sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Miguel Portas Desmonta Suposto "Plano da Europa Para Salvar Portugal" | Vídeo

Mais uma entrevista de Minuel Portas ao programa “Conselho Superior" da Antena 1, em que o Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu, faz o seu comentário semanal sobre a actualidade política.

Miguel Portas critica o actual fundo europeu de apoio aos países em dificuldades: "Fundo de ajuda europeu é um fundo agiota"

Aconselho a veres, claro. É bem esclarecedora!

JOÃO

Miguel Portas no programa"Conselho Superior"
Antena 1 - 2010/02/18
Novas de Bruxelas: apenas exageradas

beinternacionaleu | 18 de Fevereiro de 2011


As ameaças são bem mais reais do que a “salvação”
Produzido por The Week, 18/02/2011


Apesar de se dizer que “a Europa já tem um plano para salvar Portugal”, as notícias de Bruxelas não são, afinal, animadoras. O plano ainda não existe e o que os portugueses têm como certo já para Abril é mais um PEC “ambicioso” e um plano nacional de reformas capaz de atingir ainda mais dolorosamente o mercado de trabalho. A explicação foi dada pelo eurodeputado Miguel Portas na sua intervenção semanal no programa “Conselho Superior” da Antena Um.

O plano de que se fala e que os ministros das Finanças da União Europeia teriam arquitectado durante a semana passada é afinal o aumento de capacidade de empréstimo de um fundo “que não existe e só irá funcionar a partir de 2014”, disse Miguel Portas. Entretanto os ministros nada decidiram sobre o fundo que existirá até ao final de 2013 e que “tem na barriga cerca de um terço do FMI”.

Em relação ao fundo em vigor, até agora só foi aplicado na Irlanda e os irlandeses não estão satisfeitos de tal como que, segundo Miguel Portas, os partidos que provavelmente assumirão o governo já disseram que o vão renegociar. Isto porque o citado fundo empresta à Irlanda dois ou três pontos acima do que o Banco Central Europeu empresta à Hungria e à Roménia. Ou seja, deduziu o eurodeputado do GUE/NGL eleito pelo Bloco de Esquerda, “esse fundo é dos governos mas é um fundo agiota”.

O que Portugal tem certo para a Abril, no âmbito do “Semestre Europeu” a ser aplicado pela primeira vez, é um novo PEC, certamente com “mais cortes”; e um plano nacional de reformas que, por exemplo, vai incidir sobre as reformas e novamente sobre o mercado de trabalho, penalizando ainda mais o desemprego.

Outra ameaça sobre Portugal, “talvez a mais complicada” segundo Miguel Portas, é o pacote de coordenação económica em preparação nas instituições europeias, incluindo o Parlamento. Trata-se de um pacote que dificilmente conseguirá quebrar o ciclo vicioso formado por escasso investimento, nulo crescimento e acumulação de dívida. “Tentar imitar a Alemanha de qualquer forma é absolutamente trágico para os países em situação mais debilitada”, concluiu Miguel Portas.

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