120 anos depois da morte de Antero de Quental, recordamos que o fundador do Partido Socialista Português foi também o autor que afirmou que a poesia moderna "é a voz da revolução". A Comuna, em homenagem, aproveita dita apolínia de poesia social de Antero, e poemas de camaradas de luta que nos acompanham ou poemas de poetas consagrados: |
POVO
povo / é o que geme / em segredo / o punhal da fome / o silêncio do medo povo / é esta amálgama / de sangue e terra / que vegeta em paz / e rebenta na guerra
Poema de
António Joaquim Linhaça
em Subterrâneos Cantares. Gritos da Resistência CONTINUAR...
Nós andávamos pelas ruas, todos os dias, plenos de entusiasmo, / e hoje desviamo-nos delas. Cantávamos as mesmas músicas, em multidão, / hoje nem sempre as ouvimos, nem os cantos dos pássaros. CONTINUAR...
A UM POETA
Tu, que dormes, espírito sereno, / Posto à sombra dos cedros seculares, / Como um levita à sombra dos altares, / Longe da luta e do fragor terreno,
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno, / Afuguentou as larvas tumulares… / Para surgir do seio desses mares, / Um mundo novo espera só um aceno…
Soneto de Antero de Quental
CONTINUAR...
Quando a opressão aumenta / Muitos se desencorajam / Mas a coragem dele cresce. / Ele organiza a luta / Pelo tostão do salário, pela água do chá / E pelo poder no Estado. / Pergunta à propriedade: / Donde vens tu? / Pergunta às opiniões: / A quem aproveitais? Poema de Bertold Brecht (1898-1956)
TANTA FOME E A MALTA DORME
É época de velarmos os finados… / As andorinhas há muito que partiram, / e com elas levaram os seus trinados, / os filhotes e a alegria primaveril.
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IRREALISMO NECESSÁRIO DO AMOR CIENTÍFICO
Canto / O Irrealismo necessário / Mentira na face das coisas materiais / Input irrazoável que reclama / A intercepção impossível das esferas ideais
Poema inédito de Bruno Góis CONTINUAR...
Operário em Construção, texto de Vinicius de Moraes, declamação Mário Viegas
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