MARISA MATIAS ELEITA VICE-PRESIDENTE DO PARTIDO DA ESQUERDA EUROPEIA (PEE) | Proposta de Criação de Fundo Europeu para o Desenvolvimento Social

 

Tenho um profundo respeito e uma profunda admiração pelo trabalho, no Parlamento Europeu, da Eurodeputada Marisa Matias, eleita pelo Bloco de Esquerda.
Como ser humano, Marisa Matias é uma pessoa extraordinária e uma querida amiga.
Por tudo isto, quando há dias atrás a Eurodeputada Marisa Matias foi eleita vice-presidente do Partido da Esquerda Europeia, eu fiquei profundamente emocionada e muito orgulhosa por ela. Ainda não lhe dei os parabéns!
Vou deixar uma matéria que vem no site do BE Internacional, para que fiques a conhecer melhor a nossa Eurodeputada Marisa Matias e Vice-Presidente do PEE.

JOÃO

Marisa Matias eleita vice-presidente do partido da Esquerda Europeia

Produzido por Nelson Peralta

Iniciativa de cidadãos vai propor um fundo de desenvolvimento alternativo à austeridade

Marisa Matias, eurodeputada membro do grupo da Esquerda Unitária GUE/NGL) e dirigente do Bloco de Esquerda, foi eleita, por voto secreto, vice-presidente do partido da Esquerda Europeia (PEE). O terceiro congresso do PEE decorreu em Paris de 3 a 5 de Dezembro reunindo mais de 300 delegados e numerosos convidados de várias organizações políticas, sindicais e sociais de todo o globo.
 
O partido da Esquerda Europeia é uma associação de partidos que agrupa actualmente 38 partidos de 30 países, que trabalham e cooperam a nível da actividade política na Europa com base nos princípios e objectivos políticos estabelecidos no Manifesto da Esquerda Europeia. A adesão de novos membros está aberta aos partidos e organizações de esquerda que se revejam nos seus princípios. Marisa Matias considera o PEE a única força de esquerda anti-capitalista organizada a nível europeu com capacidade de organizar acções conjuntas e campanhas e de pôr em prática um programa político de acção comum.
 
Por decisão do Congresso, a Esquerda Europeia irá promover uma iniciativa política dos cidadãos propondo a criação de um fundo europeu para o Desenvolvimento Social que financie os investimentos públicos geradores de emprego, ampliando a formação, a pesquisa, as infra-estruturas úteis, e a obtenção de resultados no domínio do ambiente. Para Marisa Matias, este fundo assume-se como alternativa ao actual fundo europeu para a estabilização financeira e à submissão aos mercados financeiros que tem levado a sucessivos planos de austeridade contra os povos da Europa. O fundo deverá ser financiado através da tributação das transacções financeiras, mas também através da criação de moeda pelo Banco Central Europeu, não o tornando dependente do mercado.
 
O Tratado de Lisboa prevê, pela primeira vez, esta figura de iniciativa política dos cidadãos permitindo aos cidadãos sugerirem directamente legislação europeia através da recolha de um milhão de assinaturas de cidadãos de, pelo menos, um terço dos Estados-Membros. Marisa Matias considera esta iniciativa do PEE um instrumento de acção popular e de mobilização dos cidadãos contra a própria lógica dos Tratados, que pretendequebrar o consenso neoliberal da austeridade e responderàs necessidades dos cidadãos.
 
No congresso foi ainda eleito o presidente do PEE Pierre Laurent (Partido Comunista Francês) e os restantes vice-presidentes Maite Mole (Partido Comunista de Espanha), Alexis Tsipras (Synaspismos, Grécia) e Grigori Petrenko (Partido dos Comunistas da República da Moldávia).