Há alguns dias não vinha aqui. Tenho andado bastante deprimida, angustiada, desiludida e, também, envergonhada… Com o país e com alguns políticos que mancharam a imagem da classe política que devia existir para servir o país e não para se servir nem para servir interesses que não sejam os de Portugal e os dos portugueses.
Não tenho aguentado os jogos de ping-pong de palavras que têm saído das bocas dos principais responsáveis da situação actual do nosso país. As vitimizações… As combinações urdidas nas costas da democracia que deve ditar, através de eleições, quem nos deverá governar, e não os governos desejados de “salvação nacional” ou de “pacto” com Presidente da República, um dos grandes responsáveis pela situação a que chegámos. A eliminação da equação para a governação dos partidos de esquerda plural e combativa, como é o caso do Bloco de Esquerda, do PCP e do PEV que, à força de uma mentira tantas vezes dita – que não eram partidos de governo -, repetida pelos partidos que se acham os “donos de Portugal”, ou dita e repetida milhares de vezes pelos media, tem-me feito duvidar da capacidade dos portugueses de não sucumbirem aos apelos, directos e indirectos, para um governo de maioria absoluta ou de governos só da esfera do PS e da direita, aqueles a quem devemos todo o mal que nos atingiu e toda a falta de futuro para os jovens e, até, os já menos jovens a quem lhes foi retirado todo o direito a sonhar e a formar família…Tenho estado mal... Revoltada!
Hoje, ouvindo as declarações políticas dos líderes parlamentares no último plenário desta curta legislatura, e ouvindo, com atenção, a fabulosa declaração do Bloco de Esquerda, carregadinha da verdade pura e dura, eu vou tentar reagir e acreditar que está na hora de o povo português fazer a sua revolta, não com armas e agressões, mas nas urnas, com a opção de votarem em massa na esquerda democrática, plural, combativa e verdadeiramente socialista, fazendo com que as pré-combinações entre a direita saiam goradas e possamos ter um governo que governe para o povo e não para os mercados…
Urge que tenhamos um governo de ESQUERDA plural!
Vou acreditar!...
JOÃO
José Manuel Pureza faz a última Declaração Política do Bloco no final da Legislatura, referindo-se à crise económica, aos PEC's e às políticas do Governo.
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