Enquanto os direitos humanos não estiverem assegurados em todo o Mundo, eu defenderei todos os "Dias Internacionais disto e daquilo...", como o Dia Internacional da Mulher, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, etc..
Eu não poderei ser completamente feliz enquanto neste Mundo existirem este tipo de atropelos à dignidade humana e se praticarem estas barbáries.
Nunca verei o Mundo eticamente formatado e organizado com civismo e com dignidade humana. Mas enquanto eu cá estiver, tenho que condenar veementemente este tipo de actos que não deixam de ser um sintoma da falta da evolução da cultura e da educação dos povos e que mostra a faceta animal que há no ser humano.
Fica a notícia do Público.pt
JOÃO
Apedrejamento encenado numa recente
acção de protesto em Bruxelas
THIERRY ROGE/REUTERS
Sakineh foi poupada mas 12 mulheres e três homens aguardam a morte por apedrejamento
Por Dulce Furtado
Condenada à morte por adultério, uma mulher iraniana de 43 anos evitou a execução após uma intensa campanha internacional.
As autoridades iranianas recuaram na sentença de morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, e condenada por adultério, cedendo à maciça pressão internacional dos últimos dias. Mas 12 outras mulheres iranianas e três homens permanecem nas prisões do país a aguardar execução por aquele mesmo meio.
Em comunicado, a embaixada iraniana em Londres anunciou que "de acordo com informação prestada pelas autoridades judiciais competentes", o apedrejamento foi cancelado. O regime de Teerão sublinha que "este tipo de punição só muito raramente foi aplicado no Irão", e condena a forma "duvidosa" como os media estrangeiros têm feito cobertura do assunto.
Não ficou claro se a justiça iraniana comuta a sentença de morte pronunciada a Ashtiani em Setembro de 2006; apenas é certo que ela já não morrerá enterrada até ao pescoço e apedrejada por voluntários, como dita a rígida interpretação da lei islâmica no país. Num caso similar anterior, a condenada acabou executada por enforcamento.
A execução no Irão por apedrejamento especifica que devem ser usadas pedras suficientemente grandes para causarem dor ao condenado, mas não o suficiente para o matarem de imediato. As mulheres são enterradas até ao pescoço, os homens apenas até à cintura - e perdoados os que conseguem libertar-se pelos seus próprios meios.
Filho defende "adúltera"
Ashtiani foi condenada, em Maio de 2006, por ter mantido "relações ilícitas" com dois homens depois de ter enviuvado, sendo então sentenciada a 99 chicotadas (a pena máxima para o sexo antes do casamento é de 100 chicotadas). Mas quatro meses mais tarde, noutro julgamento - de uma mulher acusada de ter morto o marido - foi dado como provado que Sakineh Mohammadi Ashtiani cometera adultério quando estava casada e, apesar de a arguida denunciar ter confessado sob coacção, o tribunal condenou-a.
Desde que o advogado de Ashtiani, há quatro anos na prisão de Tabriz, revelou que a execução estava iminente - e que os pedidos de clemência foram rejeitados - avolumou-se uma campanha internacional para tentar impedir o apedrejamento. O filho de Ashtiani, Sajad, contou ao britânico The Guardian que as autoridades lhe permitiram visitar a mãe, tendo esta expressado gratidão pelo apoio recebido. "Foi a primeira vez que, em muitos anos, ouvi esperança na voz da minha mãe", contou, num raro caso em que os familiares de uma condenada por adultério no Irão a defendem publicamente.
O regime de Teerão censura as informações sobre as execuções, mas é oficialmente reconhecido que outras 12 mulheres estão no "corredor da morte", condenadas por adultério, assim como um dos três homens que aguardam a pena capital.
Entre essas mulheres está Azar Bagheri, de 19 anos, presa há quatro anos depois do marido a ter acusado de se encontrar com outro homem; e Ashraf Kalhori, de 40 anos, presa desde 2003 e que o advogado diz ter sido forçada a confessar ter mantido um relacionamento com o homem que foi condenado pelo homicídio do seu marido.
Em muitos destes casos, a ostracização e hostilidade familiar que as mulheres sofrem acrescem à pena, apontam muitos activistas iranianos. A condenação por adultério - válida ou não - mancha a honra dos familiares, que preferem que os nomes das condenadas não sejam pronunciados em público ou as suas fotografias divulgadas. É o caso de Shammameh Ghorbani, sentenciada a apedrejamento, e a qual durante o julgamento implorou para não ser libertada, temendo ser morta pela família.
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Deixo-te aqui o que escrevi no meu mural do Fb
ResponderEliminarSakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, já não vai ser morta por apedrejamento. Mas vai ser morta...
Há mais uns tantos Iranianos condenados à morte por apedrejamento, mas a pressão internacional pode evitá-lo!
Pode o quê?
Pode evitar que eles e elas sejam mortos por apedrejamento - essa forma selvagem de matar poderá, por pressão da 'comunidade internacional', ser substituída por...
Mas afinal por quê? Por uma forma civilizada de matar? Há formas civilizadas de matar? E, já agora, há formas civilizadas de condenar alguém à morte?
E, mais concretamente: é condenável alguém amar alguém?
Não há nada aqui de que nos orgulhemos. Sakineh
Mohammadi Ashtiani, 43 anos de idade, por pressão da 'comunidade internacional', não vai ser morta por apedrejamento - vai ser morta por
enforcamento! Vai ser morta por ter amado um homem, que uma qualquer moral, vigente num outro lugar do mesmo mundo que eu habito, considera ser o homem errado para amar.
Eu não consigo aceitar esta crueldade
e sofro profundamente por esta e por todas as outras mulheres que têm que viver num mundo assim tão 'desmundo'. Por todas as outras mulheres, e homens, e crianças que vivem num dos muitos lados errados do mundo!
Um mundo em que se mata às claras e se ama às escuras nunca será o meu mundo.
Querida Helena,
ResponderEliminarO teu comentário, que muito agradeço e ainda não tinha visto, nem aqui, nem no teu Facebook, está muito bem escrito e explanado, e adorava que pudesse ser lido por o maior número de pessoas. E que elas o reencaminhassem… e reencaminhassem…
Em vez de andarem por aí correntes de e-mails falsos e completamente palermas – prometendo benesses a quem os reencaminhe para 10, 20, 30… pessoas –, estes são o tipo de assuntos que deveriam interessar à comunidade mundial para que, de facto, a pressão internacional pudesse evitar estas crueldades e fazer com que todas as nações alterassem, de uma vez por todas, as suas leis que condenam pessoas à morte… seja por que razão for.
Como tu fazes ver, e muito bem, não há formas civilizadas de matar nem de condenar ninguém à morte... NÃO HÁ MESMO!!! Nem um Estado deve poder condenar alguém à morte nem mandar executar a pena… Torna esse Estado ASSASSINO! E faz de todos assassinos legalizados.
Sobre a pena de morte, o Filósofo Francês Montaigne disse:
“O horror que é um homem matar outro faz-me recear o horror de o matar”
E é mesmo isto que eu e tu pensamos!
Obrigada por vires aqui e desculpa eu não ter aberto o PC durante cerca de 36 horas. E vim só ver o correio! Vou voltar para o descanso. Não tenho estado bem!
Abraço da
JOÃO
Espero que melhores. Um abraço.
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