Ontem Sócrates deu uma entrevista EXTRA à RTP1. Foi entrevistado por Judite de Sousa e José Alberto Carvalho. Estou convencida que a entrevista foi feita por exigência do Primeiro-Ministro, para ver se limpava a sua imagem que está em queda por os Portugueses se terem confrontado, várias vezes já, com José Sócrates a mentir aos Portugueses e na Assembleia da República, aos deputados, o que torna as coisas muito mais graves.
O Mundo não muda em dois dias e Sócrates não tem feito senão fazer "arruaça" aos deputados que estão à esquerda do PS, ou seja, à Esquerda Democrática.O que mais me ficou da entrevista de ontem foi o facto de o Primeiro-Ministro negar que os Portugueses merecem um pedido de desculpas por ter aumentado os impostos quando, dois dias antes, afirmava que não o faria.
JOÃO
Sócrates confirma austeridade até 2013
18-Mai-2010
Em entrevista à RTP, José Sócrates disse que as medidas de austeridade manter-se-ão enquanto necessário, embora o acordo com o PSD acabe em 2011. O Bloco criticou a falta de palavras do primeiro-ministro sobre "os efeitos sociais da crise".
Sócrates repetiu que "são precisos dois para dançar o tango", referindo-se ao acordo com Passos Coelho. "A metáfora é correcta", sublinhou o primeiro-ministro, dizendo não compreender a reacção do PSD de considerar a frase "uma brincadeira de mau gosto".
"Nunca tive da parte do PSD no passado ninguém que quisesse ter o mínimo acordo com o governo", lamentou o primeiro-ministro, afirmando-se um defensor dos acordos parlamentares com outros partidos.
“Estou há cinco anos como primeiro ministro, estou preparadíssimo para enfrentar toda a contestação", referiu ainda o prmeiro-ministro acerca do protesto geral convocado pela CGTP para o próximo dia 29 de Maio em Lisboa.
Sócrates recusou-se a pedir desculpas por ter aumentado os impostos. "Não peço desculpa por cumprir o meu dever e fazer o que é imprescindível para defender o país. Teria de pedir desculpa se não tivesse a coragem de tomar as medidas necessárias", acrescentou, afirmando que os sacrifícios são distribuídas por todos de forma justa.
O primeiro-ministro justificou as medidas de aumento dos impostos e cortes nos apoios sociais pelo ataque especulativo ao euro. Em poucos dias, "o mundo mudou", disse o primeiro-ministro, lembrando que "os juros das Obrigações do Tesouro passaram de cerca de 5 por cento, e uma semana depois estava nos 7 por cento".
Em reacção a esta entrevista, o líder parlamentar do Bloco criticou "a ausência de "palavras por parte do primeiro ministro sobre "os efeitos sociais da crise". "Como se a recessão fosse uma palavra vazia de conteúdo. Não é. Recessão significa efetivamente muito desgaste para as famílias, para as pessoas e para aqueles que têm menos", acrescentou José Manuel Pureza.
"O primeiro ministro esforçou-se de maneira quase desesperada por tentar mostrar que o esforço que é exigido a todos é pago por todos igualmente. Isso não é verdade. Este esforço que está a ser pedido ao país é distribuído de maneira profundamente desigual", disse ainda o líder parlamentar bloquista.
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