Esta carta aberta, "Bit of friendly advice, Portugal" que o Sunday Independent -Irlanda -, escreveu a Portugal, no passado dia 27 de Março, é uma delícia. É sobre o FMI. Os seus conselhos são um mimo!
Então para quem tenha o Inglês como segunda língua, vale a pena ler no original, pois a delícia é ainda maior e não se perde na tradução.Uma jóia rara!
Temos que levar esta crise com bom humor, mesmo!
Lots of love,
JOÃO
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Imprensa
Jornal irlandês ‘Independent' escreve carta a Portugal
Económico 30/03/11 19:32
Começa com um "Dear Portugal" e desenrola-se em oito parágrafos de conselhos que a Irlanda, país já sob a alçada do FMI, tem para Portugal.
"Não quero intrometer-me mas tenho lido sobre vocês nos jornais e acho que estou em condições de vos dar alguns conselhos sobre o que têm pela frente". Assim se inicia uma carta assinada pelo colunista Brendan O'connor, publicada na primeira página da edição do último domingo do ‘Independent'.
O poder político é um dos temas fortes. "Sei que estão sob pressão para aceitar um resgate e que os vossos políticos dizem estar determinados em o recusar. Eles dirão que nem por cima dos seus cadáveres. Segundo a minha experiência isso significa que serão resgatados muito em breve, provavelmente a um domingo", antecipa.
Brendan O'connor também esclarece que resgatar e ajudar não são sinónimos. "Dado que o inglês é a vossa segunda língua, talvez possam pensar que as palavras ‘bailout' e ‘aid' significam que serão ajudados pelos nossos irmãos europeus para superar as dificuldades do presente". Na Irlanda, escreve, "o inglês é a nossa língua materna e era isso que nós pensávamos que ‘bailout' e ‘aid' significavam". No entanto, continua, "permitam-me que vos avise: esse ‘bailout' não vai resolver os vossos problemas, vai, provavelmente, arrastá-los para as gerações futuras".
A crise política portuguesa também não passou despercebida. "Também sei que vão trocar de governo nos próximos meses (...) Nós também mudámos de Governo e é uma boa diversão durante algumas semanas (...) Verão que o novo governo fará todo o tipo de promessas durante a campanha eleitoral", avisa.
O documento termina assim: "Portugal, aproveita enquanto podes porque a realidade estará à espera para irromper novamente quando toda a diversão desaparecer".