sábado, 30 de abril de 2011

Artigo: «Bloco Quer Discutir Proposta de Resgate Com o Governo» | ESQUERDA.NET

O Bloco de Esquerda quer conversar com o Governo Português. Com esse podem tentar negociar.
Com a "troika" não conversam, pois também não poderiam negociar. Com esses da "troika" só pode negociar o governo, mesmo que demissionário. Tudo o resto é para "Inglês ver"!
 JOÃO




Bloco quer discutir proposta de resgate com o governo

Partido solicita, através de carta, uma reunião para discutir a proposta de acordo de resgate, logo que esta seja conhecida e antes que o Estado português se comprometa com ela.
O Bloco de Esquerda enviou nesta sexta-feira uma carta ao governo em que solicita “um encontro, a ocorrer entre o conhecimento da proposta política que sustenta o acordo de resgate e os momentos previstos para estabelecer compromissos que vinculem Portugal na ordem externa, e na União Europeia”.
Até agora, afirma a carta, o Bloco de Esquerda sublinhou a responsabilidade, em termos constitucionais, de “o governo ser o interlocutor juridicamente válido para celebrar acordos de natureza internacional”, e recusou encontrar-se com a tríade Fundo Monetário Internacional/Banco Central Europeu/Comissão Europeia, dada “a inexistência, nessa sede, de qualquer espaço negocial com os partidos da oposição”.
“O Bloco de Esquerda não quis falar sem factos mas quer discutir sem factos consumados”, diz a carta, assinada por Luís Fazenda, em nome do Secretariado do Bloco.
“O Bloco de Esquerda fala com o governo, não com o FMI. Eu falo com o governo do meu país”, esclareceu Francisco Louçã, em entrevista à RTP, explicando que o Bloco quer apresentar os seus argumentos e as suas ideias quando a negociação do texto final do acordo estiver a avançar. “Estamos capazes de apresentar um plano alternativo. Eu não desisto do meu país”, disse.
Já Luís Fazenda explicou que “podem alimentar mil vezes essa ficção, mas não há qualquer negociação com a troika. Aliás, não houve até agora negociação com o governo, quem o diz é o primeiro-ministro. A troika esteve até aqui a fazer o trabalho de avaliação técnica, não negociou coisa alguma com ninguém”, afirmou.
“O FMI não faz negociação nenhuma com nenhum partido. Não se fazem três negociações ao mesmo tempo: com um governo e com dois ‘governozinhos’ – PSD e CDS”, concluiu Francisco Louçã.

Leia a carta na íntegra.

Cartoons do Bartoon | Em Governo de Gestão | E Assim Tem Estado Este País...

Novamente juntei os maravilhosos e deprimentes - mas sempre hilariantes! -, tesourinhos dos "Cartoons do Bartoon", de 19 a 30 de Abril, para que possamos reflectir sobre a (des)graça do país... com um sorriso nos lábios, numa altura tão difícil para quase todos nós.
Tivemos, durante este período a comemoração do 25 de Abril que foi bem pensada, com os 4 magníficos! -, mas cujos discursos, apesar de darem uma visão do que foi o antes e o depois da revolução dos cravos, foram como que um apelo a uma união nacional, tão contrária a um regime de democracia. Não pode ser! Quem decide é o povo, nas urnas!
Gostei, contudo, do discurso de Jorge Sampaio. Disse muitas e boas verdades!...
Recordo que o voto na oposição é o voto que melhor nos representa, pois os governos na oposição são os que melhor fiscalizam o governo.
Recordo, também, que retiro da oposição o PS, PSD e CDS pois foram estes os que nos têm governado e contribuído para a situação insustentável em que nos encontramos, porque, para além das más políticas, foram permissivos a muitos abusos e mordomias, alguns completamente inqualificáveis.
NÃO AO VOTO ÚTIL !!!
JOÃO
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PUBLICO.PT - Bartoon - de 19 a 30 de Abril de 2011
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Entrevista na RTP1 | Francisco Louçã: "Os Portugueses Têm o Direito de Conhecer Esta Dívida" | Vídeo

Ontem aconteceu uma entrevista a Francisco Louçã pela RTP1. Foi uma entrevista bem conduzida, calma, e bem esclarecedora do que o Bloco de Esquerda é e pretende: um partido democrático, socialista, plural, com uma política de valores e causas, ética, verdade, séria...!
Só mesmo quem não quer ver é que vai votar nos partidos que foram, alternadamente, governo e nos deixaram nesta crise gravíssima, a pior desde o 25 de Abril.
JOÃO

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De: | Criado: 29 de Abr de 2011
Na entrevista à RTP, Francisco Louçã defendeu a renegociação da dívida portuguesa após uma auditoria que dê a conhecer os negócios, prazos e juros que nos estão a cobrar. O coordenador bloquista propôs a criação de um fundo de resgate para "que se pague o que se tem de pagar", apoiado na contribuição fiscal do sistema financeiro, que até agora foi poupado e é o que mais lucros teve com a crise.
Distrito de Setúbal,
faça-se cumprir esta meta dos deputados pelo Bloco de Esquerda!
Mariana Aiveca, conta comigo, sempre!
No resto do país também queremos melhorar o número de deputados eleitos pelo Bloco.
São deputados que fazem a diferença, pela sua ética política, pelos seus valores democráticos e sociais, pelo seu programa que defende uma sociedade mais justa e com igualdade de oportunidades, defesa do Serviço Nacional de Saúde e escola pública de qualidade, entre outros, pelo combate à corrupção e aos abusos dos gestores públicos... Pela verdade e integridade na política! Por uma política de missão de serviço público!
JOÃO


Mariana Aiveca, Bloco de Esquerda de Setúbal
A nossa meta será elegermos o 3º deputado

. Governo é culpado das eleições antecipadas

. Prioridade do Distrito é o problema do emprego

“O Bloco de Esquerda não tem nenhuma razão para não ter confiança nestas próximas eleições. Em 2009 ficámos muito próximos de eleger o 3º deputado.
Eu creio, que, neste momento, a nossa meta será elegermos o 3º deputado, que é o António Chora.” – sublinhou Mariana Aiveca, deputada do Bloco de Esquerda e cabeça de lista pelo Círculo Eleitoral de Setúbal nas próximas eleições legislativas.

Num almoço no Restaurante Emporio do Paladar, conversámos com Mariana Aiveca, cabeça de Lista do Bloco de Esquerda, nas próximas eleições legislativas, procurámos conhecer a mulher, a sua leitura da vida politica actual, e, as metas que coloca nas próximas eleições.

Do Alentejo para a região do Barreiro

Mariana Aiveca, é natural de Penedo Gordo, concelho de Beja, onde nasceu em 1954. Neta de trabalhadores rurais, filha de Operários.
A falta de trabalho no Alentejo, levou seus pais na procura de melhores condições de vida, partindo do Alentejo para a região do Barreiro.
Em 1957, veio viver para a Baixa da Banheira, ano em que seu pai ingressou na CUF.
Frequentou o Ensino Primário em Alhos Vedros, concluindo o Ensino Secundário na Escola Alfredo da Silva, no Barreiro.

Nós éramos estudantes filhos de Operários

Mariana Aiveca, recorda que viveu em Alhos Vedros – no Bairro Brejos Faria - até aos 21 anos, sublinhando – “muito do que eu sou hoje, desde muito cedo, devo-o às lutas que nesta zona se travaram, assisti às suas lutas para terem direito a uma habitação legal”.
Sublinha que, na Escola Alfredo da Silva, viveu com intensidade as muitas lutas dos operários da CUF.
“Nós éramos estudantes filhos de Operários” – refere.

As lutas contra a Guerra Colonial

Por outro lado, salienta que, desde muito cedo, esteve presente em lutas concretas, nomeadamente, as lutas contra a Guerra Colonial.
“Eu via os meus amigos, os meus familiares e todos os rapazes, sentirem sobre a sua cabeça essa espada, desejando quase não fazer anos, porque sabiam que o destino era irem para a Guerra Colonial” – sublinha.
Mariana Aieveca recorda as lutas que se travavam na clandestinidade e as acções que eram dinamizadas em muitas colectividades.

Uma terra fustigada por prisões

“Ouvi Zeca Afonso, pela primeira vez, na Academia. O próprio Padre de Alhos Vedros – o Padre Carlos - na época, tinha um trabalho com a juventude. Quando o Padre Carlos chegou eu, que andava na 4ª Classe, baptizei-me, por minha auto-opção”- recorda.
Acrescenta – “hoje não sou Católica, nem crente, completamente descrente”.
Mariana Aiveca fala da sua juventude, sente-se, com emoção, recorda que Alhos Vedros, era uma terra – “fustigada com prisões, ali eram feitas muitas intervenções da PIDE”.

As minhas referências foram sempre para linhas de pensamento

Recorda Leonel Coelho, uma figura de referência da Academia de Alhos Vedros – “eu nunca tive muitas referências pessoais, porque as minhas referências foram sempre para linhas de pensamento. As pessoas eram importantes, porque eram companheiros, mas nunca me prendi a figuras míticas. Prendia-me mais a cantores, às mensagens de cantores, Zeca Afonso, Fanhais, Adriano, José Mário Branco”.
Refere que despertou para a vida política por volta dos seus 14 anos, na Escola Alfredo da Silva.
“Foi numa acção de grande contestação à Guerra Colonial. Comecei a ler e a interrogar-me porquê portugueses tinham que ir oprimir os povos de um território que não era português. Essa foi a questão que me fez despertar.” – recorda.

Queimar documentos da resistência

E, perguntámos: Onde estava no 25 de Abril?
“Eu, no 25 de Abril estava a trabalhar. Foi um dia fantástico. Saí de casa sem saber a natureza do golpe. Fui para Setúbal, onde trabalhava na Segurança Social.
Foi um dia com um inicio dramático, porque, não sabendo a natureza do golpe, ás 8 horas da manhã, estava numa Secção da Segurança Social a queimar papeis clandestinos que tinha na minha secretária. Depois, deu-me uma grande fúria, quando senti que tinha queimado documentos da história da resistência” – refere.

Actividade ligada ao Movimento Sindical

Na altura, em 25 de Abril, a sua actividade política era num grupo Marxista-Leninista – ORPC-ML.
Mariana Aiveca integrou o núcleo fundador da UDP – União Democrática Popular, no ano de 1974. Também integrou o PCP ( R) – Partido Comunista Português ( Reconstruído).
“Neste período fiz parte da primeira Comissão Instaladora da Comissão de Trabalhadores da Caixa de Previdência, nos dias logo a seguir ao 25 de Abril. Os primeiros dias após o 25 de Abril foram muito alucinantes” – recorda.
Refere que integrou o 1º Comité de Luta de Setúbal, da Comissão de Moradores das Amoreiras, em Setúbal – “foram momentos vividos com muita força na cidade de Setúbal, onde me liguei de alma e coração”.
Manteve uma actividade ligada durante anos ao Movimento Sindical participando no Sindicato da Função Pública e integrou o Conselho Nacional da CGTP/IN, órgão que ainda integra.

Cabeça de Lista no Distrito de Setúbal

No seu percurso político Mariana Aiveca integra, também, a primeira Comissão criada para fundação do Bloco de Esquerda.
No ano 2005 foi eleita deputada pelo Bloco de Esquerda, no Círculo Eleitoral de Setúbal, ocupando o 2º lugar na lista que era liderada por Fernando Rosas.
Fernando Rosas que optou por se dedicar à vida académica, abandonou o Parlamento «reservando», agora, a liderança da lista do Bloco de Esquerda, nas próximas eleições legislativas a Mariana Aiveca.
“É uma grande responsabilidade ser cabeça de lista no Distrito de Setúbal, que, sinto como mais uma tarefa, a qual, acho, tenho condições para cumprir” – refere a candidata do Bloco de Esquerda.

Governo é culpado das eleições antecipadas

“O culpado de haver eleições antecipadas é o Governo que traçou o seu próprio caminho.
Era absolutamente insustentável manter-se este Governo em funções, dizendo uma coisa e fazendo outra, mas, fundamentalmente fazendo politicas e governando de acordo com o PSD. Foi um Governo que aplicou três PEC’s, um Orçamento de Estado repressivo, sempre com a conivência e a cobertura completa do PSD.
Portanto, era impossível que outro PEC viesse, mantendo o Governo sempre a mesma linha de atacar as pessoas mais frágeis. Não tomando medidas fundamentais para que não entrássemos nesta crise” – sublinhou Mariana Aiveca.

FMI não era inevitável

Comentando a vinda do FMI, referiu que “o FMI não era inevitável. Era possível ter evitado este caminho”.
A deputada considera que “temos que discutir a divida pública”, que, disse - “não é só pública” - pois, temos que saber quanto é, de quem é – “é essencial a clarificação da divida”.
Por essa razão, refere, o Bloco de Esquerda exige que seja feita uma auditoria à divida.
“Temos que ter uma politica nova de tributação” – defendeu, como medida essencial.

Prioridade do Distrito é o problema do emprego

No Distrito de Setúbal considera que a primeira prioridade a resolver – “é o problema do emprego”.
“Este Distrito tem sido sempre fustigado com o desemprego” – refere, sublinhando que somos um distrito com uma população “muito qualificada, quer academicamente, quer profissionalmente”.

Um tempo em que as dificuldades são muitas

“Nós vivemos um tempo em que as dificuldades são muitas. As pessoas estão concentradas numa situação que dá origem que exista um certo medo.
Porque, aquilo que têm vindo a apresentar é que: ou é o FMI, ou o caos; cortam os apoios sociais; aumentam impostos; cortes salariais; fazer despedimentos; alterar as leis do trabalho. Tem apresentado tudo isto como uma inevitabilidade, portanto, é natural, que os eleitores estejam perfeitamente amedrontados.
É preciso descomprimir essa situação, dizendo com muita clareza que nada disto era inevitável” – refere a cabeça de lista do BE, no Distrito de Setúbal

Elegermos o 3º deputado o António Chora

“O Bloco de Esquerda não tem nenhuma razão para não ter confiança nestas próximas eleições.
Em 2009 ficámos muito próximos de eleger o 3º deputado.
Eu creio, que, neste momento, a nossa meta será elegermos o 3º deputado, que é o António Chora.
Tenho a maior confiança. Neste distrito com tantas tradições de lutas, com certeza que as pessoas saberão fazer a diferença, e ver quem são aqueles que têm politicas que nos levam à recessão e à bancarrota, e, quem são aqueles que têm alternativas para um Distrito melhor e um Governo de Esquerda”.

S.P.

Publico.pt | Conta Por Pagar Deixa Tribunal Uma Semana Sem Telefones

Comentários sobre esta matéria... para quê?!
Para leres a notícia, clica na hiperligação que te deixo.
Estamos na falência completa!
Ainda querem votar nos partidos que nos colocaram nesta situação?!
Que tal darmos o nosso voto à esquerda do PS?!!!
Vamos todos às urnas!
JOÃO

~~~~oo0oo~~~~

Conta por pagar deixa tribunal uma semana sem telefones

sexta-feira, 29 de abril de 2011

VÍRUS: A Revista Que Só Se Apanha Na Net | #12 - ABRIL/MAIO 2011

Para leres o número 12 da VÍRUS, clica AQUI:


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Casamento de William e Kate | Vídeo

Felizmente somos uma República! O povo é quem mais ordena!
Não leio revistas cor-de-rosa... Nunca vi um casamento real! Tenho mais do que fazer. Mas hoje até estive com a Televisão ligada e a ouvir um pouco... Como se fosse uma rádio. Mas enervaram-me certos comentários de "revista cor-de-rosa" da parte da Filipa Garnel! A Judite de Sousa, o Júlio Magalhães e o Manuel Luís Goucha estiveram muito bem e bastante profissionais. Muito embora eu não estivesse a olhar sempre para a televisão e nunca ter acompanhado este tipo de eventos, admito que a TVI  ofereceu um produto com nível que, embora não me interesse, interessa a muitos, por todo o mundo. E olhei apenas quando filmavam o acompanhamento dos carros por Londres, e a saída dos noivos na carruagem, pois foi uma forma de matar saudades de Londres que eu tanto amo e que é a cidade natal do meu filho. Ele nasceu em Westminster, um dos meus locais favoritos.
Mas hoje não quero mais ouvir nos nomes de William e de Kate Middleton. Parece que o mundo não tem mais notícias...
Mas eu adorei foi a cerimónia no interior da Abadia de Westminster. Deixo em Vídeo!
JOÃO
Casamento de William e Kate

De: | Criado: 16 de Abr de 2011

Miguel Portas | Resgate: Ideias peregrinas | PSD Não Acerta Uma!

 Uma vez mais fica esta excelente entrevista que Miguel Portas deu hoje ao programa “Conselho Superior" da Antena 1, em que o Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu, faz o seu comentário semanal sobre a actualidade política, desta feita sobre o resgate a Portugal, país que está em período de extrema carência, com um governo demissionário e com um PSD a parecer em bicos dos pés perante a "troika", com comportamentos estranhos em que não "acerta uma", numa ansiedade incompreensível... Com ameaças ao Governo de negociar directamente com a "troika" e o economista Eduardo Catroga a não parar de enviar cartas e cartas ao Ministro da Presidência...
 
Aconselho, vivamente, esta "lição" de Miguel Portas que, uma vez mais, tem, como sempre, uma brilhante intervenção.

JOÃO
Miguel Portas no programa "Conselho Superior"
Antena 1 - 2011/04/29
Resgate: Ideias peregrinas

De: | Criado: 29 de Abr de 2011

A história dos senhores que vão aceitar um diktat para aplicar um “catálogo de malfeitorias” Versão para impressão
Produzido por The Week, 30/04/2011 
 
Miguel Portas afirmou sexta-feira que “o resgate que aí vem tem efectivamente uma condição política: é que só haverá dinheiro se os principais partidos, PS e PSD, se comprometerem com o programa de austeridade que vai ser imposto de Bruxelas e formarem um governo de bloco central para serem os administradores locais de um programa definido noutro país”. De facto, acrescentou, não há uma negociação, “o que existe é um ultimato, um diktat”.
Na sua intervenção semanal no programa Conselho Superior da Antena UM, o eurodeputado da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleito pelo Bloco de Esquerda explicou que o que está a acontecer em Portugal é que a troika constituída pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI “tem uma espada em cima do país, que é o prazo até 16 de Maio para ser tomada uma decisão”. Acrescentou que “o que aqueles homens de óculos escuros e pastas negras vêm cá fazer é recolher informações para depois apresentarem o seu catálogo de malfeitorias”.
Esse “catálogo” terá que ser aceite aplicado pelos partidos responsáveis pela política económica e pela situação que se vive, pelo que, disse Miguel Portas, “se tivermos um povo decente – e eu creio que temos – dirá em 5 de Junho a estes senhores o que pensa de tal imposição”.
Por isso, sublinhou Miguel Portas, o programa eleitoral do PS “é a fingir”, porque “o verdadeiro programa segue dentro de momentos num cinema perto de si”. As contas do défice orçamental também não bateram certo com as do governo – 9,1 por cento em vez de 6,8 por cento – porque começaram a chegar as facturas do BPN, do BPP e também das parcerias público-privadas, nomeadamente as SCUTS”.
“A obsessão pelo controlo do défice que tem caracterizado toda a economia portuguesa na última década”, rematou o eurodeputado, “não pôs apenas o país em recessão; essa obsessão fez disparar a dívida”. 


Se Não Aconteceu... Podia Ter Acontecido | Na Edição de 29 de Abril de 2011 | «Sócrates Vai Reciclar a Campanha de Futre e Ter "Soluções à Socrates"» | Algumas Frases Desta Edição

Se Não Aconteceu...
Podia Ter Acontecido!


Na Edição de 29 de Abril de 2011
 

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Algumas Frases desta Edição de 29 de Abril
  • ‘Arreliadora deficiência técnica’ de Lello é a tecla enter
  • Dicas do IP se for ao casamento real : Quando a Rainha chegar faça uma vénia, não fale do Benfica à mesa, não arrote e evite coçar os tomates
  • Russos acham que mulheres não devem ser enviadas a Marte mas apenas a Vénus, pois as mulheres são de Vénus e os homens são de Marte
  • Défice das contas públicas ainda pode chegar aos 12 por cento se os senhores do FMI levantarem o tapete do Ministério das Finanças
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Mais uma "fabulástica" primeira página de "O Inimigo Público" com o seu humor arrasadora e inflamadamente corrosivo.
A mensagem contida na imagem é uma caricatura muito bem conseguida!
Sensacional esta capa! Pena que não tenham colocado um TGV amarelito, para “fazer pandan” com os Porches amarelos que vão ser distribuídos e vão andar por aí…
Ficam, também, umas frases desta edição de "O Inimigo Público".
JOÃO

Um Texto Sobre o Mundo

Esta é digna de se ler...


O Mundo
 
Hernán Casciari

Li uma vez que a Argentina não é nem melhor, nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'. Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7.

No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.

A Argentina nasceu em 1816, assim sendo, já tem 190 anos. Se dividimos estes anos por 14, a Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne.

Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul é formada por quatro adolescentes que têm um conjunto de rock. Ensaiam numa garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco.

A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil.

O México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso, ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca, e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes.

No outro extremo, está a China milenária. Se dividirmos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - dinheiro para comprar uma dentadura postiça. A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo de Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana.

Depois, estão os países que são maiores de idade e saem com o BMW do pai. Por exemplo, Austrália e Canadá. Típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, tiveram uma educação restrita e antiquada e agora se fingem de loucos.

A Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul.
O Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento pode adoptar o bébé da Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão de moda.

A França é uma separada de 36 anos, mais prostituta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mónaco, que vai acabar virando gay ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, um caminhoneiro rico que está casado com a Áustria, que sabe que é chifruda, mas que não se importa.

A Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gémeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber mais de homens. A Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (a Bélgica também fantasia de vez em quando que sabe preparar esparguete).

A Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente a França se iguale a ela, mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). É muito tetuda e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa enganar pela Inglaterra e depois a denuncia. A Espanha tem filhos por todas as partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles, mas a perturbam quando têm fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam sua geladeira.

Outro que tem filhos espalhados no mundo é a Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois, aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral, as ilhas vivem com a mãe, mas a Inglaterra as alimenta.

A Escócia e a Irlanda, os irmãos da Inglaterra que moram no andar de cima, passam a vida inteira bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família.

A Suécia e a Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão bem de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Transam e trabalham, pois são formadas em alguma coisa. Às vezes, fazem trio com a Holanda (quando necessitam maconha, haxixe e heroína); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com a Coreia.

A Coreia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizóide. São gémeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardadinho de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.

Irão e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negócio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim até que, um dia, a Rússia se juntou (sem casar) com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrénicos.

Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo descobriram que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. É um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna... e até gente! Eu fico com medo quando aparecem países de pouca idade, assim de repente. Que saibamos deles por ter ouvido falar e ainda temos que fingir que sabíamos, para não passarmos por ignorantes.

Mas aí, eu pergunto: por que continuam nascendo países, se os que já existem ainda não funcionam?

E Portugal?
Por esta ordem de ideias Portugal será um kota de 62 anos, que não quer saber dos filhos que fora de horas teve em África duma mãe trintona (todos agora com por volta dos dois anos e meio) enquanto se perde de amores pela enteada katorzinha que do outro lado do Atlântico se insinua emergente e tesuda ao som do Samba. Proxeneta por tradição, sendo o mais velho na Europa acha que os outros têm obrigação de o sustentarem, e para tal usa de todos os estratagemas e de chantagem emocional: quando necessário até canta o Fado.
Fabulosa localização com... "aquela janela virada para o mar"! Já para não falar das vinhas ancestrais que lhe crescem nas traseiras do quintal, do azeite das oliveiras que bordejam a propriedade, do peixinho fresco que só falta conhecer o caminho para o assador para ser perfeito!
Ah! À sua custa vivem duas belas filhas solteironas já quarentonas: uma toda virada para a ecologia, com uns olhos azuis lindos como lagoas; e a outra, muito rebelde, a ameaçar casar sempre que a mesada tarda. Ambas com um temperamento assaz vulcânico, prometem ainda dar que falar: a primeira tem sempre a cama feita para um jovem ricaço que a visita amiude de avião; e a segunda, de tão bela, dá-se ao luxo de nem se depilar da sua floresta laurissilva, recentemente eleita para Património Mundial da Humanidade.

NOTA SOBRE O AUTOR:


Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires), a 16 de Março de 1971.
Escritor e jornalista Argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na Internet, onde tem trabalhado na união entre literatura e blog, destacado na blognovela. Sua obra mais conhecida na rede, 'Weblog de una mujer gorda', foi editada em papel, com o título: 'Más respeto, que soy tu madre'.
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Margarida Antunes

Artigo: «“Querem Juntar no Mesmo Governo Todos os Que Provocaram a Crise”, Diz Louçã» | ESQUERDA.NET

Francisco Louçã, o coordenador do Bloco de Esquerda, ontem, aquando da apresentação da lista do partido pelo círculo eleitoral do distrito do Porto, comentou que as legislativas se vão transformar num truque, “juntando no mesmo governo todos os que provocaram a crise”…
E Francisco Louçã tem toda a razão!
Vamos votar nos partidos que não provocaram a crise?
Nós podemos fazer a diferença!
JOÃO

“Querem juntar no mesmo governo todos os que provocaram a crise”, diz Louçã

Coordenador do Bloco sublinha que “se nestas eleições se vai discutir a dívida, a resposta séria, profunda e rigorosa só pode ser que paga a dívida quem a fez”, defendendo a auditoria, e recordando os “fracassos gigantescos” do FMI na Irlanda e na Grécia.

Artigo | 28 Abril, 2011 - 00:25

O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, denunciou esta quarta-feira, no Porto, durante a apresentação da lista do partido pelo círculo eleitoral do distrito, que as legislativas se vão transformar num truque, “juntando no mesmo governo todos os que provocaram a crise” – referindo-se ao PS, ao PSD e ao CDS.
Para o dirigente do Bloco, esta intenção de juntar no governo “o verdadeiro arco da irresponsabilidade”, ficou muito clara na entrevista de José Sócrates à TVI na terça-feira.

“É como abrir um ovo da Páscoa e descobrir a prenda que lá está dentro. E a prenda é o PSD”, sublinhou. “Percebemos bem que a eleição se vai transformar num truque: votar em José Sócrates é votar em Passos Coelho e votar em Passos Coelho é votar em José Sócrates, para que uns e outros vão governando perante esta chantagem imensa do interesse económico, do poder financeiro, desta utilização da economia e do país todo para ir pagando uma dívida que não tem”, denunciou o dirigente bloquista, para quem “se nestas eleições se vai discutir a dívida, a resposta séria, profunda e rigorosa só pode ser que paga as dívidas quem fez as dívidas”. Justifica-se assim a exigência de “uma auditoria da dívida” e “o conhecimento exacto do que é a dívida pública e a dívida privada”.
Fracassos gigantescos do FMI na Irlanda e na Grécia

Francisco Louçã recordou que o FMI chega a Portugal “depois de fracassos gigantescos” na Irlanda e na Grécia. “Há mais desemprego: fracasso; há juros mais altos: fracasso; há mais precariedade: fracasso; há mais desprezo pelas pessoas: fracasso; há menos serviços de saúde: fracasso. Fracassos monumentais”, apontou, destacando que a chantagem feita a Portugal é que este é o único caminho, não pode ser outro.

“À chantagem dizemos simplesmente: não desistimos”, afirmou o coordenador do Bloco.
Os bloquistas vão apresentar ao país “uma alternativa sustentada em propostas concretas, de mobilização orçamentada, de ideias que possam trazer força e que possam basear-se nas experiências, na confiança que o movimento social, que a opinião pública, que a esquerda de valores pode trazer à sociedade”.
O cabeça de lista do partido pelo Porto será o mesmo das legislativas de 2009, João Semedo, seguindo-se os também deputados Catarina Martins e José Soeiro.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

ESQUERDA.NET | "Programa Eleitoral do PS Tem a Perna Muito Curta" | Vídeo

"Programa eleitoral do PS tem a perna muito curta", disse o deputado do Bloco de Esquerda, Jorge Costa, quando comentou o programa eleitoral do Partido Socialista.
Esta reacção de Jorge Costa é de ouvir! Ele tem toda a razão!
Mas cuidado: nem PS nem PSD!
JOÃO


De: | Criado: 28 de Abr de 2011
O deputado do Bloco de Esquerda Jorge Costa, reagiu à apresentação do programa eleitoral do Partido Socialista para as legislativas de 5 Junho.

Daniel Oliveira: Antes Pelo Contrário | «A Crise e o Dominó Europeu»

Na rubrica de Daniel Oliveira, "Antes pelo Contrário", do Expresso, o artigo de hoje está bem explícita a situação angustiante em que Portugal vive e na falta de soluções para esta nossa união europeia que tanto prometia e nada se tem cumprido. Falta de liderança política capaz... Demasiado envolvimento com os mercados...
Como vamos sair desta crise?!...
JOÃO

Daniel Oliveira: Antes pelo contrário




Daniel Oliveira (www.expresso.pt)
8:00 Terça feira, 28 de Abril de 2011

Enquanto o debate político português continua centrado no seu próprio autismo - dedicado à autoflagelação e ignorando a crise europeia -, estão a acontecer coisas interessantes. Duas, por agora: a lenta agonia espanhola e a ameaça de reestruturação da dívida grega. Basta que a última aconteça para a queda de Espanha ser uma questão de dias. E depois dela, o contágio a Itália e à Bélgica.

Este efeito dominó acabará por criar uma situação financeira, mas também política, absolutamente nova. Com a queda de dois grandes a Europa será mesmo obrigada a reagir. O egoísmo alemão terá de fazer uma escolha: ou muda de rumo ou prepara a morte do euro e da União Europeia. E a segunda escolha terá um preço de tal forma arrasador para os alemães - sempre foram os que mais ganharam com a moeda única - que nem é sequer uma alternativa para quem não queira ficar na história como o chanceler que matou a economia alemã.

Se este cenário se confirmar - e cada vez mais sinais apontam para aí -, os seus efeitos dependerão da rapidez de uma reação europeia. Se for, como tem sido, a passo de caracol, estamos todos tramados. O barco vai ao fundo e ninguém se salva. Se for, por pressão dos gigantes em queda, rápida, talvez haja futuro para a Europa. E talvez haja futuro para Portugal.

Triste situação é esta, em que a nossa sobrevivência depende da desgraça alheia. Triste Europa é esta, que só acordará no dia do Apocalipse. Tristes líderes políticos são estes, tão dependentes dos poderes financeiros que só pensarão no futuro quando a tragédia lhes bater à porta.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

António Arnaut: Utentes Têm de Estar "Vigilantes" às "Ciladas" Que Podem Ameaçar o Serviço Nacional de Saúde | Esquerda.Net

António Arnault, o "pai" do Serviço Nacional de Saúde, teme pelo que estão a fazer à sua "criação" e o que farão ainda...
Também eu! E todos nós temos que não votar na direita se não queremos que o SNS fique completamente desmantelado. É uma das grandes conquistas do 25 de Abril. Não podemos deixar que nos roubem, também isso!
Temos, mesmo, que ficar atentos e exigentes...
JOÃO

António Arnaut: Utentes têm de estar "vigilantes" às "ciladas" que podem ameaçar SNS

Os utentes da saúde em Portugal têm de estar vigilantes para as "ciladas" que a crise pode provocar ao Serviço Nacional de Saúde, que deve ser "intocável" quanto aos cortes impostos pela ajuda externa, defendeu o seu fundador, António Arnaut.
Os responsáveis pela ajuda externa "não podem impor condições que nos levem a nossa dignidade e soberania", defendeu Arnaut, argumentando que o Estado português deve proteger os sectores a serem cortados.
 
Em declarações à Lusa a propósito do Dia Nacional do Utente de Saúde, que se assinala terça-feira, Arntónio Arnaut afirmou esperar que "haja o bom senso de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ficar intocável nas medidas que vão ser tomadas".
 
Os responsáveis pela ajuda externa "não podem impor condições que nos levem a nossa dignidade e soberania", defendeu, argumentando que o Estado português deve proteger os sectores a serem cortados.
 
"Há muito por onde cortar", alertou, exemplificando com "as despesas desnecessárias, as mordomias dadas aos gestores públicos, os salários e reformas indecorosas", mesmo dentro do próprio SNS, sem que seja posta em causa a sua qualidade.
 
António Arnaut, arquitecto da lei do SNS e fundador do Partido Socialista, afirmou que "os cidadãos portugueses, como potenciais utentes, devem exigir que o SNS seja "objecto de uma gestão rigorosa, de garantias de melhor qualidade e acesso mais rápido".
 
Os utentes do SNS beneficiam de "uma das grandes conquistas do 25 de Abril, que tem contribuído de forma notável para a justiça e coesão social" e cabe-lhes não só o direito a usufruir de uma saúde universal e tendencialmente gratuita como o dever de a defender. Da intervenção em partidos políticos às associações de utentes, a luta por serviços públicos melhores é "um dever de cidadania", salientou.
 
“O sector da saúde é apetecível para os privados”
 
O sector da saúde é apetecível para os privados e "tem que haver alguma intervenção do Estado no sentido de moralizar o sector privado, porque não pode ser parasitário do sector público", advogou.
 
"O sector privado tem aproveitado todas as dificuldades do SNS, umas naturais outras artificias, algumas até ciladas que prega ao Serviço Nacional de Saúde, como as parcerias público-privadas, que são tentativas de privatização parcial e a empresarialização", indicou António Arnaut.
 
Perigoso é também quando os partidos defendem eles próprios "alterações da lei e da própria Constituição" que visam mudar a natureza da saúde pública, frisou, referindo-se à proposta de alteração constitucional do PSD.
 
Tornar o acesso aos cuidados de saúde "não tendencialmente gratuito mas pago em conformidade com a situação económica dos utentes" é uma solução "injusta e perigosa", afirmou António Arnaut.
 
O histórico socialista referiu que os que ganham mais já pagaram os seus impostos e não podem pagar duas vezes, assinalando também que ricos e pobres não podem ser distinguidos nos cuidados de saúde que recebem, o que seria "humilhante". Com o fim de um Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito, a classe média seria levada a fazer seguros de saúde para se precaver da doença e iria recorrer aos privados, deixando o SNS como um sistema de cuidados "residual para os pobres".
 
"Imagine-se o que seria o nosso país, com as dificuldades que temos e com dois milhões de pobres, sem ter um Serviço Nacional de Saúde como o nosso", salientou.
 
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