Uma vez mais uma excelente entrevista de Miguel Portas ao programa “Conselho Superior" da Antena 1, em que o Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu, faz o seu comentário semanal sobre a actualidade política, desta vez sobre a reunião entre as direcções políticas do Bloco de Esquerda e o PCP para uma possível resposta a soluções de convergências com fim sinais de saídas políticas de esquerda por parte destes partidos.
Miguel Portas comenta muito mais e coloca, ainda, esta questão: "(...) saber se este povo quer ficar a viver de joelhos, vergado (...) ou, se pelo contrário, tem a dignidade de se levantar?!..."Não percas esta entrevista!
JOÃO
Miguel Portas no programa "Conselho Superior"
Antena 1 - 2011/04/08
BE e PCP: devagar que temos pressa
“Eleições são um referendo: sim ou não a um protectorado”? |
Sexta, 08 Abril 2011 12:58 |
Miguel Portas explicou que o próximo acto eleitoral não é uma eleição geral comum, é um referendo sobre se o povo português aceita ficar vergado sobre um protectorado dirigido de Bruxelas, como pretendem o PS, o PSD, o CDS e o Presidente da República, ou se tem a dignidade de se levantar. Esta é, sublinhou o eurodeputado, “a decisão mais importante dos portugueses nos próximos 10 ou 20 anos”.
Na sua participação semanal no espaço Conselho Superior da Antena Um, Miguel Portas afirmou que o contexto das próximas eleições se alterou a partir do momento em que um governo de gestão com o Presidente da República e dois partidos da direita, PSD e CDS, tomaram a decisão de impor um PEC 5 – a realidade do “pedido de ajuda ao Fundo Europeu de Estabilização e ao FMI - e colocar o país sob um protectorado com sede em Bruxelas sem que o povo ainda nada tenha decidido.
A este quadro, o eurodeputado da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleito pelo Bloco de Esquerda acrescenta a cedência dos três partidos e do PR “aos bancos quando estes decidiram que já não dão para este campeonato em que sempre foram ajudados porque uma das razões desta crise é a transformação de dívida privada em dívida pública como é o caso do BPN, em que uma dívida privada de dois mil milhões foi parar ao défice do Orçamento de Estado”.
Ora este “roubo organizado, é disso que se trata”, ainda tem mais a participação das “agências que dão notas”. “A economia portuguesa não ficou três vezes pior nos últimos 15 dias”, sublinhou Miguel Portas. “As agências de notação é que fixam os preços dos juros em favor dos credores, ou seja, apostam na especulação”.
Foi no contexto desta “tenaz que é o PEC 5” que o eurodeputado enquadrou a reunião entre as direcções do Bloco de Esquerda e do PCP. “Há três votos para o mesmo protectorado”, os do PS, do PSD e do CDS, lembrou. E, embora achando que a este encontro se pode aplicar a máxima popular “devagar que tenho pressa”, Miguel Portas considerou-o “um sinal no sentido da mobilização do povo de esquerda para a situação que se atravessa”, um sinal susceptível de ter consequências “não apenas a nível parlamentar mas também na dinamização dos movimentos associativos, sindicais e cívicos”.
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