"A minha candidatura é supra-partidária, mas não é neutra"
"Não serei candidato em nome de nenhum partido. Serei candidato por Portugal " - disse Manuel Alegre, em 31 de Janeiro de 2010, quando decidiu concorrer como candidato às Eleições Presidenciais, dizendo "Estou disponível para esse combate".
"Quero ser mais do que o vosso Presidente, quero ser o vosso aliado e o vosso companheiro de viagem" e "Que cada um faça desta campanha um sinal de renovação", disse Manuel Alegre aquando da apresentação formal da sua candidatura presidencial no início de Maio, a 4-5-2010, nos Açores.
Mas estou feliz por ele ser apoiado pelo meu partido, Bloco de Esquerda, e pelo seu, Partido Socialista, ambos partidos solicialistas e democráticos.
A direita une-se sempre que tem um objectivo comum. Pois bem, eu agora peço aos de esquerda grande, da esquerda democrática, que se unam no dia das eleições, votando Manuel Alegre para Presidente de todos os Portugueses.
JOÃO
PS decide apoiar Alegre
O apoio do PS à candidatura presidencial de Manuel Alegre foi aprovada, este domingo, na reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, com 10 votos contra e uma abstenção.
Artigo | 31 Maio, 2010 - 12:05
"Que cada um faça desta campanha um sinal de renovação", disse Manuel Alegre aquando da apresentação formal da sua candidatura presidencial no início de Maio, 2010. A proposta de apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre partiu do secretário geral do PS, José Sócrates. “O PS é um partido de responsabilidade” e “não se abstém” perante as principais decisões, afirmou José Sócrates, citado por um dos presentes na reunião.
Com estas palavras, José Sócrates afastou a tese da corrente que defendia que o PS não deveria apoiar nenhum candidato nas eleições presidenciais, dando liberdade de voto aos seus militantes.
Em relação à candidatura de Manuel Alegre, Sócrates declarou que o seu partido e o candidato partilham um valor comum: "o do progressismo".
À entrada para a reunião, alguns dirigentes socialistas manifestaram posições diversas em relação a Alegre, como foi o caso do eurodeputado Capoulas Santos, que propôs liberdade de voto para os opositores à candidatura de Alegre.
O presidente da Federação Distrital do PS de Setúbal, Vítor Ramalho, por seu lado, salientou que Manuel Alegre concorreu contra o candidato dos socialistas nas últimas presidenciais, Mário Soares, e, quando interrogado sobre quem o partido devia apoiar, respondeu: "Ninguém".
Já o presidente do partido, Almeida Santos, disse, também antes da reunião, que não resta alternativa ao PS que não seja apoiar Alegre.
No plano interno, o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Francisco Assis, manifestou a sua convicção de que, após a decisão tomada pela Comissão Nacional do PS, haverá unidade dentro do seu partido “unidade” em torno da candidatura de Alegre. E deixou um aviso aos dirigentes socialistas anti-Manuel Alegre: “esta decisão [da Comissão Nacional do PS] compromete todos os militantes”.
O líder parlamentar do PS salientou ainda a ampla maioria com que o seu partido decidiu apoiar a candidatura de Manuel Alegre.
Já Mário Soares afirmou na semana passada que esperava que o PS se definisse quanto às presidenciais, embora não pense votar em Alegre. "Eu também tenho uma coisa muito importante, que é a minha consciência", disse o histórico socialista.
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