Segundo o estudo da Universidade de Salamanca, em Espanha, os dias e as noites estão a ficar cada vez mais quentes na Península Ibérica, em relação ao resto do Mundo.
Portugal vai ser um país árido, com falta de água daqui a duas dezenas de anos.
A água, o bem mais essencial para a vida humana, tem que ser poupada e usada com contenção.
Temos que ensinar aos mais novos que é imperativo não desperdiçar a ÁGUA!
A escassez de água e a seca serão uma realidade em Portugal!
JOÃO
Temperatura na Península Ibérica aumenta mais
do que no resto do Mundo
Estudo publicado na «Climatic Change» analisa período entre 1950 e 2006
2010-08-31
Na Península Ibérica, os dias estão a ficar mais quentes do que no resto do Mundo, concluiu um estudo da Universidade de Salamanca publicado na revista «Climatic Change». Devido ao impacto que as temperaturas têm na agricultura e na saúde, os investigadores da universidade espanhola analisaram as variáveis mais representativas destes extremos térmicos desde 1950 a 2006.
Os resultados revelaram que se registou um aumento dos dias quentes maior do que no resto do mundo. Também foi detectada uma diminuição das noites frias, tendência que acompanhou a descida global.
São poucos os estudos que se centram nos extremos climáticos e nas alterações que estão a ocorrer nas temperaturas máximas e mínimas ou nas variáveis dias quentes e noites frias.
Até agora, a maioria dos investigadores tinha analisado as alterações da temperatura média à escala global. Estes resultados indicavam que o aumento das temperaturas se deve “mais provavelmente” a factores antropogénicos.
Esta nova investigação permitiu analisar, do ponto de vista físico, as causas das variações dos extremos climáticos, ou seja, verificar “que alterações se estão a produzir nas massas de ar que chegam à Península Ibérica, bem como na temperatura do mar”, segundo explicou ao diário espanhol «El Mundo» Concépcion Rodríguez, autora principal do trabalho e investigadora do Departamento de Física Geral e Atmosfera da Universidade de Salamanca.
“A tendência de diminuição de noites frias corresponde com a obtida à escala global, segundo o relatório do Painel Inter-governamental para as Alterações Climáticas (IPCC). No entanto, o crescimento de dias quentes na Península Ibérica é superior ao obtido globalmente para todo o planeta”, afirmou.
Para explicar estas diferenças, a equipa científica relacionou o aumento de dias quentes com índices que representam a variação das características da atmosfera e dos oceanos. Desta forma, “os dias quentes estão relacionados com os padrões atmosféricos, enquanto as noites frias dependem da temperatura do mar [do Atlântico Norte]”, explicou a investigadora.
O tempo que traz a massa de ar desde o Norte de África é a principal causa do aumento de dias quentes. “O tipo de tempo que provoca mais noites frias é a depressão sobre o golfo de Génova, que transporta ar seco e frio do Centro da Europa para Espanha”, explica Concépcion Rodríguez. A investigadora acrescenta ainda que as alterações no número de dias quentes e de noites frias são mais pronunciadas a sudoeste e noroeste da Península Ibérica e que “uma das causas prováveis destas alterações é a variação da temperatura superficial do mar no Atlântico Oriental”.
Artigo de 2010-04-14:
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«Relatório de Avaliação Regional para as Alterações Climáticas» revela que temperaturas podem subir até 6 graus centígrados
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