quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mário Tomé: MORRER PELA PÁTRIA ? | Dia da «Defesa Nacional»!!!


Sobre a morte da jovem de 18 anos, Ana Rita Lucas, que morreu na sequência de um acidente em actividades do chamado "Dia da Defesa Nacional", e respondendo à questão colocada por Mário Tomé no final do seu texto no Facebook, respondo:
De facto somos todos responsáveis, SIM! Temos o país e os governantes que merecemos!
Foi um facto lamentável! Mas evitável, pois não tem sentido algum aquele cerimonial que nunca devia ter sido inventado. O Dia da Defesa Nacional!!!
Fiquei mesmo mal e fartei-me de chorar, sem conhecer a jovem. Senti uma revolta tão grande por uma morte tão absurda, quão absurdo é o Dia da Defesa Nacional que gritei: se fosse minha filha eu matar-me-ia em público, em frente ao Ministro da Defesa, para acabarem com esta fantuchada.
Uma morte completamente incompreensível para um dia que eu não consigo justificar...
Estou tão revoltada!
JOÃO

Notas de
Mário Tomé
no Facebook

por Mário Tomé a Quarta-feira, 25 de Maio de 2011 às 19:11

A jovem Ana Rita Lucas foi a enterrar. Morreu num exercício (slide) no Dia da Defesa Nacional. O serviço militar obrigatório acabou, apesar da CRP ser relativa e cobardemente (pelos que votaram a alteração do artigo) ambígua para dar saída à ideologia da guerra e da cretinice da defesa nacional. O Ministro da Defesa suspendeu agora o que não devia existir e tantos protestos já provocou.
Gastam-nos as verbas (FA'S levam 2mil milhões de euros por ano)e pressionam os jovens - para o «desporto» radical - em imbecis contactos com a parafernália do exercício militar. No tempo do fascismo, do serviço militar obrigatório e da guerra colonial, um acidente destes teria provocado, apesar de tudo isso, uma comoção geral que a democracia podre, com toda a sua «liberdade» de expressão escamoteia. As FA's são intocáveis e o imperialismo come quem lhe põem à mão.
Exige-se que o Dia da «Defesa Nacional» - símbolo das imposições da NATO, da submissão ao imperialismo e da guerra infinita - acabe de uma vez por todas. O PESSOAL NÃO PODE ANDAR TÃO DISTRAÍDO. Somos todos um bocado responsáveis. Ou não?

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