JOÃO
ARSENAL DO ALFEITE
UM ANO DEPOIS, ARSENAL DO ALFEITE, SA E AGORA?
Um ano depois, o resultado da política desastrosa do Governo do Partido Socialista é visível e já não deixa dúvidas a ninguém sobre o que afinal pretendiam para o Arsenal do Alfeite.
Um ano depois, quando podíamos festejar o 71º aniversário da existência do Arsenal do Alfeite, assinala-se o primeiro ano do fim da sua vida.
Na altura da extinção do Arsenal do Alfeite, o Governo do Partido Socialista, contava com uma maioria absoluta no Parlamento do seu Partido e além disso teve sempre o apoio do PSD e do CDS. Estes decisores políticos, insensíveis à importância das profissões manuais e incapazes de perceber que neste país não podem ser todos doutores e engenheiros, desferiram um golpe sobre centenas de trabalhadores afastando-os dos locais onde eles poderiam ser mais produtivos e continuar a transmitir os seus conhecimentos e experiências profissionais.
Ao Arsenal do Alfeite o Sr. Almirante do Estado Maior da Armada entregou uma medalha de ouro, pelo seu “notável desempenho ao longo de várias gerações, uma indubitável fonte de orgulho para a Marinha e para todos os Arsenalistas”.
E o que fez o Governo do Partido Socialista, pela mão de alguns burocratas que nunca saberão o que é um paquímetro, um micrómetro ou uma lima murça e mesmo que venham a saber nunca os saberão utilizar, e porque é que apenas usam os dons de oratória para denegrir a importância do trabalho e dos trabalhadores?
O ouro numa mão e a extinção na outra.
Esta é a política de quem usou a força de uma maioria absoluta para proceder de forma completamente arbitrária e aventureira, destruindo aquilo que devia ser modernizado e acarinhado. O nosso País precisa de não deixar morrer as profissões manuais.
As serralharias, tanto a serralharia mecânica como a serralharia civil, são profissões dignas; as carpintarias, tanto a carpintaria de moldes, como a carpintaria de limpos, como a marcenaria, são profissões dignas; a soldadura, tanto a soldadura por arco-eléctrico, como a soldadura árgon, são profissões dignas, os torneiros mecânicos, os fresadores, os mecânicos de frio e os mecânicos de motores os electricistas são profissionais dignos. Mas o que têm feito os sucessivos governos para salvaguardar estas profissões que constituiriam uma fonte de emprego? E o que tem feito o governo do Partido Socialista? ZERO!
A extinção do Arsenal e esta invenção da Arsenal do Alfeite SA, que mais não é que mandar areia para os olhos de todos nós, é mais uma prova da incompetência de quem governa com os olhos postos nos grandes e poderosos e de costas voltadas para os humildes.
No têm perdão!
Merecem ser retirados do poder para nunca mais lá voltarem!
Não deixa de ser notável que, com todas as provas de más políticas, com efeitos muito nocivos para os mais desfavorecidos da nossa sociedade, se continuem a apresentar como os mais capazes de apresentar soluções para o País e também para Almada.
Vem isto a propósito dos ataques que o PS desfere contra o Bloco de Esquerda que, na sua opinião, devolveu à CDU aquilo que os eleitores lhe retiraram nas últimas eleições: ou seja, a maioria absoluta.
O PS, na falta de ideias para o Concelho de Almada, resolveu virar-se para o ataque ao Bloco de Esquerda, mas fica mal na fotografia. O BE sabe o que está a fazer: respeitamos os nossos eleitores em particular e toda a população em geral e fieis ao nosso programa eleitoral, somos uma força construtiva, e é isso que tanto incomoda e irrita o PS. Queriam poder dizer que o BE é o Partido do Contra.
Mas já agora, porque não referem a título de exemplo que, quando o PS propôs 3 acções prioritárias para a Costa da Caparica, o BE votou a favor. Não o dizem porque não dá jeito apresentar o BE como uma força que vota de acordo com o conteúdo das propostas, não se inibindo de votar favoravelmente propostas da CDU e de todos os partidos representados nos órgãos autárquicos, incluindo propostas do PS, desde que os conteúdos dessas propostas, na óptica do BE, sejam favoráveis aos Almadenses e não sejam contrárias ao programa apresentado pelo BE. Aliás, quem acompanha com regularidade a actividade dos órgãos municipais, sabe que é assim.
Em Almada, como no País, o Bloco de Esquerda honra os seus compromissos. Em Almada, quem nos conhece sabe que não viramos a cara às dificuldades, estamos na luta e, na actual situação de dificuldades para os trabalhadores e para as camadas mais vulneráveis da nossa sociedade, mercê de uma política anti-social do governo PS, dizemos claramente: estamos na luta e estamos com a GREVE GERAL, dia 24 de Novembro.
Luís Filipe Pereira
Deputado Municipal do BE
18/10/2010
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