sábado, 30 de outubro de 2010

António Lobo Antunes Acaba de Editar "Sôbolos Rios que Vão" | «Negociar os Livros com a Morte» | ENTREVISTAS

 "Sôbolos Rios Que Vão" é o mais recente romance de António Lobo Antunes.

O escritor dá agora a conhecer mais outra obra de uma trilogia sobre o mundo rural, que começou com o livro "O Arquipélago da Insónia".  Esta triologia de Lobo Antunes percorre a Beira Alta e o Ribatejo. A primeira viagem começou no Alentejo.
O filósofo José Gil classificou este último livro de António Lobo Antunes, "Sôbolos Rios Que Vão", como «um grande livro, com muitos aspetos insólitos e inéditos na escrita do autor».
António Lobo Antunes sofre de um cancro há já uns anos. Será por isso que Lobo Antunes já disse que sente que está «a negociar os livros com a morte».
As entrevista que deixo falam muito da morte e são todas em registos diferentes.
Vale a pena leres e ouvires estas entrevistas que aqui deixo.
JOÃO

"Nunca terei tempo para escrever o que queria"
Inserido em 29-10-2010 00:25
António Lobo Antunes acaba de editar "Sôbolos rios que vão", “um grande romance de micro-afectos abstractos”, mas palavras de José Gil.
"Sôbolos rios que vão" é o título da obra que reflecte sobre a vida. O narrador, tal como António Lobo Antunes, viveu a ameaça da morte por cancro e usa a situação para recuperar fragmentos da sua vida. A obra, que tem um titulo que vai beber inspiração a um verso de Camões, foi apresentada esta noite no Museu da Água, em Lisboa.
No final da apresentação, Lobo Antunes pediu desculpas. Não tinha tempo para dar autógrafos. Queria voltar rapidamente para as páginas do seu próximo livro e a uma das personagens, uma rapariga de cinco anos.
Para já, ao leitor oferece "Sôbolos rios que vão", uma obra que tem como narrador um homem operado a um cancro e, que perante a ameaça da morte, recupera imagens da sua vida.
Lobo Antunes recusa a ideia de autobiografia, mas diz escrever para sobreviver: “Eu sei que vou morrer, mas tenho de trabalhar de maneira a que o meu trabalho fique e que os meus livros continuem a interpelar as pessoas”, frisa.
Servo da escrita, Lobo Antunes questiona-se se ainda terá tempo para passar para o papel tudo o que almeja.
“Sinto cada vez mais e de uma maneira que, por vezes, é dolorosa, que estou a negociar os meus livros com a morte, mas isso sinto desde o princípio, que nunca terei tempo para escrever o que queria”, sublinha.
Lobo Antunes escreve porque quer dizer e acha que os livros são um diálogo com o leitor. Critica a dificuldade que novos autores enfrentam para publicarem o primeiro livro e lamenta a forma como os grandes escritores são tratados.
A apresentação do livro decorreu no Museu da Água, em Lisboa, e ficou a cargo de José Gil. Para o pensador, "Sôbolos rios que vão é, mesmo que não pareça, um grande romance de micro-afectos abstractos, por isso também a sua leitura nos afecta tanto”.

Ricardo Araújo Pereira entrevista António Lobo Antunes
28 de Out de 2010
Sabíamos da admiração mútua. No momento em que Sóbolos Rios Que Vão chega às livrarias, a VISÃO desafiou o humorista a entrevistar o escritor. Lobo Antunes abriu-lhe as portas de casa e baixou todas as defesas. VÊ O VÍDEO CLICANDO AQUI.

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