"Que cada um faça desta campanha
um sinal de mudança e de renovação"
Manuel Alegre, o meu candidato à Presidência da República, não achou graça aos comentários de Marcelo Rebelo de Sousa, no passado Domingo, no Jornal Nacional da TVI. Eu também não achei graça alguma!
Fica um artigo do Publico.pt sobre respostas de Manuel Alegre em relação aos comentários despropositados de Marcelo Rebelo de Sousa.
JOÃO
Presidenciais
Alegre refuta Marcelo e diz que Sócrates está do seu lado
01.09.2010 - 07:50 Por Luciano Alvarez, Sofia Rodrigues
Marcelo Rebelo de Sousa acha que Manuel Alegre e José Sócrates não se entenderam politicamente e que, por isso, o líder do PS "deseja que Manuel Alegre perca as eleições e por muitos para não ser um problema" futuro.
O ex-líder do PSD diz ser difícil encontrar "um apoio tão tardio, tão relutante, tão pedido como aquele que José Sócrates deu a Manuel Alegre." "Devia ter sido o primeiro apoio, antes do BE - que eu saiba Manuel Alegre é militante do PS, não é do BE. Chegou tarde e agora é o silêncio", acrescentou na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide."O entusiasmo de Sócrates à candidatura de Manuel Alegre "é tão pouco", acrescenta Marcelo, "que tem de ser o candidato a dizer que é bom e vai ganhar".
Confrontado com esta leitura, Manuel Alegre desvalorizou. "Marcelo diz umas coisas engraçadas, mas acho que essa não tem muita graça. Já em 2006 se enganou bastante", disse ontem o candidato aos jornalistas antes de um jantar com autarcas socialistas da Grande Lisboa. Manuel Alegre garantiu que Sócrates e ele próprio estão "do mesmo lado" na defesa do Estado Social, do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública. E foi neste contexto que, questionado sobre o Orçamento do Estado, deixou um aviso: "Espero que seja aprovado mas que não se imponham condições que o descaracterizem", disse, recusando, no entanto, fazer apelos para um entendimento, como fez Cavaco Silva no passado sábado.
Ao seu lado, António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, aproveitou para ser mais directo nas críticas a Cavaco Silva. Lembrando que também podem ocorrer "más escolhas nas presidenciais", Costa disse desejar um Presidente para "evitar uma crise [política] e que não seja um contributo para a crise". Questionado sobre se Cavaco Silva encaixa nesse papel, Costa apenas garantiu que "indiscutivelmente Manuel Alegre não contribuirá".
Em sentido oposto, Marcelo Rebelo de Sousa deixara em Castelo de Vide um apelo à união do PSD para reeleger Cavaco Silva como Presidente da República, mesmo que não se tenha gostado do que fez em relação a algumas leis. "Se nós acreditamos na social-democracia, faz todo o sentido que façamos tudo para que continue em Belém um social-democrata, gostemos muito ou pouco daquilo que faz na lei A, B, C, D, no estilo, se ri muito, se ri pouco, sorri muito, sorri pouco, se é mais simpático ou menos simpático", acrescentou.
Apesar de Cavaco Silva ainda não ter anunciado a sua recandidatura, tanto à direita como à esquerda não há dúvidas que tal acontecerá. "[Cavaco Silva] está a fazer um falso tabu, porque a verdade é que o senhor Presidente, ainda no sábado passado, apareceu em seis páginas de um conhecido jornal. Quem não se quer recandidatar, não dá entrevistas daquela natureza", afirmou Manuel Alegre segunda-feira à noite, em Braga.
Ontem, o candidato presidencial Defensor Moura repetiu o epíteto de "tabu" sobre a recandidatura à Presidência da República, acusando Cavaco Silva de "flexibilidade táctica" para obter "vantagens eleitorais".
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