Eu desejo que esta manifestação aconteça, seja bem participada e decorra de forma ordeira, sem agressões e sem prisões, e também espero que a manifestação abra as portas à liberdade de expressão.
Urge que isso aconteça em Angola!Direitos Humanos para Angola, já!
JOÃO
Manifestação pela liberdade de expressão em Angola
Um grupo de jovens deu a cara pela manifestação, convocada para este sábado às 13h em Luanda. Desta vez foi autorizada pelo governo provincial e conta com o apoio do antigo primeiro-ministro angolano Marcolino Moco e do escritor José Eduardo Agualusa. Este sábado está convocada para a Praça da Independência em Luanda, a partir das 13h, uma manifestação pacífica pela liberdade de expressão em Angola. Recorde-se que uma outra tentativa de manifestação contra o regime, sob o lema “Angola diz basta a 32 anos de tirania e má governação”, no dia 7 de Março, foi abortada pelas forças de segurança que prenderam 17 pessoas, incluindo quatro repórteres.
Ao contrário do 7 de Março, desta vez o protesto tem organizadores conhecidos que pediram autorização para realizar a manifestação ao Governo Provincial de Luanda.
Um dos responsáveis, Carbono Casimiro, disse à agência Ecclesia: “Tentamos sair a 7 de Março, mas fomos detidos injustamente, sem explicação nenhuma, sem o mínimo de justificação. Acredito que é por tentarmos nos expressar publicamente. Tão-somente por isso. Então isso gerou o motivo principal desta segunda tentativa de manifestação à liberdade de expressão”, acrescentou.
Massion Chitombe, outro jovem que convoca a manifestação, esclareceu que durante o protesto serão feitas alusões à situação política e social do país: “Não vejam a nossa posição como um acto de tentar desestabilizar o país. Não é o que nós queremos. Simplesmente vamos para lá pacificamente e vamos pedir que os órgãos de segurança estejam lá para evitar que haja actos de vandalismo”, reforçou.
No largo ou no “quintal”
De acordo como relato do Clube-K, na terça-feira o governador provincial pediu uma reunião com os organizadores, que não se chegou a realizar porque as autoridades vetaram a entrada de alguns dos elementos do grupo, contrariando a posição dos jovens, que entenderam que a reunião deveria ser na presença de todos os subscritores.
Informalmente, porém, os jovens falaram com um alto funcionário do governo provincial, Carlos Alberto Cavukila, que disse aos organizadores que o governo autoriza a manifestação, com a condição de que ela se realize no “parque” da Independência e não no largo, conforme fora pedido. O parque da independência é uma área de diversão fechada, a poucos metros do “largo Primeiro de Maio”, usada pelos músicos para apresentação de obras discográficas.
Os manifestantes recusam a condição do governo provincial de Luanda, sob alegação de que não podem se manifestar num “espaço fechado” ou seja, “num quintal”.
Apoios
Para o escritor angolano José Eduardo Agualusa, a manifestação de sábado em Luanda “é o princípio de alguma coisa: “O que me parece é que isto é o princípio de alguma coisa. A partir daqui, isto nota-se muito na Internet, no 'Facebook' também, há uma movimentação como nunca houve e as pessoas estão a dialogar, que era uma coisa que fazia muita falta em Angola”, disse à Lusa.
Por seu lado, o antigo primeiro-ministro angolano Marcolino Moco disse também à Lusa esperar que a manifestação abra as portas à liberdade de expressão: "desejo que a partir daí as autoridades tenham uma nova atitude perante o direito à comunicação, perante a liberdade da imprensa e a partir daí revejam outras atitudes incorrectas". O também ex-secretário-geral do MPLA classificou como "vergonhosa" a situação que se vive na imprensa estatal, que disse caracterizar-se por "bajulação ao poder" e que faz recordar o que se passava no período colonial.
Para o "rapper" angolano Mona Dya Kidi, um dos organizadores da manifestação, "(Angola) é uma democracia exercida com medo. A prova disso é que só tivemos 17 pessoas no dia 7. Num país democrático, que tem milhões de problemas, aparecerem 17 pessoas é óbvio que alguma coisa não está bem", disse.
"Ou todo o mundo está bem, economicamente, socialmente, ou há outra coisa por detrás. Então a democracia é exercida com medo. Um ou outro mostra a cara e que depois acaba por ser censurado, tal como nós fomos, detidos por exercer o direito à democracia", acrescenta. Mona Dya Kidi diz que desta vez a manifestação deverá correr melhor.
Mais informações sobre a manifestação aqui.
Ao contrário do 7 de Março, desta vez o protesto tem organizadores conhecidos que pediram autorização para realizar a manifestação ao Governo Provincial de Luanda.
Um dos responsáveis, Carbono Casimiro, disse à agência Ecclesia: “Tentamos sair a 7 de Março, mas fomos detidos injustamente, sem explicação nenhuma, sem o mínimo de justificação. Acredito que é por tentarmos nos expressar publicamente. Tão-somente por isso. Então isso gerou o motivo principal desta segunda tentativa de manifestação à liberdade de expressão”, acrescentou.
Massion Chitombe, outro jovem que convoca a manifestação, esclareceu que durante o protesto serão feitas alusões à situação política e social do país: “Não vejam a nossa posição como um acto de tentar desestabilizar o país. Não é o que nós queremos. Simplesmente vamos para lá pacificamente e vamos pedir que os órgãos de segurança estejam lá para evitar que haja actos de vandalismo”, reforçou.
No largo ou no “quintal”
De acordo como relato do Clube-K, na terça-feira o governador provincial pediu uma reunião com os organizadores, que não se chegou a realizar porque as autoridades vetaram a entrada de alguns dos elementos do grupo, contrariando a posição dos jovens, que entenderam que a reunião deveria ser na presença de todos os subscritores.
Informalmente, porém, os jovens falaram com um alto funcionário do governo provincial, Carlos Alberto Cavukila, que disse aos organizadores que o governo autoriza a manifestação, com a condição de que ela se realize no “parque” da Independência e não no largo, conforme fora pedido. O parque da independência é uma área de diversão fechada, a poucos metros do “largo Primeiro de Maio”, usada pelos músicos para apresentação de obras discográficas.
Os manifestantes recusam a condição do governo provincial de Luanda, sob alegação de que não podem se manifestar num “espaço fechado” ou seja, “num quintal”.
Apoios
Para o escritor angolano José Eduardo Agualusa, a manifestação de sábado em Luanda “é o princípio de alguma coisa: “O que me parece é que isto é o princípio de alguma coisa. A partir daqui, isto nota-se muito na Internet, no 'Facebook' também, há uma movimentação como nunca houve e as pessoas estão a dialogar, que era uma coisa que fazia muita falta em Angola”, disse à Lusa.
Por seu lado, o antigo primeiro-ministro angolano Marcolino Moco disse também à Lusa esperar que a manifestação abra as portas à liberdade de expressão: "desejo que a partir daí as autoridades tenham uma nova atitude perante o direito à comunicação, perante a liberdade da imprensa e a partir daí revejam outras atitudes incorrectas". O também ex-secretário-geral do MPLA classificou como "vergonhosa" a situação que se vive na imprensa estatal, que disse caracterizar-se por "bajulação ao poder" e que faz recordar o que se passava no período colonial.
Para o "rapper" angolano Mona Dya Kidi, um dos organizadores da manifestação, "(Angola) é uma democracia exercida com medo. A prova disso é que só tivemos 17 pessoas no dia 7. Num país democrático, que tem milhões de problemas, aparecerem 17 pessoas é óbvio que alguma coisa não está bem", disse.
"Ou todo o mundo está bem, economicamente, socialmente, ou há outra coisa por detrás. Então a democracia é exercida com medo. Um ou outro mostra a cara e que depois acaba por ser censurado, tal como nós fomos, detidos por exercer o direito à democracia", acrescenta. Mona Dya Kidi diz que desta vez a manifestação deverá correr melhor.
Mais informações sobre a manifestação aqui.
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