segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Miguel Portas | Comentário da Semana | «As "boas e más" notícias de uma semana agitada»

Tenho andado adoentada. Mas não me esqueci da entrevista de Miguel Portas ao programa “Conselho Superior" da Antena 1, em que o Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu, faz o seu comentário semanal sobre a actualidade política.
Miguel Portas comentou o nselho Europeu que teria lugar nesse fim-de-semana - que já passou, entrentanto -, comentou a execução "sumária" de Muamar Khadafi, na Líbia, e o anúncio do fim da ETA, no País Basco.
Já com uns dias, esta entrevista, mas sempre imperdível, como todas as entrevistas que Miguel Portas dá, cheia de bom senso e sabedoria.
JOÃO
Miguel Portas no programa "Conselho Superior"
Antena 1 - 2011/10/21
Comentário da semana
Carregado por em 21/10/2011


Segunda,  24 Outubro 2011 10:47

No Conselho Superior da Antena Um, Miguel Portas antecipou o Conselho Europeu, disse que as circunstâncias da “execução sumária" de Khaddafi “podem levar à Líbia muitos problemas durante muito tempo" e saudou “o adeus às armas” da ETA.
“No meio da desordem” em que vive a União Europeia, Miguel Portas sublinhou uma “boa notícia”. A de que a Comissão Europeia vai propor aos governos que ponderem a possibilidade de retirar as dívidas soberanas dos países sob resgate das classificações das agências de notação. “Em Maio fiz essa proposta aqui no Parlamento Europeu e quase que fui considerado maluco”, lembrou o eurodeputado.
Em relação ao linchamento de Khaddafi, Miguel Portas lamentou que, com algumas excepções entre as quais a do caso português, os ministros dos Negócios Estrangeiros “tenham conseguido expressar satisfação por uma morte naquelas condições”, uma atitude “que não é muito boa para o mundo”. Segundo o eurodeputado, o que este agora em causa é o futuro da Líbia: “ou consegue a reconciliação nacional numa sociedade profundamente tribalizada ou então a morte do líder enquanto mártir vai obviamente levar à Líbia muitos problemas durante muito tempo”.
O abandono das armas pela ETA é, de acordo com Miguel Portas, “uma excelente notícia”. A decisão do grupo independentista basco deve-se, segundo o eurodeputado, à combinação entre a sua debilidade militar “e a força crescente do seu braço político, que não quer continuar subjugado à lei das armas.

 

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