"Tenho orgulho em ser militante deste partido, o BE, e dos políticos que estão investidos democraticamente para no dia a dia o orientarem."
Mário Tomé
Mário Tomé,
Este artigo ajudou-me a ter a certeza que o Bloco está para ficar, apesar de tudo o que ontem ouvi, ou seja, previsões da dissolução do Bloco de Esquerda.
Não acreditei nelas. Mas senti muita dor com a perda de metade do nosso Grupo Parlamentar, homens e mulheres que eu considero com muito carinho pelo extraordinário e incansável trabalho, empenho, dedicação, entrega e profundo sentido de serviço público.
O Mário Tomé escreveu um extraordinário artigo, como sempre.
Obrigada!JOÃO
Notas de
Mário Tomé
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Um governo, uma maioria, um presidente! Finalmente o sonho do Sá Carneiro, o maior golpista que apareceu na política nacional, e lançou o marcelismo sem Marcello que hoje perdura no PSD. Mas os espertos dos jornalistas e comentadores esquecem-se de dizer o principal: desde que Cavaco foi eleito presidente já havia, informalmente, um governo, uma maioria um presidente que finalmente se formalizou no esplendor da sua humilhante nulidade: o programa da Troika, do FMI!
Para uma boa parte dos pensadores a questão é a seguinte: o PCP é o partido do protesto e nisso o BE não pode competir com ele, e o PS deve repensar a sua relação com os que estão à sua esquerda.
Ou seja o PS com a derrota vai passar a ser de esquerda e o Bloco vai poder entender-se com o PS. Boas novas portanto para a esquerda da treta.
Quero eu dizer: isto, para essa malta, já nem é um jogo de xadrês que entusiasmou muitos políticos a valer. Já estamos ao nível do dominó, juntas sena com sena, duque com duque e por aí adiante, ou, não quero ser cruel para intelectuais com alto nível de autoestima, da bisca lambida. Jogo por jogo prefiro o abafa.
A questão é esta: o que precisamos para estes tempos que aí estão? De um programa político que encare a situação com seriedade, com radicalidade (não me digam que isto é subversivo, porque só me dão satisfação) e com propostas exequíveis, incontornáveis e compreensíveis para a grande maioria de quem trabalha prioritariamente c'as mãos (como diria Manuel Alegre, c'as mãos se faz e se faz e se desfaz) ou prioritariamente com as meninges - o proletariado moderno - capaz de ajudar os que começam a pensar que têm de ocupar as ruas - o espaço por excelência da democracia - e ganhar os que vão sofrer com a crise brutal que os que dizem que estamos a viver acima das nossas possibiliaddes dizem agora que temos de sofrer unidinhos. Viva a união nacional, disse o Passos Coelho.
O Bloco perdeu, tem menos deputados. Mas nem por isso a sua influência na sociedade vai baixar. Arrisco-me a dizer que vai aumentar. Porquê? Porque é o Bloco que apresenta o programa necessário para travar a ofensiva dos devoradores sem quartel e ajudar a pô-los a pagar a crise que criaram.
Os politólogos! e os políticos da chamada correlação de forças que faz repensar o que nunca se pensou! vêem a política como oportunidade de ser oportunista. Ou seja,a materialidade da vida não é senão o trampolim onde a malta se assenta. para simpatizar ou antipatizar uns com os outros, para as manobras tácticas de estratégias de poder, de poder sem pôr em causa o sistema, de poder para fingir que se faz o que não se quer fazer.
O Bloco nasceu para fazer o contrário disso: para interpretar as pulsões e os interesses daqueles a quem se chama o rebanho, ou seja daqueles que fazem mover as sociedades com as suas lutas pequenas e mesquinhas e os seus interesses egoístas, ou seja com o impulso permanente e permanentemente ludibriado da transformação social radical.
Para isso temos o programa que «a campanha eleitoral» institucional quase conseguiu elidir. Não totalmente.
Estamos cá para a luta. Os revolucionários só precisam de uma coisa (e, já agora, da maior representação parlamentar possível; agora foi esta...): um Programa político revolucionário. Nos tempos de hoje, aqui e agora, o BE tem-no, para Portugal e para a Europa.
A militância cívica e social começa a mostrar o caminho assinalando a rua como o lugar da democracia. Os factores da transformação vão-se juntando, acumulando.
Estamos cá. Com clareza, transparência, dedicação, coragem, e vontade, não para nos substituirmos à imensidão das vontades, mas para fazermos parte dela, com o nosso contributo sólido e estruturado.
Tenho orgulho em ser militante deste partido, o BE, e dos políticos que estão investidos democraticamente para no dia a dia o orientarem. Tenho orgulho no Grupo Parlamentar que perdeu alguns dos seus excelentes deputados e no Grupo parlamentar que vai continuar as tarefas que lhe são exigidas. E tenho, principalmente^, orgulho em pertencer a essa malta toda que vai reforçar a presença e a acção do BE na Rua.
Amanhã é segunda-feira, dia de trabalho.
Para uma boa parte dos pensadores a questão é a seguinte: o PCP é o partido do protesto e nisso o BE não pode competir com ele, e o PS deve repensar a sua relação com os que estão à sua esquerda.
Ou seja o PS com a derrota vai passar a ser de esquerda e o Bloco vai poder entender-se com o PS. Boas novas portanto para a esquerda da treta.
Quero eu dizer: isto, para essa malta, já nem é um jogo de xadrês que entusiasmou muitos políticos a valer. Já estamos ao nível do dominó, juntas sena com sena, duque com duque e por aí adiante, ou, não quero ser cruel para intelectuais com alto nível de autoestima, da bisca lambida. Jogo por jogo prefiro o abafa.
A questão é esta: o que precisamos para estes tempos que aí estão? De um programa político que encare a situação com seriedade, com radicalidade (não me digam que isto é subversivo, porque só me dão satisfação) e com propostas exequíveis, incontornáveis e compreensíveis para a grande maioria de quem trabalha prioritariamente c'as mãos (como diria Manuel Alegre, c'as mãos se faz e se faz e se desfaz) ou prioritariamente com as meninges - o proletariado moderno - capaz de ajudar os que começam a pensar que têm de ocupar as ruas - o espaço por excelência da democracia - e ganhar os que vão sofrer com a crise brutal que os que dizem que estamos a viver acima das nossas possibiliaddes dizem agora que temos de sofrer unidinhos. Viva a união nacional, disse o Passos Coelho.
O Bloco perdeu, tem menos deputados. Mas nem por isso a sua influência na sociedade vai baixar. Arrisco-me a dizer que vai aumentar. Porquê? Porque é o Bloco que apresenta o programa necessário para travar a ofensiva dos devoradores sem quartel e ajudar a pô-los a pagar a crise que criaram.
Os politólogos! e os políticos da chamada correlação de forças que faz repensar o que nunca se pensou! vêem a política como oportunidade de ser oportunista. Ou seja,a materialidade da vida não é senão o trampolim onde a malta se assenta. para simpatizar ou antipatizar uns com os outros, para as manobras tácticas de estratégias de poder, de poder sem pôr em causa o sistema, de poder para fingir que se faz o que não se quer fazer.
O Bloco nasceu para fazer o contrário disso: para interpretar as pulsões e os interesses daqueles a quem se chama o rebanho, ou seja daqueles que fazem mover as sociedades com as suas lutas pequenas e mesquinhas e os seus interesses egoístas, ou seja com o impulso permanente e permanentemente ludibriado da transformação social radical.
Para isso temos o programa que «a campanha eleitoral» institucional quase conseguiu elidir. Não totalmente.
Estamos cá para a luta. Os revolucionários só precisam de uma coisa (e, já agora, da maior representação parlamentar possível; agora foi esta...): um Programa político revolucionário. Nos tempos de hoje, aqui e agora, o BE tem-no, para Portugal e para a Europa.
A militância cívica e social começa a mostrar o caminho assinalando a rua como o lugar da democracia. Os factores da transformação vão-se juntando, acumulando.
Estamos cá. Com clareza, transparência, dedicação, coragem, e vontade, não para nos substituirmos à imensidão das vontades, mas para fazermos parte dela, com o nosso contributo sólido e estruturado.
Tenho orgulho em ser militante deste partido, o BE, e dos políticos que estão investidos democraticamente para no dia a dia o orientarem. Tenho orgulho no Grupo Parlamentar que perdeu alguns dos seus excelentes deputados e no Grupo parlamentar que vai continuar as tarefas que lhe são exigidas. E tenho, principalmente^, orgulho em pertencer a essa malta toda que vai reforçar a presença e a acção do BE na Rua.
Amanhã é segunda-feira, dia de trabalho.
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