terça-feira, 6 de julho de 2010

Primeiras Fotografias do Telescópio Planck do Universo | Casca de Noz em Infra-vermelhos

Eu adoro todo o tipo de ARTE! Fui criada no meio das artes, por um artista plástico, pintor, que me levava a conviver com pintura, escultura, teatro, todos os tipos de boa música, fotografia, recitais de poesia, exposições... enfim, com o que de belo a vida tem.
Esta fotografia é de uma beleza rara e comovente. Aliás, tudo o que é arte e é belo é comovente!
Podia ser um belo quadro, em maiores dimensões, que eu não me cansaria de olhar para ele. Servir como inspiração para uma tapeçaria, que teria lugar garantido numa boa e conceituada galeria de arte.
Poderia, também, servir de inspiração para uma peça a três dimensões, que ficaria bem em qualquer palácio...
Mas é o nosso Universo! Depois desta imagem, acredito em tudo o que a natureza nos possa oferecer...!
JOÃO

Primeiras fotografias tiradas pelo telescópio Planck
O Universo é uma casca de noz em infra-vermelhos
05.07.2010 - 20:17 Por PÚBLICO

A fotografia é um aperitivo, o universo numa casca de noz feito da radiação electromagnética no extremo do infra-vermelho. O telescópio Planck está a trabalhar há mais de um ano, e ofereceu agora as primeiras fotografias de um céu que só ele vê.

 A primeira fotografia do Universo tirada pelo Planck (ESA)

“É uma fotografia espectacular, é um objecto de beleza”, disse à BBC News Jan Tauber, cientista do projecto Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA). O Planck foi lançado em Maio de 2009, com o objectivo de estudar os primeiros acontecimento do Universo logo a seguir ao Big Bang.

Uma das teorias mais importantes que vai testar é a teoria da inflação. Imediatamente a seguir ao Big Bang, há 13,7 mil milhões de anos, pensa-se que o Universo aumentou de uma forma exponencial – como um airbag que se liberta num carro. Este fenómeno terá durado fracções ínfimas de segundo mas se tiver acontecido deixou uma marca que reverbera no Universo.

O Planck está à procura dessa marca na Radiação Cósmica de Fundo (RCF), a primeira luz emitida pelo Universo, que por ser tão antiga e estar tão distante chega-nos em ondas menos energéticas e mais compridas, que estão muito para lá da cor vermelha.

Na fotografia não existem estrelas porque o que vemos é o pó existente no Universo que emite luz nesta região extrema do infravermelho. No meio, a faixa branca é o plano onde a Terra e o Sol estão, no contexto da Via Láctea. Por cima e por baixo desta faixa estão manchas de pó branco que alcançam milhares de anos-luz.

“O que vemos é a estrutura da nossa galáxia feita em gás e pó, que nos indica imenso sobre o que se passa na vizinhança do Sol, e diz-nos muito sobre como as galáxias se formam quando comparamos esta fotografia com outras galáxias”, observa Andrew Jaffe, outro membro da equipa e professor no Imperial College de Londres.

Para o estudo do Big Bang o que importa é o pontilhado vermelho, laranja e roxo nos pólos da fotografia, que representa a radiação RCF. Os cientistas necessitam da versão com qualidade desta fotografia, sem o ruído feito pela nossa galáxia, multiplicado por quatro. O Planck já está a tirar a segunda fotografia ao espaço, estão projectadas mais duas fotografias, com uma precisão cada vez melhor.

Para isso, os instrumentos trabalham muito perto do zero absoluto, a menos 273,05 graus celsius. O telescópio mantém-se a mais de um milhão de quilómetros de distância da Terra, e opera na região ensombrada pela Terra.

Espera-se que os primeiros resultados científicos cheguem no final de 2012. Até lá, o mundo pode ir saboreando o primeiro olhar completo do telescópio. “Esta fotografia é apenas um vislumbre do que o Planck conseguirá ver”, antecipa Jan Tauber.

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