quinta-feira, 23 de setembro de 2010

VAMOS! Vamos Quebrar o Silêncio Sobre as Injustiças e as Mentiras da Crise

"Vamos" é uma iniciativa com vários subscritores notáveis, de várias áreas, que tem como ponto de partida a tomada da rua - :: Sempre às quintas-feiras :: -, como espaço de debate político de ideias de alternativa a uma proposta política que remete a maioria das pessoas para as dificuldades enquanto outras fazem da crise um negócio rentável.

"Vamos" é, também, o Blog desta iniciativa. Para o visitgares, clica AQUI.

Deixo os dados sobre a próxima iniciativa, o vídeo da 1.ª iniciativa :: Combater a Pobreza / Distribuição da Riqueza :: que aconteceu na passada Quinta-Feira e o "Manisfesto Vamos à Luta!".

JOÃO
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Hoje, Quinta-Feira, dia 23 de Setembro de 2010:

:: Lisboa :: Largo de S.Domingos (ginginha) :: 17h30 ::
:: Porto :: Santa Catarina :: 18h00 ::
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Vídeo da 1.ª iniciativa
:: Combater a Pobreza / Distribuição da Riqueza ::
vamosaluta2010 | 17 de setembro de 2010
A primeira iniciativa "Vamos!" no Largo de S. Domingos, em Lisboa, contou com vários contributos de pessoas que se juntaram ao protesto. A distribuição da riqueza, as consequências da crise, o peso da pobreza foram alguns dos temas que impulsionaram várias pessoas a intervir neste espaço colectivo: a Rua. Para a próxima semana há mais.

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Manifesto

Não nos calaremos!
Não fomos nós quem fez esta crise.
Há outras soluções.

Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.

Desemprego acima de 10%, precarização generalizada, cortes em todos os apoios sociais e nos serviços públicos, ataque ao subsídio de desemprego, aumento da pobreza...Pode-se viver assim? Como aceitar sempre mais sacrifícios para vivermos sempre pior? Como chegámos aqui?

Os banqueiros e os especuladores jogaram com o nosso dinheiro: crédito fácil, especulação imobiliária, fraudes de gestão. Quando ficaram a descoberto, em 2008, não gastaram nada de seu. Chamaram os Estados e, dos nossos impostos, receberam tudo quanto exigiram. Então deram o golpe: com o dinheiro recebido a juros baixos, compraram títulos da dívida pública, a dívida do mesmo Estado que os salvou. Agora, o Estado, para pagar os altíssimos juros dos títulos da sua dívida, vai buscar dinheiro aos bolsos de quem trabalha: mais impostos, menos salário, cortes de todo o tipo, privatizações...

Estamos perante uma gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos. Dentro de cada país. E dos países mais pobres da Europa para os países mais ricos - numa Europa submissa e agachada defronte dos mercados especuladores. Duas palavras enchem os nossos dias: "dificuldades" e "sacrifícios". São palavras para nos silenciar. Pois não nos calaremos. Não fomos nós, trabalhadores de toda a Europa, quem fez esta crise. Quem a fez foi quem nunca passa por "dificuldades" e recusa sempre quaisquer "sacrifícios". Foram os especuladores que nada produzem, os bancos que não pagam os impostos que devem, as fortunas imensas que não contribuem. Para eles, a crise é um novo e imenso negócio.

Agora que a desesperança se espalha, que a pobreza alastra e que o futuro se fecha, trazemos à rua o combate de uma solidariedade comprometida com os desfavorecidos. Há alternativas ao empobrecimento brutal da maioria da população. O projecto de um Portugal e de uma Europa num mundo que cresça com justiça social e prioridade aos mais pobres. Que defendam o emprego digno, os serviços públicos e os apoios essenciais para garantir o respeito por cada pessoa. Essa é a verdadeira dívida que está por pagar.

Vindos de muitas ideias e de muitas experiências, juntamo-nos pela igualdade e contra as injustiças da crise. Conhecemos as dificuldades verdadeiras de quem está a pagar a factura de uma economia desgovernada.

Não aceitamos a cumplicidade financeira da Comissão Europeia e do BCE no sofrimento e na miséria de milhões, não nos conformamos com um país que se abandona à pobreza, com uma sociedade que aceita deixar os mais fracos para trás.


Uma sociedade civilizada não protege a ganância acima do cuidado humano, o cuidado de um por todos e de todos por um.

Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Vamos à luta.
Vamos!

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