Uma vez mais fica esta excelente entrevista que Miguel Portas deu hoje ao programa “Conselho Superior" da Antena 1, em que o Eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu, faz o seu comentário semanal sobre a actualidade política, desta feita sobre o resgate a Portugal, país que está em período de extrema carência, com um governo demissionário e com um PSD a parecer em bicos dos pés perante a "troika", com comportamentos estranhos em que não "acerta uma", numa ansiedade incompreensível... Com ameaças ao Governo de negociar directamente com a "troika" e o economista Eduardo Catroga a não parar de enviar cartas e cartas ao Ministro da Presidência...
Aconselho, vivamente, esta "lição" de Miguel Portas que, uma vez mais, tem, como sempre, uma brilhante intervenção.
JOÃO
Miguel Portas no programa "Conselho Superior"
Antena 1 - 2011/04/29
Resgate: Ideias peregrinas
A história dos senhores que vão aceitar um diktat para aplicar um “catálogo de malfeitorias” |
Produzido por The Week, 30/04/2011 Miguel Portas afirmou sexta-feira que “o resgate que aí vem tem efectivamente uma condição política: é que só haverá dinheiro se os principais partidos, PS e PSD, se comprometerem com o programa de austeridade que vai ser imposto de Bruxelas e formarem um governo de bloco central para serem os administradores locais de um programa definido noutro país”. De facto, acrescentou, não há uma negociação, “o que existe é um ultimato, um diktat”. Na sua intervenção semanal no programa Conselho Superior da Antena UM, o eurodeputado da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleito pelo Bloco de Esquerda explicou que o que está a acontecer em Portugal é que a troika constituída pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI “tem uma espada em cima do país, que é o prazo até 16 de Maio para ser tomada uma decisão”. Acrescentou que “o que aqueles homens de óculos escuros e pastas negras vêm cá fazer é recolher informações para depois apresentarem o seu catálogo de malfeitorias”. Esse “catálogo” terá que ser aceite aplicado pelos partidos responsáveis pela política económica e pela situação que se vive, pelo que, disse Miguel Portas, “se tivermos um povo decente – e eu creio que temos – dirá em 5 de Junho a estes senhores o que pensa de tal imposição”. Por isso, sublinhou Miguel Portas, o programa eleitoral do PS “é a fingir”, porque “o verdadeiro programa segue dentro de momentos num cinema perto de si”. As contas do défice orçamental também não bateram certo com as do governo – 9,1 por cento em vez de 6,8 por cento – porque começaram a chegar as facturas do BPN, do BPP e também das parcerias público-privadas, nomeadamente as SCUTS”. “A obsessão pelo controlo do défice que tem caracterizado toda a economia portuguesa na última década”, rematou o eurodeputado, “não pôs apenas o país em recessão; essa obsessão fez disparar a dívida”. |
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