda será um dos poucos que ainda se mantém actualmente mais activo na ilustração editorial, em Portugal (Público ou Visão) e no estrangeiro (New York Times, por exemplo).
A apresentação do livro "O Combate Ilustrado - de 1986 a 2007", que sai com o selo Edições Combate, está marcada para terça-feira na Casa da Achada - Centro Mário Dionísio, em Lisboa.
O jornal surgiu em 1978, designado na altura Combate Operário, como instrumento de debate da esquerda mais radical, tendo sido reformulado nos anos 1980, altura em que se passou a chamar Combate.
O último número do Combate foi publicado no Verão de 2007.
(Fonte/Lusa)
Apoios Públicos à Petição "Antes da Dívida Temos Direitos!"
Por favor, vejam o vídeo e escutem-no bem, até ao fim.
Sejam solidários com os que precisam. Não se alienem!
As injustiças são muitas e afectam tantas e tantas pessoas, tantas e tantas profissões.
Para verem o outro post “PRECÁRIOS Lançam FILME e Nova PETIÇÃO à Assembleia da República” já neste Blog colocado, cliquem aqui.
O Caso do Selo do Nosso PM
Lisboa Candidata-se a Capital Mundial do Livro 2013
Espero que todos os portugueses fiquem, também. Se a candidatura for aprovada, Lisboa será uma cidade com um vasto programa de actividade culturais durante todo o ano de 2013, o que só trará prestígio e um maior fluxo turístico e económico para o nosso país.
JOÃO
Lisboa candidata-se a Capital Mundial do Livro 2013
Hoje, dia 18 de Janeiro, Manuel Maria Carrilho, embaixador português junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em declarações à imprensa, revelou que a cidade de Lisboa é candidata a Capital Mundial do Livro da UNESCO para 2013.
De acordo com Manuel Maria Carrilho, “o desafio da candidatura de Lisboa foi assumido após a ideia ter sido bem acolhida pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL)”.
Caso a candidatura tenha sucesso, está prevista a elaboração de um programa extenso de actividades, para o ano de 2013, associadas à promoção do livro e da leitura.
O embaixador português junto da UNESCO adiantou que a candidatura de Lisboa ficou definida após encontros recentes entre António Costa, Presidente da CML, e Paulo Teixeira Pinto, Presidente da APEL.
A iniciativa Capital Mundial do Livro foi lançada pela UNESCO em 2001, com Madrid. Desde então, a organização nomeou as cidades de Alexandria (Egipto), Nova Deli (Índia), Antuérpia (Bélgica), Montreal (Canadá), Turim (Itália), Bogotá (Colômbia), Amesterdão (Holanda), Beirute (Líbano), Ljubljana (Eslovénia) e Buenos Aires (Argentina).
Data: 18-01-2010
Fonte: Portal do Cidadão com UNESCO
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Francisco Louçã Apresentou Proposta do BE para Alargar Subsídio de Desemprego
Por favor, escutem, ao menos, as palavras de Louçã.
JOÃO
Então o PS NÃO é de Esquerda? TEM DIAS...!
E eu concordo sempre com ele! Será que eu sou genial, também ?!
E o PS é ou não é de Esquerda
Quem não será genial, será o responsável se o Cavaco Silva for eleito Presidente, uma vez mais. Genialidade era os dirigentes, deputados e militantes do PS admitirem, uma vez por todas, que o PS é e/ou era um partido de esquerda e que outros partidos socialistas e repúblicanos de esquerda, como o Bloco de Esquerda, têm o direito de apoiar um candidato da esquerda democrática, como é Manuel Alegre.
JOÃO
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Arriba Fóssil e Praia da Rainha - Candidatas ao Concurso “7 Maravilhas Naturais de Portugal”
Ora vê a notícia da Edição N.º 204, de 19 a 25 Janeiro 2010, do Jornal da Região Almada.
Para veres, também, o post "Arriba Fóssil na Costa da Caparica Candidata às Sete Maravilhas... ", clica aqui.
JOÃO
Pedro Santana Lopes Condecorado com uma Carica...
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Medalha de Santana é uma carica de Sumol de ananás
Mário Botequilha
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Para mim esta não devia ser uma piada; devia ser a verdade!
Tudo o que tenha sido mais do que uma carica de Sumol, já é demais!!!
JOÃO
Para ver post "Cavaco Condecora Santana Lopes...!" clica aqui.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Arriba Fóssil na Costa da Caparica Candidata às Sete Maravilhas...
JOÃO
Segundo Ricardo Guerreiro, técnico da paisagem protegida no Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), a Arriba Fóssil tem todas as características geológicas, paisagísticas e patrimoniais que justifiquem esta candidatura.
O técnico do ICNB salienta ainda que a paisagem protegida da Costa da Caparica resulta de um acidente geológico, que testemunha a geologia de épocas passadas, e que a nível paisagístico “possui uma imagem de corte imponente”, servindo de “moldura para a linha de praia”.
António Matos, vereador da Câmara Municipal de Almada com o pelouro da cultura, turismo, desporto e informação, chama a atenção para o facto do município ter um património natural “de que poucas vezes se fala”, apesar de ter características paisagísticas que o poderiam colocar “nos melhores roteiros turísticos nacionais”.
Fonte: Setúbal na Rede
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Trova do Vento que Passa - O Político, o Homem, o Poeta a Presiente!
Manuel Alegre é fundador do PS, aquele partido de esquerda que, agora, não sabe se o apoiará nesta sua candidatura.
Este comentário é uma resposta revoltada por tanta barbaridade que ouvi esta tarde, por parte dos espectadores que entravam no debate sobre a candidatura de Manuel Alegre, na TVI 24... e, até, da militante do PS, participante em estúdio, que não sabe que Manuel Alegre já concorreu à Presidência do PS e que ele foi um dos fundadores do PS e que o PS era um partido de esquerda, por isso normal que o Manuel Alegre se demarque das políticas de direita que o PS, e essa mesma militante que foi já deputada, votavam no Parlamento na legislatura anterior.
O Manuel Alegre ser apoiado pelo Bloco de Esquerda, não faz dele Bloquista, como ela deu a entender. faz dele é um político consciente do que é direita e do que, no PS, ultrapassa, largamente, o âmbito da esquerda.
Se o PS fosse o partido que os portugueses votam como sendo de esquerda, apoiava o único candidato que terá a possibilidade de ganhar as eleições presidenciais. E, ainda, para essa militante do PS que participou no debate, há uma questão que ela pensa não acontecer: Manuel Alegre não vai ter, é verdade, a mesma votação que obteve na candidatura anterior; independentemente de ser ou não, apoiado por Sócrates, vai ter uma votação extraordinariamente superior, e não inferior como ela deu a entender...
JOÃO
Trova do vento que passa
Manuel Alegre: Portugal vale a pena. Portugal é de todos.
Manuel Alegre: "Portugal vale a pena. Portugal é de todos."
Na passada Sexta-Feira, dia 16 de Janeiro de 2010, Manuel Alegre veio dizer aos portugueses que está disponível para o combate!
Eu digo-vos que:
"Mesmo na noite mais triste/em tempo de servidão/há sempre alguém que resiste/há sempre alguém que diz não" - Ainda bem que Manuel Alegre continua a RESISTIR e a dizer NÃO! E devemos todos nós os que temos "resistido" e dito "não" apoiar a candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, assim como aqueles que estão fartos de engolir sapos...
«Trova do Vento que Passa»
Poema de Manuel Alegre
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio — é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Quem sentiu e escreveu este extraordinário poema, só pode ser a pessoa que Portugal precisa para o representar e, assim, se tornar no seu Presidente da República, o Presidente, de facto, de todos os portugueses. Estamos fartos!
JOÃO
sábado, 16 de janeiro de 2010
Cavaco Condecora Santana Lopes...!
"Estou a pensar como é possível o actual Presidente da República condecorar, na próxima terça-feira, Santana Lopes por exercício de "funções públicas de alto-relevo”... Não foi Cavaco Silva que, em 2004, afirmava que era necessário afastar “a má moeda”, referindo-se a Santana Lopes quando este era primeiro-ministro?!!!"
Não escrevi mais porque havia um limite de caracteres.
Mas hoje escrevi lá e escrevo aqui:
Em relação à condecoração de Pedro S. Lopes pelo Presidente Aníbal C. Silva, há muito que eu não sentia tanta revolta: o país vai premiar a mediocridade! Nem a "teia de nódoas" que S. Lopes deixou na CML fazem com que o Presidente sinta vergonha do acto que vai praticar?! Mas os portugueses têm vergonha!
Eu condecorá-lo-ia com “a caveira de cristal”, que vem na imagem/Cartoon de Augusto Cid.
JOÃO