Francisco Louçã é um grande político e não é culpado do resultado que o Bloco de Esquerda teve.
Voltámos aos oito deputados, que valem por o dobro ou o triplo. Sempre os deputados do Bloco de Esquerda - mesmo quando eram dois ou três -, valeram por muitos mais deputados...
Voltaremos a crescer!
Ontem, pelas 18 e tal, comecei a ficar tão angustiada, mas tão angustiada que às 19 e tal já soluçava. Tinha a noção certa que o Bloco de Esquerda tinha perdido metade dos deputados ou ainda mais...
Não aguentei e não vou aguentar mais ouvir falar nas responsabilidades do Louçã e do resto da direcção. É muito injusto!
O Bloco perdeu votos para o PS para que o PSD não ganhasse. Sei que muitas pessoas pensaram fazer isso e fizeram-no. O horror de terem o PSD e as suas políticas, piores que as da Troika, tiveram esse efeito nas pessoas, até nas mais esclarecidas, inteligentes e cultas. Falei com muitas que me disseram o que pensavam fazer.
No PS muitos dos socialistas não votaram. Esses queriam era o Sócrates fora. E ter políticas de direita por políticas de direita, preferiram arriscar numa cara nova.
Sócrates devia ter-se afastado da liderança do PS quando decidiu se demitir. Agora ele diz que vai ser feliz! Mas deixou muita gente infeliz com a sua política dos últimos anos e com esta direita no governo, por culpa inteiramente da sua teimosia em ver que não o queriam mais à frente da governação do país.
Estou desolada. Perdi deputados que adorava e que faziam um excelente trabalho. Os melhores deputados da Assembleia da República eram os do Bloco de Esquerda!
Eu tinha orgulho neles! Em todos!
Sinto a dor da perda!
Aos deputados que não foram eleitos, eu deixo a minha admiração e convicção que voltarão... e se calhar antes dos 4 anos passarem.
E voltaremos a crescer!A abstenção e os votos nulos e brancos reflectem a falta de maturidade democrática do povo português. Opções havia muitas. Só que dão trabalho! Ter que sair, estar em filas...
Os portugueses, que gostam de se meter em tudo, detestam meter-se naquilo que é um dever, para além do direito: VOTAR!
Não há desculpas! E a abstenção sempre favoreceu a direita.
O Bloco de Esquerda perdeu votos, sim! Mas não eram votos de eleitorado fixo.
Não vale a pena verem crises onde não existem!
O Bloco vai continuar a ser o Bloco de Esquerda, da Esquerda Grande e de Confiança e quem não quer estar com o Bloco não faz falta alguma.
Não se pode querer transformar o Bloco num partido para o qual não tem vocação e para o qual não foi criado. Se quiséssemos estar num partido comunista, sectário, estávamos no PCP!
Desculpem, eu estou muito perturbada. O desgosto foi muito, mas mais pelos dirigentes do Bloco que eu admiro muito e que sei devem estar a sofrer tanto ou mais do que eu.
JOÃO
Voltámos aos oito deputados, que valem por o dobro ou o triplo. Sempre os deputados do Bloco de Esquerda - mesmo quando eram dois ou três -, valeram por muitos mais deputados...
Voltaremos a crescer!
Ontem, pelas 18 e tal, comecei a ficar tão angustiada, mas tão angustiada que às 19 e tal já soluçava. Tinha a noção certa que o Bloco de Esquerda tinha perdido metade dos deputados ou ainda mais...
Não aguentei e não vou aguentar mais ouvir falar nas responsabilidades do Louçã e do resto da direcção. É muito injusto!
O Bloco perdeu votos para o PS para que o PSD não ganhasse. Sei que muitas pessoas pensaram fazer isso e fizeram-no. O horror de terem o PSD e as suas políticas, piores que as da Troika, tiveram esse efeito nas pessoas, até nas mais esclarecidas, inteligentes e cultas. Falei com muitas que me disseram o que pensavam fazer.
No PS muitos dos socialistas não votaram. Esses queriam era o Sócrates fora. E ter políticas de direita por políticas de direita, preferiram arriscar numa cara nova.
Sócrates devia ter-se afastado da liderança do PS quando decidiu se demitir. Agora ele diz que vai ser feliz! Mas deixou muita gente infeliz com a sua política dos últimos anos e com esta direita no governo, por culpa inteiramente da sua teimosia em ver que não o queriam mais à frente da governação do país.
Estou desolada. Perdi deputados que adorava e que faziam um excelente trabalho. Os melhores deputados da Assembleia da República eram os do Bloco de Esquerda!
Eu tinha orgulho neles! Em todos!
Sinto a dor da perda!
Aos deputados que não foram eleitos, eu deixo a minha admiração e convicção que voltarão... e se calhar antes dos 4 anos passarem.
E voltaremos a crescer!A abstenção e os votos nulos e brancos reflectem a falta de maturidade democrática do povo português. Opções havia muitas. Só que dão trabalho! Ter que sair, estar em filas...
Os portugueses, que gostam de se meter em tudo, detestam meter-se naquilo que é um dever, para além do direito: VOTAR!
Não há desculpas! E a abstenção sempre favoreceu a direita.
O Bloco de Esquerda perdeu votos, sim! Mas não eram votos de eleitorado fixo.
Não vale a pena verem crises onde não existem!
O Bloco vai continuar a ser o Bloco de Esquerda, da Esquerda Grande e de Confiança e quem não quer estar com o Bloco não faz falta alguma.
Não se pode querer transformar o Bloco num partido para o qual não tem vocação e para o qual não foi criado. Se quiséssemos estar num partido comunista, sectário, estávamos no PCP!
Desculpem, eu estou muito perturbada. O desgosto foi muito, mas mais pelos dirigentes do Bloco que eu admiro muito e que sei devem estar a sofrer tanto ou mais do que eu.
JOÃO
“É a luta que nos faz fortes”, diz Louçã
Ao reconhecer a derrota nas eleições, o coordenador do Bloco de Esquerda afirma que se aprende sempre nestas situações e que não tem qualquer ressentimento para com os eleitores que escolheram votar noutros partidos. E promete luta contra os planos que os partidos que assinaram os acordos da troika vão querer aplicar.
Francisco Louçã começou o discurso da noite eleitoral do Bloco de Esquerda afirmando que estas eleições marcam o início de um novo ciclo político, que de facto começara já com o pedido de intervenção externa, “com o empréstimo que hipoteca Portugal nos próximos anos”.
Esta intervenção impõe “condições políticas que vão ser discutidas ao longo da legislatura que temos pela frente”. Estas condições configuram um programa económico e financeiro que não foi discutido pelos portugueses.
O Bloco de Esquerda, afirmou Louçã, esforçou-se por trazer aos portugueses o debate da Segurança Social, do emprego, da renegociação da dívida, mas “encontrámos do outro lado um fortíssimo muro de silêncio”.
Por outro lado, registou o coordenador do Bloco, o Partido Socialista “amarrou-se para os próximos anos a cumprir estas medidas que agravam o rendimento dos portugueses, prejudicam o emprego, diminuem a economia”. E destacou que em duas questões essas ameaças são importantíssimas para a vida das pessoas: “O código do trabalho proposto pelo acordo da troika que o governo certamente tornará no ponto um da sua agenda”, e que é uma “ofensiva anticonstitucional contra os direitos dos trabalhadores.” Por outro lado, os ataques aos salários, às pensões, os ataques à segurança social “têm de encontrar a opor-se-lhes uma força, um combate e uma determinação que o Bloco de Esquerda não deixará de ter e que serão decisivos para o futuro da esquerda”, reconhecendo embora que, diante dos resultados eleitorais, este combate é certamente mais difícil.
Passando a comentar os resultados do Bloco, Louçã reconheceu o partido não atingiu os seus objectivos e assumiu-se como o principal responsável por isso. O Bloco obteve um resultado eleitoral ao nível do de 2005, elegendo oito deputados. “O recuo é, em qualquer caso, uma derrota, e eu quero chamar as coisas pelo seu nome.” Mas aprende-se sempre mais com as derrotas, ponderou o coordenador do Bloco, afirmando que não tem qualquer ressentimento para com os eleitores que escolheram votar noutros partidos.
Mas o deputado eleito por Lisboa afirmou que o Bloco fez uma grande campanha e que demonstrou que a renegociação da dívida tem de começar já, e que o governo agora eleito não poderá deixar de a fazer, Apontou porém uma diferença entre os que querem renegociar para que a dívida continue a escalar cada vez mais, e aqueles que querem proteger os salários, proteger as pensões, o Estado Social e o respeito das pessoas.
“Mesmo na noite da derrota, nós não estamos vencidos”, garantiu o coordenador do Bloco. “Uma esquerda mais forte, mais determinada, capaz de responder pelos reformados, essa esquerda faz a diferença”. Nos próximos anos, essa esquerda irá aprender mais e vai à luta. “É essa esquerda que vai à luta, é essa luta que nos fará fortes”.
Esta intervenção impõe “condições políticas que vão ser discutidas ao longo da legislatura que temos pela frente”. Estas condições configuram um programa económico e financeiro que não foi discutido pelos portugueses.
O Bloco de Esquerda, afirmou Louçã, esforçou-se por trazer aos portugueses o debate da Segurança Social, do emprego, da renegociação da dívida, mas “encontrámos do outro lado um fortíssimo muro de silêncio”.
Por outro lado, registou o coordenador do Bloco, o Partido Socialista “amarrou-se para os próximos anos a cumprir estas medidas que agravam o rendimento dos portugueses, prejudicam o emprego, diminuem a economia”. E destacou que em duas questões essas ameaças são importantíssimas para a vida das pessoas: “O código do trabalho proposto pelo acordo da troika que o governo certamente tornará no ponto um da sua agenda”, e que é uma “ofensiva anticonstitucional contra os direitos dos trabalhadores.” Por outro lado, os ataques aos salários, às pensões, os ataques à segurança social “têm de encontrar a opor-se-lhes uma força, um combate e uma determinação que o Bloco de Esquerda não deixará de ter e que serão decisivos para o futuro da esquerda”, reconhecendo embora que, diante dos resultados eleitorais, este combate é certamente mais difícil.
Passando a comentar os resultados do Bloco, Louçã reconheceu o partido não atingiu os seus objectivos e assumiu-se como o principal responsável por isso. O Bloco obteve um resultado eleitoral ao nível do de 2005, elegendo oito deputados. “O recuo é, em qualquer caso, uma derrota, e eu quero chamar as coisas pelo seu nome.” Mas aprende-se sempre mais com as derrotas, ponderou o coordenador do Bloco, afirmando que não tem qualquer ressentimento para com os eleitores que escolheram votar noutros partidos.
Mas o deputado eleito por Lisboa afirmou que o Bloco fez uma grande campanha e que demonstrou que a renegociação da dívida tem de começar já, e que o governo agora eleito não poderá deixar de a fazer, Apontou porém uma diferença entre os que querem renegociar para que a dívida continue a escalar cada vez mais, e aqueles que querem proteger os salários, proteger as pensões, o Estado Social e o respeito das pessoas.
“Mesmo na noite da derrota, nós não estamos vencidos”, garantiu o coordenador do Bloco. “Uma esquerda mais forte, mais determinada, capaz de responder pelos reformados, essa esquerda faz a diferença”. Nos próximos anos, essa esquerda irá aprender mais e vai à luta. “É essa esquerda que vai à luta, é essa luta que nos fará fortes”.
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