quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Artigo de Opinião: «Manuel Alegre: "NÃO SEREI NEUTRO NA DEFESA DO ESTADO SOCIAL E DA JUSTIÇA”» | Esquerda.Net | Links

Domingo, 19 de Dezembro: Manuel Alegre apresentou o seu Manifesto Eleitoral no Comício que teve lugar na antiga FIL, em Lisboa.
Foi um dia muito especial e muito comovente. Principalmente o espírito de unidade que esteve sempre presente no evento que reuniu muitos apoiantes de Manuel Alegre, como militantes do PS, militantes do BE, como pessoas que não têm nenhuma filiação partidária.
Adorei a intervenção de Maria de Belém, uma socialista admirável e de espírito livre, e amei a intervenção de Jorge Sampaio que foi muito inteligente, com um humor magnífico, que deixou todo o auditório muito bem-disposto. Soltámos, mesmo, saudáveis gargalhadas!
Os apoiantes tiveram manifestações muito calorosas, aplaudidas com bastante entusiasmo a grande aceitação.
A intervenção de Manuel Alegre, o candidato presidencial, foi a confirmação que o candidato sabe bem a diferença entre os poderes de um Primeiro-Ministro e de todos os poderes de que dispõe um Presidente da República, e sabe como fazer uso desses poderes por forma a impedir, entre outras coisas, "a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa, porque a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral - o trabalho".
Manuel Alegre é um candidato independente, sem receio de falar sobre os erros desta governação socialista e sem a pretensão de agradar a "Gregos e a Troianos".
É, de facto, o Presidente da República que Portugal precisa!
Eu estava, estou e estarei com Manuel Alegre!
JOÃO

PS: Fica uma matéria que saiu no Esquerda.Net. Tenho a lamentar que haja um erro flagrante, pois sempre que é mencionado "CCB" - Centro Cultural de Belém, onde o comício não teve lugar, deve estar no "Centro de Congressos de Lisboa, antiga FIL", ou seja, na antiga Feira Internacional de Lisboa, no CCL, na Junqueira, onde, de facto, o Comício teve lugar. Eu estive lá! Parece que o jornalista não esteve!...

Manuel Alegre: "Não serei neutro na defesa do Estado Social e da Justiça”

Manuel Alegre apresentou este domingo o seu manifesto eleitoral, dizendo que se candidata para defender o direito ao trabalho, assumindo o papel de "regulador e moderador político" em defesa do Estado Social. Em Lisboa, no CCB, mil pessoas ouviram também Jorge Sampaio e Maria de Belém.
Artigo | 19 Dezembro, 2010 - 19:48

"Comigo na Presidência da República, os portugueses terão alguém que defende a cooperação institucional numa base de lealdade, moderação e fidelidade à sua própria interpretação dos sentimentos do país", afirma Manuel Alegre, no seu manifesto eleitoral à Presidência da República, que designou de "contrato presidencial".

Para Manuel Alegre, o Presidente da República é um "moderador político e social" que deve exercer um "magistério de proximidade e exigência" e "vigiar a ocorrência de interesses entre o mundo político e o mundo económico".

O candidato presidencial defende no documento que não cabe ao Presidente da República governar e que está preparado para trabalhar com todos os governos, mas frisou que "não será neutro" em defesa do Estado Social, da Justiça "com autoridade e prestígio" e na defesa "dos direitos sociais".

"Não serei neutro, como nunca fui, na luta pela decência da democracia e pela transparência da vida pública, contra o clima permanente de insinuação e suspeição que mina a confiança dos cidadãos", afirmou Manuel Alegre este domingo, no CCB, em Lisboa.

Alegre deixou claro que utilizará "todos os poderes de que dispõe um Presidente da República para impedir a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa, porque a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral - o trabalho".

Se no futuro, referiu, algum governo ou Parlamento pretender "acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, eu estarei contra e exercerei, sem hesitações, o meu direito de veto".

No plano económico, Manuel Alegre defende que o país não pode ficar "refém de políticas de austeridade recessivas", e que Portugal deve "refazer o tecido produtivo".

O candidato presidencial criticou o actual Presidente da República, Cavaco Silva, que se recandidata, afirmando que "tem sido, tanto nos silêncios quanto nas intervenções sibilinas, um agente activo do lado do que está errado e um sonoro ausente do lado do que é justo: a defesa do Estado português e da legitimidade social que deve ter". Por oposição a um Presidente "que é contra aquelas leis que mudaram os costumes e que, quando não as veta, é porque não tem coragem para o fazer", Alegre apresenta-se como uma personalidade aberta ao mundo, com uma visão de modernidade" e sem "preconceitos conservadores".

A "coberto do ambíguo conceito de ‘cooperação estratégica’, Cavaco Silva "assume a ideia de uma partilha de governação susceptível de gerar conflitos institucionais", criticou.

No seu "contrato presidencial", Manuel Alegre defende a necessidade de voltar a colocar a regionalização na agenda política e, no capítulo sobre a Europa, defende a criação de taxas sobre as transacções financeiras.

No CCB, estiveram presentes muitos apoiantes que ouviram também Jorge Sampaio que destacou a importância da candidatura de Manuel Alegre no actual momento político e sublinhou o seu apoio inequívoco. Também interveio Maria de Belém que, por sua vez, destacou os temas da defesa da Escola Pública e do Estado de Direito, da solidariedade e do combate à pobreza.

Uma lista de apoiantes imensa e diversificada

A candidatura de Manuel Alegre também divulgou este domingo a sua Comissão de Honra, onde se encontram destacados dirigentes e militantes do Bloco de Esquerda e do PS, como Francisco Louçã e Jorge Sampaio, e das duas centrais sindicais, entre muitos outros.

A lista integra pessoas de várias áreas, do desporto à política, passando pela medicina, religião, cultura, e sindicalismo. São políticos, professores, médicos, agricultores, autarcas, escritores, e muitos outros de outras profissões.

Da área sindical constam o secretário-geral da UGT, João Proença, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros José Carlos Martins, Maria Luísa Marques da Comissão Executiva da CGTP-IN, Paulo Sucena, ex-secretário da FENPROF, e o dirigente Florival Lança.

Da área cultural, além do escritor Valter Hugo Mãe, fazem parte o fotógrafo António Homem Cardoso, os escritores Baptista Bastos, Hélia Correia, José Manuel Mendes, e M.ª Teresa Horta, o escultor João Cutileiro, e o actor Rui Mendes. Da área musical constam o compositor Carlos Alberto Moniz e os cantores Jorge Palma e Lena d'Água.

Da área das ciências sociais incluem-se o arqueólogo Cláudio Torres e os historiadores Fernando Rosas e António Reis. Da área da comunicação social estão, entre outros, Daniel Oliveira, Alfredo Barroso, António Macedo e João Malheiro.

O médico acupuntor Pedro Choy e os médicos Maurício Chumbo, José Manuel Boavida, e Francisco George, são outros nomes que integram a lista dos 1600 membros da Comissão de Honra de Alegre.
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Ler o Manifesto Eleitoral de Manuel Alegre.

Ver Comissão de Honra.

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Para veres os posts sobre o Vídeo do Discurso de Manuel Alegre  e a sobre a Apresentação do Manifesto Presidencial, clica nas hiperligações:

Comício de Manuel Alegre em Lisboa | Domingo, Dia 19 Dezembro, 15:00 Horas, na Antiga FIL, na Junqueira

Manuel Alegre: "O PAÍS PRECISA DE UM LUTADOR POLÍTICO NA PRESIDÊNCIA" | Vídeo

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