domingo, 16 de maio de 2010

O meu Candidato Manuel Alegre: "Não se resolve a crise repetindo as mesmas receitas"

Eu, com os meus 62 anos, fui sempre uma "LIVRE PENSADORA"!
O Bloco de Esquerda, de que sou militante desde a sua fundação, escolheu, nos órgãos competentes, por votação da maioria, apoiar Manuel Alegre nestas Eleições Presidências.
Claro que Manuel Alegre não será a escolha de todos os Bloquistas, muito menos de todos os militantes de base.
Mas é a escolha da maioria no BE e uma escolha legítima e feita de acordo com as normas democráticas do partido. E se o partido apoia Manuel Alegre, os órgãos oficiais e representativos do BE têm que fazer campanha por Manuel Alegre. Não pode um Site ou Blog do BE defender outro candidato! Se o fizesse, não seria por livre pensamento dos gestores dos mesmos, mas por falta de respeito pelas regras democráticas.
Quem quiser votar noutro candidato, poderá votar em quem quiser. O BE não obriga ninguém a votar em Manuel Alegre.
Este Blog é livre. Não é um Blog do BE. Aqui eu serei livre de apoiar quem eu quiser e fazer campanha por quem eu quiser.
Acontece que a minha escolha pessoal vai para Manuel Alegre, não por ser o candidato apoiado pelo BE, mas por ser o meu candidato, apoiado por mim, como livre pensadora que sou e sempre fui, mesmo em ditadura, o que me obrigou a, na idade adulta, ir viver e estudar para Inglaterra onde permaneci durante 6 anos.
Manuel Alegre é o melhor candidato que a Esquerda Democrática poderá alguma vez ter!
JOÃO
Alegre: "Não se resolve a crise repetindo as mesmas receitas"
16-Mai-2010
O candidato à presidência da República acusa o Banco Central Europeu de "cumplicidade" com os especuladores e alerta para o risco dum "novo desvario financeiro" se não houver reformas.

Num artigo de opinião publicado este domingo no Diário de Notícias, Manuel Alegre diz que "durante a recente crise, a UE primou pela falta de comparência" e teve a "cumplicidade" do Banco Central Europeu, "com o financiamento dos fundos especulativos a juros baixos pelo próprio BCE, através de emissões de moeda para a banca comercial tendo como garantia as próprias dívidas dos Estados".

"Se não houver reformas, é inevitável um novo desvario financeiro e o recrudescimento do processo que provocou a crise actual. Com consequências porventura muito mais graves. E com o risco de colapso do sistema actual sem a existência de um modelo alternativo. Uma espécie de queda do Muro de Berlim ao contrário. Sem nada de um lado e do outro", afirma Alegre, após defender que "é urgente um novo paradigma e uma nova regulação financeira global que, entre outras coisas, ponha termo à desvergonha especulativa, ao poder excessivo das agências de notação de dívida e à criação de produtos tóxicos".

O candidato presidencial diz que a resposta da UE ao ataque especulativo foi "uma espécie de ultimato a vários Estados, entre eles Espanha e Portugal". Já quanto às medidas do governo e do PSD para obedecer ao plano da UE, Alegre diz que "é necessário que sejam explicadas com clareza, verdade e rigor. Sem pedidos de desculpas nem evasivas". E pede garantias de que são "transitórias e serão completadas por outras que tenham em conta a economia e abram perspectivas ao crescimento e ao emprego".

"Ninguém gosta de medidas que vão penalizar os portugueses como o imposto sobre o trabalho e sobre o consumo e a redução de algumas prestações sociais como o subsídio de desemprego. O problema está em saber se havia alternativa", prossegue o candidato antes de defender o "alargamento do diálogo" parlamentar e social e que o plano para as finanças públicas "seja acompanhado por um plano para a economia, tendo em vista o crescimento e o emprego".

"Portugal sozinho não pode mudar o mundo. Mas pode pensá-lo e pensar-se numa outra perspectiva, para que não se entre num novo ciclo de austeridade, recessão, mais austeridade, mais recessão e mais desemprego", conclui o candidato presidencial.

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