sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PRESS TV GARANTE QUE CONTINUA PRESA A IRANIANA SAKINEH ASHTIANI CONDENADA À MORTE POR APEDREJAMENTO

É com imensa dor que desminto a notícia que ontem dei no meu post "A IRANIANA SAKINEH ASHTIANI CONDENADA À MORTE POR APEDREJAMENTO FOI LIBERTADA".
Acontece que a notícia da sua libertação foi dada nos noticiários televisivos e, no Publico.pt, antes de fazer o post, eu confirmei a notícia.
Foi um choque ver hoje que o Publico.pt noticia que a televisão iraniana diz que  Sakineh Ashtiani apenas saiu da prisão para confessar crime.
Fica a notícia do Publico.pt.
JOÃO
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Press TV garante que iraniana continua presa
Ashtiani apenas saiu da prisão para confessar crime, diz televisão iraniana
10.12.2010 - 09:45 Por PÚBLICO
 
Ashtiani fotografada em casa com o filho, Sajjad Qaderzadeh, durante filmagens da Press TV (Press TV/Reuters)

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, não terá sido libertada ontem, ao contrário da “grande campanha de propaganda dos meios de comunicação social ocidentais”, revela a estação em língua inglesa Press TV. As autoridades iranianas ainda não se pronunciaram.

No seu site, a televisão estatal iraniana informa que apenas acordou com as autoridades judiciais iranianas ir a casa de Ashtiani, em Osku, no Norte do Irão, “para fazer uma reconstituição do crime” e confessar no local onde a iraniana de 43 anos é acusada de cumplicidade na morte do marido.
 
Ontem, o Comité Internacional contra a Lapidação, com sede em Berlim, na Alemanha, anunciou ter sido informada de que Ashtiani fora libertada, bem como o seu filho de 22 anos, Sajjad Qaderzadeh, e o seu advogado, Houtan Kian, presos em Outubro no Norte do país depois de darem uma entrevista a dois jornalistas alemães.
 
A informação do Comité, que tem conseguido despertar a atenção internacional para o caso, foi dada da divulgação de fotografias da iraniana e do filho na sua casa.
 
Ashtiani foi, primeiro, acusada de adultério pelas autoridades iranianas e, mais tarde, por cumplicidade na morte do marido. Em 2006, foi submetida a 99 chicotadas e, dois anos mais tarde, sentenciada a apedrejamento por outro tribunal.
 
Em Setembro deste ano, o Irão disse ter suspendido a lapidação, depois da forte pressão internacional, sobretudo de organizações de defesa dos direitos humanos desde Julho, para que Ashtiani não fosse condenada ao apedrejamento.
 
Decidida, depois, a sua condenação por enforcamento, chegaram a surgir rumores, não confirmados, de que a sua execução estaria iminente.
 
Por três vezes, Ashtiani apareceu na televisão estatal a confessar o crime e dizendo-se “pecadora”. E em Novembro, o responsável do Conselho dos Direitos do Homem no Irão, Mohammad Javad Larijani, admitia, em declarações à Press TV, a hipótese de a justiça “poupar a vida” a Ashtiani.

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