Miguel Portas | Irlanda: um Tigre em Vias de Extinção... | GREVE GERAL: «UM ASSOMO DE DIGNIDADE»

No seu comentário semanal sobre a actualidade política,a Greve Geral em Portugal, a situação na Irlanda e a aprovação do Orçamento em Portugal são temas abordados na entrevista da passada Sexta-Feira, dia 26 de Novembro, ao programa “conselho superior" da Antena 1, por Miguel Portas, o Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu.
Não poderia deixar de colocar aqui mais um brilhante comentário político de Miguel Portas, mesmo que com grande atraso.
JOÃO

Miguel Portas no programa "Conselho Superior"

Antena 1 - 2010/11/26
Irlanda: um tigre em vias de extinção...



beinternacionaleu | 26 de Novembro de 2010

A greve geral em Portugal “não foi apenas um grito de revolta, foi um assomo de dignidade”, disse Miguel Portas na sua crónica semanal no programa Conselho Superior da Antena Um. “Isto estava a ser preciso, mesmo que os resultados políticos possam não ser imediatos”, acrescentou o eurodeputado que passou ainda em revista a situação na Irlanda e a aprovação do orçamento em Portugal.

Isto “anda tudo ligado”, em torno “da palavra mágica ‘austeridade’”, sublinhou o eurodeputado contrapondo como solução para a crise uma outra “palavra mágica, ‘crescimento’”. Temos que “apostar na economia e no investimento público”, completou.

Em relação à Irlanda, o eurodeputado do GUE/NGL eleito pelo Bloco de Esquerda afirmou que se trata de uma “cadeia de erros colossais” que vai ser “paga pelos mesmos de sempre, os que não têm responsabilidade na crise”. O chamado “tigre celta” está “em vias de extinção” depois de ter sido apresentado como um exemplo porque afinal “estava completamente dopado em produtos tóxicos” devido à ligação financeira aos Estados Unidos da América e funcionando também como um paraíso fiscal. Os lucros das empresas nunca foram taxados acima de 12,5 por cento e agora mesmo que o governo irlandês quisesse aumentar os impostos não pode fazê-lo “porque as multinacionais dizem que se vão embora”. Restam “os mesmos de sempre” para pagar um défice de Estado de 32 por cento do PIB, quatro a cinco vezes maior que o de Portugal”, afirmou Miguel Portas.

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