sábado, 25 de junho de 2011

[ CONTINUAÇÃO] Miguel Portas | Europa e Investimento Público | “E esse INFERNO LIGADO À AUSTERIDADE terá consequências claras sobre a queda dos níveis de investimento público e de criação de emprego”

Entretanto houve alteração na definição da posição do Parlamento Europeu, que aqui deixo.
JOÃO



O Parlamento Europeu definiu entretanto a sua posição sobre a governação económica pedindo o reforço das sanções aos Estados-Membros incumpridores. Algumas das regras que visam reforçar o Pacto de Estabilidade e Crescimento passaram em plenário por uma escassa maioria. Um desses relatórios, da autoria do eurodeputado português Diogo Feio (CDS-PP), prevê sanções para os países com défice excessivo. O voto final foi contudo adiado para Julho por complicações nas negociações com o Conselho Europeu.
Os deputados do GUE/NGL consideram que é imposta demasiada austeridade e insistem que é necessário possibilitar um crescimento económico sustentável. Antes da votação, e enquanto os membros dos outros grupos políticos entravam no plenário preparando-se para acentuar a austeridade na Europa, os deputados da Esquerda Unitária europeia manifestaram-se exibindo palavras de ordem como "democracia", "solidariedade" e "parem a austeridade", entre outras. Miguel Portas em conferência de imprensa mostrou-se crítico deste pacote de governanção económica, mas acredita na necessidade de uma coordenação económica na UE. "O modelo que foi adoptado impede o crescimento económico na União Europeia porque é baseado num controlo estrito dos défices e das dívidas dos Estados-Membros. Estes indicadores deveriam ser colocados ao lado de outros como o da criação de emprego, exigências ambientais, sustentabilidade da economia, entre outros", considera. O deputado do Bloco de Esquerda quer romper este ciclo infernal em que um resgate serve apenas para resgatar o resgate anterior. "Não estamos interessados numa coordenação económica que agrave os problemas. O objectivo da política económica deve ser resolver o problema das pessoas e não o problema dos bancos em receberem as suas notas de dívida", concluiu.

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