quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fim da Sessão Legislativa | Deputado e Líder da Bancada Parlamentar do BE, José Manuel Pureza: Balanço da Intervenção do Bloco de Esquerda

Pois é: chegou ao fim esta sessão legislativa. Foi um ano parlamentar muito agitado onde tudo aconteceu.
Eu vou ter saudades das sessões, dos debates quinzenais, das comissões parlamentares.
Esperemos que a nova sessão legislativa, pós férias, seja mais simpática para com os eleitores que estão em dificuldades e que os ataques ao estado social não sejam a preocupação dos deputados da direita e, muito menos, do Partido Socialista.
Os portugueses estão mal. Muito mal!
JOÃO
"Nunca pertenceremos ao arco da resignação"
No fim da sessão legislativa, José Manuel Pureza fez o balanço do "ano em que o PS escolheu aliar-se à direita em todas as medidas essenciais". Em seguida, Louçã acusou Passos Coelho de querer fazer na Saúde "o maior aumento de impostos da história".
Artigo | 22 Julho, 2010 - 01:10

No jantar do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza começou por assinalar que "a perda da maioria absoluta do PS aumentou as responsabilidades dos partidos". E lembrou as propostas concretas que o Bloco apresentou para alterar o Orçamento de Estado para 2010 e o PEC do governo. "Foi o PS que escolheu aliar-se à direita", afirmou o líder parlamentar bloquista.

Quanto à intervenção do Bloco, destacou os 19 projectos de lei e 14 projectos de resolução aprovados e as 202 iniciativas legislativas apresentadas pelo grupo parlamentar, mais do que qualquer outro partido com representação na Assembleia da República. Foram ainda apresentadas 1345 perguntas e requerimentos ao governo desde o início da sessão legislativa.

"Este grupo parlamentar desempenhou um papel essencial na formação de maiorias, como na tributação das mais-valias em bolsa, ou no fim da discriminação no casamento civil", mas também "foi firme na oposição às medidas que acrescentam crise à crise e indecência à indecência", sublinhou Pureza. Olhando já para a próxima sessão que começa em Setembro, o líder parlamentar do Bloco mencionou algumas propostas prioritárias, como a "da reforma por inteiro com 40 anos de descontos, a justiça no acesso ao Complemento Solidário para Idosos e a tributação dos bancos e das transferências de capitais de off-shores".

Em seguida interveio Francisco Louçã, com o discurso centrado na “extravagante, extemporânea e perigosa” proposta do PSD para uma revisão constitucional. Louçã diz que o efeito da proposta de Passos Coelho na Saúde “representa o maior aumento de impostos da história portuguesa, em particular sobre a classe média baixa e sobre a classe média em geral”.

“Se qualquer pessoa que tenha um ordenado superior a 500, 600 ou 700 euros - que é a média nacional - tiver que passar a pagar os custos da sua saúde, isso quer dizer que há um aumento violentíssimo dos custos da vida, que é um aumento encapotado de impostos”, acrescentou Louçã. “Na verdade, significa que Passos Coelho faz entrar pela janela a proposta de Ernâni Lopes de redução dos salários de 20 ou 30 por cento. É a isso que corresponde, no caso de doentes crónicos, pessoas com patologias graves, pessoas que têm que se submeter a uma cirurgia”, exemplificou o coordenador da Comissão Politica do Bloco de Esquerda.

“A única pessoa no PS que tem autoridade para combater o revisionismo constitucional é Manuel Alegre, porque foi o único que votou contra todas as alterações substanciais à estrutura democrática da Constituição”, assinalou Louçã, comentando ainda a classificação de "estapafúrdia" dada pelo PS à proposta de Passos Coelho. "E não terá sido 'estapafúrdia' a revisão acordada entre PS e PSD por causa da Constituição Europeia e do seu referendo, que aliás nunca chegou a existir", perguntou o dirigente bloquista.
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Para veres a fotogaleria do jantar do grupo parlamentar do Bloco, clica AQUI.
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Para veres o Vídeo com o deputado José Manuel Pureza, relacionado com este tema, clica na hiperligação:

"Com o dobro dos deputados, as nossas propostas ficaram mais incómodas para o PS

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