sexta-feira, 4 de junho de 2010

Conflito Israelo-Palestino | Ainda o Ataque Israelita à Frota de Ajuda Humanitária a Gaza

Hiperligações para outros "posts" meus, sobre o Ataque Israelista à Frota Humanitária:

Sobre o Ataque Pirata Israelita à Frota de Ajuda Humanitária a Gaza

BE Condena na AR o Massacre e Cerco a Gaza | Ataque Israelita à Frota de Ajuda Humanitária a Gaza

Eu li agora o excelente texto - Coração - de Carlos Alberto Correia, muito bem escrito e bastante sintético sobre o tema em título. Admiro imenso quem escreve bem e desta forma tão sucinta, dizendo tudo que tem para dizer.
Eu não tenho esses dotes. Mas não é por isso que deixo de dizer o que penso e sinto.
Ao ler o texto "Coração" -, que deixo no final - fiquei muito emocionada porque senti que, pela primeira vez, alguém pode entender o meu dilema.
Desde criança que me sinto ligada ao povo judeu, sem mesmo saber porquê.
Depois de adulta, com o conflito existente, não consigo ser completamente anti-israelista.
Sou do BE. Mas sinto que não se fez tudo ainda para se resolver o problema israelo-palestino. Não sou fã do Hamas e penso que, se não fosse o Hamas, a solução já teria chegado.
Não falo com ninguém sobre esta situação maldita, sem ficar, depois, perturbada e nervosa.
Condenei o ataque à frota de ajuda humanitária, no passado dia 31 de Maio.
Mas... Tenho sempre um mas!
Porquê?!
A resposta deve estar no texto do Carlos Alberto Correia.
JOÃO

2 – Coração

Nós, portugueses, temos um dilema muito sério. A maioria de nós terá, lá para os idos do tempo, parentes árabes e judeus. Querem apostar? Esta singularidade é perturbadora e incentiva a uma séria guerra nos genes. Por este motivo sempre estive bastante interessado na resolução do problema israelo-palestino. Não me apetece nada ter uma guerra civil no corpo. Por tal se me arrepanhou, mais uma vez, o coração ao saber da investida dos militares israelitas contra barcos civis. Há muito tempo que Israel se comporta como um marginal. O capital de simpatia que recolheu com o holocausto está esgotado e cada vez mais surge a imagem de algo que não se distingue muito bem do antigo opressor. É facto de que ainda não chegaram aos campos de extermínio em massa, mas estão a tentar. Bloqueiam, matam, usam meios brutalmente desproporcionados, não cumprem nenhumas das resoluções das Nações Unidas e parecem claramente dispostos a comprometer e alienar os seus poucos aliados. Utilizam para tal uma retórica tão falível como esta de atacar em águas internacionais navios de outros países – isto é como atacar o país a que o navio pertence – matam e gritam que foram agredidos! Começa a ser demais! Que Israel se lembre, a continuar a sua política agressiva e totalitária, que pode ganhar todas as guerras que puder e quiser mas, para desaparecer, basta-lhe perder uma. A continuar assim pode não demorar muito e lá ficará, no meu coração, o meu gene judio a baloiçar-se tristemente junto ao aurículo das lamentações.

Posted by Carlos Alberto Correia
in Blog "Sacanas e Sentimentais"
2 de Junho de 2010

Publicado in “Rostos on line” – http://rostos.pt

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