terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ética, Transparência e Responsabilidade | Candidatos Presidenciais | Ana Gomes

Ana Gomes, militante (mal)amada do Partido Socialista, Eurodeputada que tudo defende com garra, com ética, com transparência e com responsabilidade, no Parlamento Europeu e na vida cívica, e uma diplomata que eu muito admiro, escreveu dois "posts" em "causa-nossa.blogspot.com", sobre a ética e os candidato presidenciais, Manuel Alegre e Cavaco Silva, que eu gostava de aqui deixar.
Para veres naquele Blog muito mais sobre os candidatos e as presidenciais, clica AQUI.
Não te esqueças que as eleições presidenciais estão quase aí. E não te esqueças que precisamos de mudar de Presidente e de paradigma. O que temos já está gasto!
JOÃO


Quinta-feira, 6 de Janeiro de 2011
 
Etica republicana, transparência e responsabilidade
[Publicado por AG]

Manuel Alegre, em entrevista a Judite de Sousa esta noite, esclareceu em que circunstâncias, ele que é autor literário, escreveu um texto literário para a revista do EXPRESSO, numa campanha que acabou por descobrir era de publicidade ao BPP.

E como, por isso, exigiu a retirada do texto.

E como devolveu o respectivo pagamento através de um cheque que a sua secretária entregou.

E como já pediu ao Banco o comprovativo de desconto do cheque, que julga ter sido descontado, comprovativo que tornará publico mal chegue ao seu poder.

E, desde já, Manuel Alegre penitenciou-se pela forma ligeira como depois disso acompanhou o assunto, designadamente por não se ter certificado do desconto do cheque.

Isto é, Manuel Alegre admitiu ter cometido erros, quanto mais não seja por não ter ainda a certeza de o cheque ter sido descontado (e se o não foi, não foi, evidentemente, por responsabilidade sua).

Chama-se a isto assumir responsabilidades, querer pautar-se por total transparência, dar provas de ética republicana.

Ora comparemos com o comportamento do Presidente e candidato Prof. Cavaco Silva, que por patéticos expedientes, se vem eximindo a esclarecer a quem vendeu as acções da sociedade não cotada em Bolsa SLN e que jurou nada ter a ver com o BPN: ao principio da noite de hoje foi confrontado com a publicação de documentos que demonstram que foi Oliveira e Costa, o acusado de principal responsável pela gestão criminosa do BPN, quem estabeleceu discricionariamente o preço de recompra que representou uma anormal mais-valia de 140% para os vendedores Cavaco Silva.

Já sabiamos que, ao contrário do que em tempos proclamou, o Prof. Cavaco Silva comete erros e engana-se. Continua é a não os assumir.

Enganou-se, certamente, sobre os seus amigos que fundaram e arruinaram o BPN.

E cometeu erros ao investir poupanças numa sociedade não cotada na Bolsa e ao aceitar uma suspeita mais-valia de 140%. Erros políticos, evidentemente, que as suas finanças e as de sua filha ficaram a ganhar leoninamente.

E mais graves erros políticos ao resistir a tudo esclarecer, deixando que agora fiquem por apurar as razões por que Oliveira e Costa fixou o excepcionalmente favorecedor preço de recompra das acções aos Cavaco Silva, pai e filha, deixando no ar a suspeição de que Oliveira e Costa poderá assim ter retribuido favores ou serviços - o que é insuportável para uma cidadã respeitadora do Presidente da Republica, como eu.

Convinha que o Presidente e candidato presidencial Cavaco Silva esclarecesse rapidamente o que há ainda a esclarecer. A transparência, a responsabilidade e a ética republicana exigem-no.

A ética e a transparência do Presidente/candidato
[Publicado por AG]

O ainda Presidente da Republica e candidato presidencial Prof. Aníbal Cavaco Silva não pode alinhar na praga que se instalou neste país, para anestesiamento dos cidadãos, que consiste em sustentar que tudo o que não é ilegal, é ético.

O Prof. Cavaco Silva sabe que o que está em causa numa eleição presidencial não são apenas as boas ou más ideias políticas sobre o desempenho das funções presidenciais.

O Prof. Cavaco Silva, que passa a vida a proclamar-se um "homem sério" e de uma seriedade insuperável ("terá de nascer duas vezes quem for mais sério", disse ele), compreende certamente que nas eleições presidenciais se aprecia igualmente o perfil ético, de transparência e de responsabilidade republicana dos candidatos.

E é por isso que os esclarecimentos que lhe são exigidos não configuram uma “campanha negra” dirigida a sujar o seu bom nome e reputação. Que, aliás, só poderão estar em causa se ele não não prestar os referidos esclarecimentos.

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