quinta-feira, 9 de junho de 2011

Miguel Portas | Europa Basicamente Congelada | Não há crescimento com um orçamento europeu congelado

Mais uma brilhante intervenção no Parlamento Europeu, do Eurodeputado Miguel Portas, eleito pelo Bloco de Esquerda, em que ele faz duras críticas sobre o congelamento do Orçamento Europeu no debate do relatório que aumenta apenas 5% o orçamento da União Europeia para o período de 2014 a 2020.
Miguel Portas disse, num tom muito indignado: "Não há crescimento com um orçamento europeu congelado". "Não é possível estabelecer prioridades para o crescimento e a criação de emprego com um orçamento europeu basicamente congelado”, afirmou, ainda, Miguel Portas em Estrasburgo.
Intervenção para não perderes!
JOÃO
Miguel Portas - Europa basicamente congelada
2011/06/08 


Carregado por em 8 de Jun de 2011

“Não é possível estabelecer prioridades para o crescimento e a criação de emprego com um orçamento europeu basicamente congelado”, afirmou Miguel Portas em Estrasburgo no debate do relatório que estipula em apenas cinco por cento o aumento do orçamento da União Europeia para o período de 2014 a 2020. Na mesma ocasião, o eurodeputado da Esquerda Unitária (GUE/NGL) desafiou a EU a aplicar uma taxa sobre as transacções financeiras “independentemente dos outros”.
O relatório sobre as perspectivas orçamentais da União Europeia para os sete anos a seguir a 2013 é o tema do momento na reunião plenária do Parlamento Europeu a decorrer em Estrasburgo. Miguel Portas salientou a “falta de ambição” desse documento ao estabelecer em apenas cinco por cento o aumento orçamental, o que significa “um orçamento basicamente congelado”.
O eurodeputado do Bloco de Esquerda sublinhou que “não é sustentável uma moeda sólida sem um orçamento europeu forte” e “a crise das dívidas soberanas prova que se tivéssemos hoje um orçamento forte não teria havido ataques especulativos às dívidas da Grécia ou de Portugal”.
Além de não ser possível, com um “orçamento basicamente congelado”, responder aos desafios de crescimento e de criação de emprego, Miguel Portas acrescentou que do mesmo modo não será possível “responder às novas obrigações dos tratados” e pensar que “a política de coesão chega quando a Europa regressa à divergência social no interior do seu território”.
Miguel Portas anunciou que o GUE/NGL votará favoravelmente a criação de uma taxa sobre as transacções financeiras mas, antevendo a divergência que poderá existir entre essa decisão e a prática efectiva, salientou que “ela só verá a luz do dia quando a Europa tiver a coragem de a aplicar independentemente dos outros”, isto é, se não ficar à espera que haja um acordo mundial sobre o assunto.

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