O Eurodeputado em questão é Daniel Cohn-Bendit, nascido em França em 4 de Abril de 1945, é filho de judeus alemães refugiados na França em 1933, fugidos do Nazismo. Aos 14 anos, Daniel Cohn-Bendit optou pela nacionalidade alemã porque, segundo ele, não se queria ao serviço militar francês. Daniel Cohn-Bendit é um político alemão do partido ecologista Die Grünene é, actualmente, Eurodeputado e co-presidente o grupo parlamentar Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia.
A intervenção foi feita em 27 de Maio e está legendada em português.
Tem, também, todas as falas por escrito depois do vídeo, com indicação dos minutos a que aconteceram no discurso.
Não percam! Ouçam e vejam a postura do Eurodeputado dos Verdes, Alemão.
Um espectáculo que faz com que vejamos o quanto os deputados nos são necessários e como eles nos podem representar bem.
Precisamos de bons deputados na Europa e de bons deputados em Portugal. E temos alguns bastante bons!
JOÃO
Daniel Cohn-Bendit (legendado português) sobre ajuda económica à Grécia
Tawilgz — 27 de Maio de 2010 — L'eurodéputé Daniel Cohn-Bendit s'exprime avec force sur l'aide financière à la Grèce. O eurodeputado dos Verdes Daniel Cohn-Bendit fala com inusitada força ante o Parlamento Europeu.
0:21 É claro que levamos quatro meses enrolando. É claro que estávamos errados.
0:27 É óbvio que, com tal hesitação, temos vindo a fornecer combustível para a especulação no mercado0:32 Pelo menos, os membros do Conselho responsáveis devem admiti-lo, eles devem dizer "falha nossa"
0:37 Senhora Merkel, senhor Sarkozy, seja quem for quer que o seu papel
0:43 como todos nós temos lido nos jornais, este deveria ter sido feito imediatamente
0:47 isto é, primeiro ponto.
0:49 Segundo ponto:
0:50 O que nós estamos a pedir ao governo Papandreous é algo quase impossível de cumprir
0:59 Peço ao Ecofin e os chefes de governo que pensem se eles próprios ...
1:06 ... seriam quem de fazer reformas em seus países como as que nós estamos a pedir na Grécia.
1:09 Quanto tempo seria necessário para a reforma do sistema de pensões em França?
1:12 Alemanha Quanto tempo seria necessário para resolver as suas pensões?
1:16 Vocês enlouqueceram!
1:21 E a prova é o que está a acontecer agora na Grécia.
1:24 Nós não estamos a dar a Papandreou nem a Grécia o tempo para achar uma solução consensual.
1:30 Um consenso... nós não podemos mudar... Na Grécia não há identificação entre o cidadania e o Estado
1:16 E nós estamos pedindo Papandreous mudar tudo em três meses!
1:36 Existe apenas o "cada um por si" e isso é lamentável
1:40 E a culpa é partilhada: de décadas de corrupção na classe política grega
1:48 O consenso é necessário criá-lo! Será que devemos tentar convencê-los com prática e não apenas pela legislação?
1:53 Vam ver que acontece na Espanha, quando os problemas começarem. Veram em Portugal.
1:59 Durão Barroso está bem ciente: foi assim que ele perdeu as eleições. Não, desculpe, nunca perdeu as eleições.
2:06 O que quero dizer com isto e que temos de inspirar uma atitude de responsabilidade, e não pedir o impossível
2:15 Lembro que há muito tempo alguém disse: "Eu quero meu dinheiro de volta!" (M. Thatcher)
2:20 E agora parece que a expressão é: "Eu quero ganhar dinheiro com a desgraça dos gregos"
2:27 Porque esse é o ponto! Nós pedimos emprestimos ao 1,5% ou 3%, e vamos fornecer para a Grécia ao 3, 5% ou 6%!
2:35 Estás a fazer negócio à custa dos gregos e isso é inaceitável!
2:39 Por outro lado, a Europa também pode tomar iniciativas. Guy Verhofstadt tem razão quando fala de um Fundo Monetário Europeu,..
2:47 ...um fundo de investimento e de solidariedade. Para realizar esse empréstimo europeu teriamos de alterar os Tratados.
2:53 Então, avante camaradas, avante! Este parlamento!
2:59 Está nas nossas mãos criar as iniciativas para mudar os tratados!
3:04 Se o Conselho não é quem de decidir tomar essa iniciativa, vamos fazer nós mesmos
3:10 Criemos umha iniciativa, uma iniciativa comum deste parlamento para mudar o Tratado.
3:14 Criemos um Fundo Monetário Europeu que poda frear a especulação.
3:20 Nós podemos, "Yes we can". Vamos fazê-lo!
3:24 E agora outra coisa: No acompanhamento do que está a aconter na Grécia.
3:29 Peço à Comissão que a Direcção do Trabalho seja quem leve o controle, para termos uma idéia do que está acontecendo na Grécia.
3:38 Além disso, peço ao Conselho que diga ao FMI que o Bureau Internacional do Emprego intervenha no que está acontecendo na Grécia.
3:50 Estamos a falar pessoas, de problemas de emprego, de perda de salário, não só deve decidir o mundo das finanças!
3:58 São as instituições europeias e internacionais de trabalho, quem tem de aplicar um castigo, quem deve pôr fim à loucura dos financeiros!
4:10 E, finalmente, um ponto final, há também uma outra maneira de prestar assistência ao orçamento grego:
4:20 Duma vez tomar a iniciativa, nós como União Europeia, para promover o desarmamento na região.
4:28 Isto é: Uma iniciativa política Grécia-Turquia para o desarmamentro.
4:35 A iniciativa política para as forças armadas [prussianas...gregas... turcas, desculpem] turcas ser retiradas do norte de Chipre.
4:44 Para começarem o desarmamento. Tenho que dizer: No fundo somos hipócritas!
4:49 Nos últimos meses, a França vendeu seis fragatas para Grécia por 2,5 mil milhões de euros. Helicópteros por 400 milhões.
5:00 Caças Rafale (RMCF), 100 milhões de € cada um - por desgraça os meus "espias" não me puderam assegurar se foram 10, 20 ou 30; custo total perto de 3 mil milhões
5:11 E depois a Alemanha: há poucos meses vendeu seis submarinos a Grécia e durante o próximo ano outros mil milhões.
5:18 Somos uns absolutos hipócritas! Emprestamos-lhes dinheiro para que comprem as nossas próprias armas!
5:25 Exorto a Comissão a apresentar ao Parlamento e ao Conselho cada venda de armas por parte dos países europeus para Grécia Turquia nos últimos anos.
5:36 Tenhamos a fim algo de transparência! Precisamos saber!
5:40 Se nós somos verdadeiramente responsáveis, podemos garantir que a integridade territorial da Grécia
5:49 A Grécia tem mais de 100.000 soldados, a Alemanha tem 200.000! É totalmente absurdo para um país de 11 milhões ter um exército de 100.000 soldados
6:01 Digamos isso para a Grécia, será seguramente mais eficaz do que cortar o salário de alguém que ganham menos de 1.000 €
6:09 Peço a Comissão alguma justiça!
No Facebook, a propósito de um ataque forte aos deputados portugueses e ao dinheiro que ganham, numa conversa sobre a redução das Escolas por parte do Ministério da Educação, eu respondi à pessoa em questão o que deixo aqui.
ResponderEliminarJOÃO
Filomena Rosário,
Se me permite, não são os deputados que nos levam o dinheiro. Eles prestam um serviço à população - eles representam-nos me são eleitos por nós -, e fartam-se de trabalhar, horas sem fim, dias de semana, fins-de-semana e feriados. Poucas férias tiram e pouco tempo têm para descansar. Nem doentes podem estar.
Eu sei do que falo, pois convivi muito com deputados, tanto do Bloco de esquerda como do PCP e, até, alguns de outros partidos.
Nós precisamos de ser governados. Não são os deputados que nos servem mal. Têm sido os Governos!
O que é escandaloso são os vencimentos dos gestores públicos, as suas reformas milionárias, para fazerem um trabalho que tem arruinado o país e trazido, cada vez mais, corrupção.
O país está falido. E não foram os deputados, mas sim os que nos governaram. se não estamos pior, devemos aos deputados da oposição que fiscalizam o governo. Não podemos ser contra os deputados. Mas temos que os ajudar a fiscalizar o governo e estarmos a seu lado contra estas medidas do Governo, como fechar escolas desta forma tão aleatória e autoritário, sem o mínimo de sensibilidade social.
Queriam fechar as Urgências Pediátricas durante a noite, no Barreiro/Montijo e Setúbal. Estava decidido. O pessoal revoltou-se e "lutou" com a ajuda do pessoal dos hospitais que seriam afectados. É que todas as crianças da área viriam para o HGO, Almada! Já está a rebentar pelas costuras! Era inadmissível!
O Governo recuou e conseguiram resolver o problema.
O que falta é vontade política! O que há é prepotência e decisões feitas em gabinetes. E a essas mal decididas temos que, em uníssono, dizer NÃO! BASTA!
Mas não podemos virar-nos contra aqueles que lutam por nós: e esses são os deputados que fazem um trabalho fantástico, pelo menos os do PCP e BE. Se reduzirmos o número de deputados, vamos ficar sem representação dos partidos mais pequenos e, por isso, ficaremos completamente perdidos no meio de deputados a defender políticas de direita.
Não vamos querer isso; pois não!
Pensemos, pois, em defender quem nos defende a nós!
E aqui, se eu mandasse, não fechavam nenhuma escola na Trafaria!
JOÃO