quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Francisco Louçã: Contra a Economia Estúpida | Linhas Ferroviárias da Grande Lisboa e do Grande Porto

Ficam umas notas de Francisco Louçã, no Facebook, sobre a prática de uma gestão económica estúpida e deveras muito estranha por parte do Estado, neste caso no sector ferroviário, que os portugueses não conseguirão, nunca, compreender.

Eu nunca compreendi!

JOÃO



Notas de
Francisco Louçã
no Facebook


Contra a economia estúpida
Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010 às 16:45


Viajei hoje em dois troços ferroviários à volta de Lisboa: 27km da linha Sintra-Lisboa (explorado pela CP. pública) e 27 km da linha para a Margem Sul (explorada pela Fertagus, do grupo Barraqueiro, privado e concessionário de uma linha pública). Os comboios são os mesmos (e foram pagos pelo Estado). A distância é a mesma. O preço dos bilhetes é o dobro na linha concessionada ao privado. E os passes sociais não podem incluir a linha concessionada, porque a empresa não quer. O Estado financia as duas linhas, e paga mais ao privado do que à empresa pública.

Ou seja, o Estado paga mais ao privado para que este cobre o dobro aos passageiros. É uma economia estúpida.

Imaginem agora a concessão a privados das linhas ferroviárias da Grande Lisboa e do Grande Porto. É o que prevê o Orçamento de Estado. Uma decisão estúpida para uma economia estúpida. Todos perdemos dinheiro: o Estado que paga mais, os passageiros que pagam mais, os contribuintes que pagam mais para financiar o prejuízo. Parece estranho? É o Orçamento negociado entre o PS e o PSD. Como diz Passos Coelho, por uma vez sensato, "o pior ainda está para vir".

Sem comentários:

Enviar um comentário