sexta-feira, 25 de abril de 2014

ESQUERDA.NET | “Um Futuro Feito de Inevitabilidades é Uma Fraude” | Intervenção de MARIANA MORTÁGUA na Sessão Solene na AR | Vídeo


Não posso deixar de postar este artigo e pedir, a quem não ouviu a Mariana Mortágua na Sessão Solene na AR, que o leia e ouça o vídeo. 
Com muito orgulho fui de um partido que está na génese do BE e foi com muito orgulho e emoção que ouvi a Mariana Mortágua. Foi uma óptima escolha a de ser uma deputada nascida após o 25 de Abril a discursar sobre esta data histórica. E a sua intervenção deixou-me de tal modo emocionada que, mesmo muito tempo depois de ela ter cessado, eu continuei a soluçar e, a esta hora, ainda sinto os olhos rasos de lágrimas.
Se eu conseguisse expressar tudo o que eu sinto, seriam as suas palavras que eu escolheria.
Obrigada, Mariana Mortágua!
Obrigada ao meu querido Bloco de Esquerda por não me desiludir, nunca!
Obrigada aos Capitães de Abril pela maravilhosa revolução que nos conduziu à Liberdade e à Democracia! Tudo o resto está no poder do povo!
É tempo de o povo português ganhar maturidade política e sair da mediocridade em que vive, ao ponto de se alienar de tudo o que realmente é importante, como ir às urnas e dar um cartão bem vermelho a quem nos tem governado.
25 de ABRIL, SEMPRE!!!
JOÃO



“Um futuro feito de inevitabilidades é uma fraude”

Na sessão solene na Assembleia da República, Mariana Mortágua criticou a “rendição da democracia” vigente em Portugal 40 anos depois da Revolução, “em que toda a governação é feita a pensar nos mercados e avaliada por eles”.
25 de Abril, 2014 - 10:55h
Mariana Mortágua discursou na sessão solene dos 40 anos do 25 de Abril 
na Assembleia da República.
A intervenção da deputada bloquista começou por falar da dívida da sua geração que “não conheceu outro regime que não a democracia de Abril” para quem se opôs à ditadura e “trouxe para Portugal o século XX”. Numa saudação aos Capitães de Abril, que à mesma hora realizaram uma comemoração no Largo do Carmo, Mariana Mortágua defendeu que “a vossa voz merecia ser ouvida, aqui e hoje, porque é a voz de todos os que vos devem a voz”. “Assim se faria a mais notável democracia, sem tutelas nem complexos, juntando o passado e o presente de um país que nos exige a responsabilidade da memória”, prosseguiu a deputada.
“Renderam a nossa democracia à ditadura dos mercados”
40 anos depois do 25 de Abril, Mariana Mortágua enalteceu as suas principais conquistas, hoje em perigo pelas políticas seguidas pelo Governo. “renderam a nossa democracia à ditadura dos mercados e é em seu nome que governam. Merkel locuta est, causa finita est: se Merkel falou, a conversa acabou. Se Berlim manda, o governo cumpre. Se os mercados murmuram, o país treme”, resumiu a deputada do Bloco.   
A deputada não poupou palavras para atacar o “moralismo sinistro de quem diz a Portugal que governa para punir, sacrificar e redimir” e que ao mesmo tempo “rejeita a existência de qualquer alternativa a este fanatismo austeritário destruidor”. “Estranha forma de democracia esta em que toda a governação é feita a pensar nos mercados e avaliada por eles”, prosseguiu.
“Chamam consenso à passagem do tempo da Troika para o tempo do Tratado Orçamental. Um salto limpo da panela para a frigideira”, prevê a deputada do Bloco.





O “consenso do arco da governação” representa uma vontade de eternização do poder dos que governam para os mercados financeiros, argumentou a deputada do Bloco, fazendo o balanço da austeridade, que “não é um remédio, é uma peçonha”, como provam os resultados dos últimos anos. 
“Passar da troika para o Tratado Orçamental é saltar da panela para a frigideira”
A oposição firme ao consenso do pós-troika em torno do Tratado Orçamental foi o tema forte da intervenção do Bloco nos 40 anos do 25 de Abril. Mariana Mortágua contrariou esse “refrão”, chamando-lhe “o embuste dos governantes que querem silenciar o país para continuarem a governar para os mercados”.
“Chamam consenso à passagem do tempo da Troika para o tempo do Tratado Orçamental. Um salto limpo da panela para a frigideira”, prevê a deputada do Bloco, para quem o Tratado apoiado por PS, CDS e PSD “é a lei dos credores, dos mercados, que querem sobrepor à constituição de Abril” uma “outra Constituição, não escrita, não votada, não escrutinada”.
“As pessoas valem mais que os mercados, a democracia vale contra o empobrecimento, Portugal vale mais que a Goldman Sachs”.  





“Um futuro feito de inevitabilidades é uma fraude. Não há democracia sem escolha. Quando nos dizem que, independentemente do que escolhermos, o nosso futuro a 20 ou 30 anos já está decidido, é a própria democracia que está em causa”, lamentou Mariana Mortágua, depois de lançar o desafio: “não nos respondam com ameaças, com os afobos da comissão europeia ou os trovões dos mercados. Falem de soluções”.
A deputada do Bloco lembrou que existem alternativas, como ficou bem patente na apresentação do manifesto pela reestruturação da dívida. “As soluções são difíceis, mas existem”, defendeu, concluindo que “a solução é coragem: as pensões dos idosos valem mais que as rendas garantidas, as pessoas valem mais que os mercados, a democracia vale contra o empobrecimento, Portugal vale mais que a Goldman Sachs”.

"Renderam a nossa democracia à ditadura dos mercados"


Imperdível! A (re)ver...
Vamos todos exercer a cidadania como um direito e um dever!
Vamos deixar de ser um povo mediocre!
Viva o 25 de Abril, SEMPRE!
JOÃO

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